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segunda-feira, 28 de maio de 2018

JUMENTOS, BURROS E GASOLINA

Clerisvaldo B. Chagas, 28 de maio de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.910

        Seu Marinho era poderoso comerciante de secos e molhados. Negociava no “prédio do meio da rua”, onde seu armazém tinha de tudo, desde a ximbra colorida ao arame farpado e querosene. Viera do campo, após uma passagem de Lampião pela sua propriedade. Possuía fazendas e terrenos. E eu como rapazinho, ainda, sonhava um dia comprar a ele a casa e aquelas terras vizinhas à olaria de seu Piduca. Namorava sempre a casa modesta à margem do rio Ipanema, vista da residência de meus pais. Mas seu Marinho também possuía outro terreno na colina, hoje perto do posto de saúde do Bairro Floresta. E nas minhas andanças para o curso de Admissão na Ponte Padre Bulhões, sempre admirava aquela casa de alpendre. “Ah, se um dia pudesse comprar uma das duas!”.


Virei adulto e ouvia dos outros que Seu Marinho não vendia nada do que possuía, apenas os produtos do armazém. “Não me desfaço de nada, nem de um jumento; amanhã posso precisar”, dizia ele. Virei fiel desistente de ambas as coisas. E de fato, alguns bens do comerciante somente foram vendidos após a sua partida.
E como seu Marinho estava certo, atualmente precisamos de cavalos, burros, jumentos e carros de boi, para transportar – que ironia! – gasolina, querosene, leite, mulher para a maternidade, menino para a escola... E tudo, enfim. O boi, o jegue, o burro, o carro de boi, nunca obstruíram estradas e nem entraram em greve. Bichinhos! E agora, comadre, o que fazer com o trem, com o carro de luxo, com o iate, o aviãozinho progressista? E o “babau” que andava perambulando pelas rodovias, sem valer “um conto”, virou peso de ouro para transportar o que o “caminhãozão” nesta greve pai d’égua não carrega: são as coisas da fazenda, o estudante, o leite e o pão.
Sem combustível para ir ao trabalho, botei um bom dinheiro num burro movido a óleo, não o óleo diesel, mas óleo de milho mastigado, querido leitor.
É a greve, irmão, que veio para sentir o pensamento tortuoso do brasileiro moderno. Aí vamos retornando aos transportes antigos dos nossos avós; aqueles que nós já os tínhamos aposentado, menos os de Seu Marinho, é claro, kkkkkkk!



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SENHOR GOVERNADOR, O QUE É CULTURA, O QUE É HISTÓRIA?

*Rangel Alves da Costa

O indeferimento pelo governo de Sergipe, no último dia 16, de uma solicitação feita através de ofício, e este encaminhado pela Associação Cultural Memorial Alcino Alves Costa, objetivando apoio/colaboração/patrocínio para o evento Cariri Cangaço Poço Redondo 2018, já demonstra bem como o poder trata a cultura e a história. Lamentável que assim tenha acontecido, mas aconteceu.
Contudo, mais lamentável ainda a justifica de falta de recursos e contenção de despesas, quando se conhece muito bem a verdade do outro lado, principalmente em ano eleitoral e quando o pleito se avizinha. Noutro dia mesmo, na mesma cidade de Poço Redondo, o governador e farta comitiva se banqueteavam em cavalgada e guloseimas eleitoreiras. Ou será que a comitiva governamental tira do próprio bolso essa gastança toda?
Não há dinheiro para cultura, não há dinheiro para evento histórico-cultural, não há dinheiro para nada que não seja para fins eleitoreiros, esta a verdade e tem de ser dita. O ofício encaminhado e indeferido não foi solicitando colaboração para festa de sofrência, arrocha ou micareta. O que o governo negou foi a colaboração a um evento de amplitude regional, pois atraindo a Poço Redondo pesquisadores, escritores, turistas e uma gama de pessoas que sabem da riqueza cultural, geográfica e histórica do sertão sergipano.
Certamente que a cultura não dá voto, a história não dá voto, o que realmente interessa, engrandece e valoriza o sertão não dá voto. E quando o poder gostou do conhecimento, da sabedoria, da educação? E quando a política gostou daquilo que não seja o clientelismo, o favorecimento, a compra de votos, a manipulação de consciências em nome do poder? A negativa ao apoio, colaboração ou qualquer outro nome que se queira dar, não partiu da iniciativa privada ou grupo empresarial, mas de um governo estadual.
E por que esse mesmo governo estadual mantém secretarias de cultura e turismo se não investe nem apoia nem a cultura nem no turismo? Apenas como cabides de emprego? Quando um governo nega a sua riqueza interior, espalhada em cada canto e recanto do litoral e além, está desvalorizando o próprio estado que governa e suas potencialidades. Investir em cultura e turismo não é apenas criar secretarias, mas principalmente dar condições para que alcancem os seus objetivos.
Saiba, senhor governador, que Poço Redondo possui muito mais que cavalgada e falsas lideranças que chegam apertando sua mão. Saiba, senhor governador, que Poço Redondo é muito mais que um cavalo selado e colocado à sua disposição para o tropel demagógico, é muito mais que a cervejama que desce e os segredos trocados ao pé do ouvido. Poço Redondo, senhor governador, vai muito além do que vossa senhoria chega lá com intenção de fazer.
Poço Redondo possui potencialidades históricas, culturais e geográficas, que certamente o senhor não conhece e nem tem a mínima preocupação de conhecer. Ora, interessa a cavalgada, o microfone, o discurso politiqueiro e a promessa. Não interessa saber de sua história, de suas riquezas naturais, de sua pujante cultura. Talvez lhe falte um bajulador para dizer que toda vez que pisa naquela terra está pisando o chão sagrado de Alcino, está na Gruta do Angico, no Quilombo da Guia, na Serra da Guia, no Morro da Letra, na Cachoeira do Bom Jardim, na Fazenda Maranduba e a vindita entre cangaceiros e volantes, no Casarão de Bonsucesso, na terra de Zé de Julião, do Mestre Tonho, de Dona Zefa da Guia. Está pisando na Capital da Cultura do Cangaço e de onde saíram nada menos que 34 filhos para o mundo cangaço.
Quando o Cariri Cangaço escolheu Poço Redondo para sediar um de seus encontros anuais, o fez pela riqueza histórica e cultural existente no município. O que se denomina Cariri Cangaço não se volta apenas para o estudo, a pesquisa e a discussão de temas envolvendo o cangaço, mas de uma imensa gama de aspectos relacionados ao Nordeste brasileiro: messianismo, coronelismo, religiosidade, misticismo, cultura local e regional, etc. Trata-se de um seminário permanente, formado por estudiosos, pesquisadores e escritores, sempre buscando novos conhecimentos e novas vertentes históricas.
O Cariri Cangaço é um evento de cunho turístico-cultural e histórico-científico, configurando-se como o maior e mais respeitado evento do gênero no país. Reúne, a partir de uma programação plural, dinâmica e universal, personalidades locais, regionais e nacionais, do universo da pesquisa e do estudo das temáticas propostas. E se materializa através de palestras, debates, visitas técnicas, apresentação de documentários, exposições de arte, lançamentos e feiras literárias. E em Poço Redondo, com o tema “Celebrando o Chão Sagrado de Alcino”, o que haverá é uma celebração, uma grande festa da cultura, da história e das riquezas desse recanto sertanejo agora negado pelo senhor governador.
Saiba, pois, senhor governador, que ao negar apoio ou qualquer tipo de colaboração ao evento, vossa senhoria incorreu no gravíssimo erro de tratar o conhecimento como coisa sem nenhuma importância. Sob uma justificativa pra boi dormir, a atitude tomada não foi só desrespeitosa como aviltante à cultura e à história sergipana, principalmente de Poço Redondo. Mas vossa senhoria está convidada a participar. Será entre os dias 14 e 17 de junho próximo. Cavalo pra montar e politicar não tem não, mas um povo que ama sua terra o senhor vai encontrar.

Escritor
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GENÉSIO LIMA: ARTESÃO E FOTOGRAFO DO CANGAÇO.

 Por Rogério Mota Albuquerque

Genésio Lima. Cortesia do envio da Foto: Rogério Mota Albuquerque



Lampião e o bando na fazenda da Pedra do Coronel Laurindo Diniz - 1922 - Fotografia de Genésio Lima - Princesa (PB).



Lampião e parte do bando na fazenda da Pedra do Coronel Laurindo Diniz - 1922 - Fotografia de Genésio Lima - Princesa (PB)

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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LUIZ GONZAGA - PROGRAMA PROPOSTA COMPLETO (1972)

https://www.youtube.com/watch?v=E6fsItmgm9k

Publicado em 19 de fev de 2013

Entrevista completa de Luiz Gonzaga, na programa "Proposta" da TV Cultura. Com Júlio Lerner, Gonzaguinha, Dominguinhos e Quinteto Violado. Vídeo raro! Compartilhem e visitem o blog: www.zabumblog.blogspot.com
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POESIA DA SAUDADE

https://www.youtube.com/watch?v=kC3gYLAHlJg&feature=share

Publicado em 28 de mai de 2018

Minhas poesias - Saudade
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https://www.facebook.com/ivanildemorais/posts/10216370348440762?comment_id=10216370736970475&reply_comment_id=10216370807092228

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O CORDEL SÃO-JOANENSE DE KYDELMIR DANTAS



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ZÉ PRAXEDES, O ÚLTIMO VAQUEIRO DE LUIZ GONZAGA, RECEBE EXEMPLAR DA REVISTA CONTEXTO (ESPECIAL 2012)

Por Kydelmir Dantas

ZÉ PRAXEDES, o último vaqueiro de LUIZ GONZAGA, recebe exemplar da revista Contexto (especial 2012), com reportagem sobre o Centenário do Rei do Baião, e sua entrevista feita pelo amigo José De Paiva Rebouças. Entregue conforme o combinado.


Isto aconteceu no Cariri Cangaço Exu – 2017.
Fotos: Aurílio Santos

Kydelmir Dantas

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03/10/1950 – O MOSSOROENSE DIX-SEPT ROSADO É ELEITO GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE.

Por Francisco Veríssimo de Sousa Neto

Jerônimo Dix-Sept Rosado Maia, ex-prefeito de Mossoró/RN, candidatou-se ao cargo de governador do Rio Grande do Norte na legenda do Partido Republicano, tendo o natalense Silvio Piza Pedroza como vice.

Dix-Sept foi eleito com 101.690 votos, derrotando o candidato Manoel Varela de Albuquerque(UDN), que logrou 68, 448 votos. Manoel Varela era primo do então governador José Augusto Varela.

http://www.caldeiraodochico.com.br/03101950-o-mossoroense-dix-sept-rosado-e-eleito-governador-do-estado-do-rio-grande-do-norte/

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A MORTE DOS SOLDADOS ANTÔNIO VICENTE E SISSI

Por Aderbal Nogueira

Rangel Alves da Costa nos narra uma das inúmeras histórias ocorridas no tempo do cangaço, no município de Poço Redondo-SE, onde foram mortos esses dois soldados.


Publicado em 16 de set de 2017

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Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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A IGREJINHA DO CURRALINHO


Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Curralinho, Igreja do Conselheiro, Igreja da Ribeira da Fe, Igreja do Alto majestoso do Velho Chico. Tanto nome e um só nome: IGREJINHA DE CURRALINHO. Do seu majestoso alto, sob as bençãos do Velho Chico, um dos momentos mágicos do Cariri Cangaço Poço Redondo 2018. Nas alturas de sua calçada, a aclamação ao Conselheiro, a voz se elevando para contar a história de um povo através da fé. E nas palavras os passos antigos abrindo veredas, abrindo os caminhos, a saga do Conselheiro e suas andanças pelos sertões sergipanos, pelo chão de Poço Redondo. Na manhã do dia 15, será na calçada desta igrejinha a primeira palestra do grandioso evento, e pelos arredores os sertanejos e os visitantes encantados com tudo e todo maravilhamento. E a igreja, de roupa nova por dentro e por fora, de anel dourado no dedo e flor brotando na cruz lá no alto, a todos abençoará e dirá: Venham a mim, sempre. Curralinho e Poço Redondo merecem eternizar essa festa em suas vidas!


Rangel Alves da Costa - Conselheiro Cariri Cangaço 
Vem ai Cariri Cangaço Poco Redondo

https://cariricangaco.blogspot.com.br/2018/05/a-igrejinha-do-curralinho-por-rangel.html

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37 CABEÇAS DE CANGACEIROS ESTÃO VALENDO 129:000$000 CONTOS DE RÉIS


Por Joel Reis

A Polícia baiana organizou uma tabela de preços para as cabeças de Lampião e seus companheiros. O capitão João Facó, chefe de Polícia, aprovou a tabela de preços organizada pelo Tenente Manoel Campos de Menezes, e já posta em vigor para quem trouxer as cabeças dos bandoleiros. - https://www.facebook.com/groups/1617000688612436/


Figura 01 - Capitão João Facó. Posse: 09.1931
Fonte: cangaconabahia.blogspot.com 
Figura 02 - Tenente Manoel Campos de Menezes
Fonte: Acervo do pesquisador Rubens Antônio


















Figura 03 - Estão valendo 129 contos
Fonte: A Batalha (RJ), n. 1136, 10 nov. 1933, p. 1

A REFERIDA TABELA QUE "A TARDE" PUBLICA É A SEGUINTE:

Figura 04 - Tabela: 37 cabeças valendo 129 contos de réis
Fonte: A Batalha (RJ), n. 1136, 10 nov. 1933, p. 2.

TABELA EXPLICATIVA:

- FAC-SÍMILE* da Tabela - Respeitando a ortografia do documento. Fac-símile - (do Latim fac simile = faz igual) é toda cópia ou reprodução de letra, gravura, desenho, composição tipográfica etc.

- ERRATA DA TABELA - A identificação e correção dos nomes dos cangaceiros: 

Conforme a Tabela da Figura 04 - Observa-se alguns nomes repetidos ou identificados como (2º), isto é, indicava que existiu ou existia um outro de mesma alcunha. 
A explicação disso: os chefes de cangaceiros, ao recrutarem um novo membro para o bando, davam a ele a mesma alcunha de um cangaceiro que já não estava mais no grupo. Assim, frequentemente a polícia anunciava a morte ou prisão de um cangaceiro e, com um tempo, o mesmo nome voltava a ser noticiado devido aos feitos praticados por esse novo cangaceiro de mesmo apelido. Com isso, as notícias de mortes e detenções divulgadas pelas autoridades se tornavam duvidosas e sem crédito diante da opinião pública, à medida que o mito da invencibilidade dos cangaceiros se sustentava. (OLIVEIRA, 2012).
- Os preços das cabeças dos cangaceiros em RÉIS  convertidos para oREAL. Levou-se em consideração a data da tabela  de 10 de novembro de 1933
Figura 05 -  Tabela: Fac-símile, identificação e correção dos nomes, valores para o real (R$)
Fonte: viacognitiva.blogspot.com.br
O VALORES ATUALIZADO DAS CABEÇAS (2017)

Considerando a data da aprovação da tabela (10 de novembro de 1933) e a inflação nesse período foi - 2,0%.
P.S.: Em 1933 houve -2,0% (deflação)

O VALOR ATUAL (2017) DAS CABEÇAS SERIA APROXIMADAMENTE:
• Lampião
Rs 50:000$000 = R$ 1.000.000 (Um milhão de reais)
• Corisco
Rs 10:000$000 = R$ 200.000 (Duzentos mil reais)
• Cirilo, Luiz Pedro e Mariano
Rs 5:000$000 = R$ 100.000 (Cem mil reais)
• Zé Baiano, Gato II, Moderno (Virgínio), Arvoredo II e Labareda
Rs 4:000$000 = R$ 80.000 (Oitenta mil reais)
• Calais, Jurema II, Beija-Flor III, Maçarico II, Medalha II, Suspeita e Coqueiro II
Rs 2:000$000 = R$ 40.000 (Quarenta mil reais)
• Bem-te-vi Moreno, Jararaca III, Alecrim, Bem-te-vi (de Corisco), Moita Brava II, Pancada, Criança III, Português, Boi Manso, Avião, Duca, Pai Véio II, Franqueza, Pó Corante II, Nevoeiro, Balão, Bom de Vera, Pedra D' Ave, Meia Noite III e Jurema 
Rs 1:000$000 = R$ 20.000 (Vinte mil reais)
• Valor Total (todas as cabeças)
Rs 129:000$000 = R$ 2.580.000 (Dois milhões, quinhentos e oitenta mil reais)

CASO QUEIRA APRENDER COMO FAZER A CONVERSÃO DE RÉIS PARA O REAL É SÓ CLICAR NO LINK ABAIXO:



https://viacognitiva.blogspot.com.br/2017/11/37-cabecas-de-cangaceiros-estao-valendo.html

NOSSO NOVO TRABALHO


Por Júnior Almeida

Esse meu novo "filho", LAMPIÃO, O CANGAÇO E OUTROS FATOS NO AGRESTE PERNAMBUCANO, meu segundo livro, está previsto para "nascer" dia 15 DE JUNHO durante o Cariri Cangaço de Poço Redondo. Fruto de alguns anos de intensa pesquisa de campo, livros e meios eletrônicos, a presente obra discorre sobre fatos e personagens ligados ao Agreste Meridional de Pernambuco durante o ciclo do cangaço.

Nesse primeiro volume teremos fatos relacionados à Águas Belas, Angelim, Caetés, Canhotinho, Capoeiras, Garanhuns, Paranatama e São Bento do Una. Em fase de produção, brevemente estaremos iniciando as vendas nos pontos comerciais da região, pelo Facebook e WhatsApp. 

AGUARDEM!

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1517877388324095&set=gm.1022438167920299&type=3&theater&ifg=1

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O TRISTE DESFECHO DO REINO ENCANTADO

Por Valdir José Nogueira

Após ouvir a narrativa do fugitivo, identificado no processo como José Gomes, o major Manuel Pereira, então chefe de polícia, partiu para a sede da Comarca (Flores), onde comunicou os fatos ao juiz de Direito, que ordenou a mobilização de alguns homens para, juntamente com a força policial, seguir para o local dos acontecimentos. O major Manuel Pereira convocou seus três irmãos, Simplício, Cipriano e Alexandre, e mais 30 moradores da cidade, os quais, ao todo, formaram uma força de 60 combatentes.

No dia 18 de maio, a tropa deslocou-se em cavalgada, atingindo a região dos eventos ao entardecer do dia seguinte. Foi cerrado, então, grande combate. Depois de mais de uma hora de luta corpo-a-corpo, inúmeros cadáveres jaziam no chão, dentre eles, dois irmãos do major Manuel Pereira: Alexandre e Cipriano. Foram feitos também muitos presos. Alguns fugitivos foram chacinados pela força do capitão Simplício Pereira da Silva.

A maioria dos homens teve que enfrentar a justiça. Alguns foram levados acorrentados em lúgubre procissão de sombras esqueléticas e esfarrapadas, para os cárceres da ilha de Fernando de Noronha. As mulheres tiveram penas variadas, em função dos crimes apurados, e as crianças foram postas em liberdade e distribuídas com a população de Flores para que as criassem.


Quanto a João Antônio – o primeiro rei da Pedra Bonita – foi perseguido e capturado no Estado de Minas Gerais, juntamente com sua mulher, Maria. Algemados foram transportados de regresso a Pernambuco. Todavia, durante a viagem, a polícia com medo que os presos sucumbissem de uma febre palustre que foram atacados, resolveram matar João Antônio. Quanto a Maria, foi levada para a prisão, sendo posteriormente indultada por decreto do presidente da Província de Pernambuco, o barão Francisco do Rego Barros (futuro conde da Boa Vista).

No dia 25 de maio de 1838, o então prefeito de Flores, o coronel Francisco Barbosa Nogueira Paz, escreveu uma carta ao presidente da Província de Pernambuco, Francisco do Rego Barros, dando-lhe ciência do “Caso mais extraordinário, mais terrível, nunca visto, quase incapaz de acreditar-se”, ocorrido na Pedra Bonita. Essa carta foi publicada no Diário de Pernambuco, em 16 de junho de 1838.

O padre José Francisco Correia, o mesmo que tentara demover João Antônio de suas idéias, esteve no local dois meses depois, reuniu as ossadas das vítimas e lhes deu sepultura. Sobre elas levantou uma cruz de madeira e rezou uma missa. Encerrou a cerimônia com um pedido de perdão para os sebastianistas.Estes fatos aconteceram há 180 anos.

Valdir José Nogueira de Moura
Pesquisador e Escritor
Presidente da Comissão Organizadora do Cariri Cangaço Sao Jose de Belmonte

E em Outubro...

https://cariricangaco.blogspot.com.br/2018/05/o-triste-desfecho-do-reino-encantado.html

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O CORONELISMO E SUA CAPILARIDADE HISTÓRICA NO CARIRI CANGAÇO 2018

Por Fátima Pinho
Professora Fátima Pinho no Cariri Cangaço Fortaleza 2018 por Laser Video 

"Brilhante conferencia - CORONELISMO E SUA CAPILARIDADE HISTÓRICA, proferida por Fátima Pinho, professora da Universidade Regional do Cariri (URCA), campus do Crato-CE e doutoranda pela Universidade Federal Fluminense (UFF), que também trouxe o tema PADRE CÍCERO NA IMPRENSA. O conteúdo começou a ser exposto pelo conceito de coronelismo, referenciado nas obras de Víctor Nunes Leal, Maria Isaura Pereira de Queiroz, José Murilo de Carvalho, Joaryvar Macedo, além de Outros; o fenômeno contemplado na literatura, e, até o coronelismo local, onde foi destacado o contexto de atuação de Padre Cícero no Cariri cearense". Pesquisador Carlos Alberto, Natal -RN

A primeira conferência do dia 27 de abril, dentro do Cariri Cangaço Fortaleza na Casa Jose de Alencar, teve como tema principal Coronelismo e sua Capilaridade Histórica com a professora mestra da Universidade Regional do Cariri - URCA, Fátima Pinho, que numa apresentação magistral proporcionou a todos um olhar lucido sobre o fenômeno do coronelismo brasileiro e nordestino, passando pelos mais variados conceitos históricos e a visão da imprensa sobre esse importante recorte da vida e da história de nossos rincões.


Conferencia Coronelismo e sua Capilaridade Histórica
Por Fátima Pinho no Cariri Cangaço Fortaleza 2018
Casa Jose de Alencar, 27 de abril de 2018
Imagens por Laser Video de Aderbal Nogueira


https://cariricangaco.blogspot.com.br/2018/05/o-coronelismo-e-sua-capilaridade.html

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MATERIAL DO ACERVO DO PESQUISADOR DO CANGAÇO GEZIEL MOURA



Esta postagem é desdobramento daquela produzida pelo Charles Garrido, sobre, entrevista concedida do cangaceiro Vinte e Cinco, e que gerou algumas dúvidas, acerca dos lugares e momentos, em que os grupos de Português e Pancada, depuseram as armas no sertão de Alagoas. Para este debate que, ainda, encontra-se "em aberto", vou me basear em jornais da época, que noticiaram as entregas.

1 - Segundo, o Jornal de Alagoas (09.09.1938), o cangaceiro João Marques Correia, o Barreira, pertencente ao grupo de Português, entregou-se ao Ten. José Tenório em Pão de Açúcar (AL), e fora conduzido para o quartel da policia em Santana do Ipanema (AL);

2 - O Jornal de Alagoas (18.10.1938 e 25.10.1938) noticiou que o cangaceiro José Lino de Sousa, o Pancada, e seu bando, formado por: Maria Jovina, Cobra Verde, Vinte e Cinco, Peitica, Vila Nova II e Santa Cruz, foram presos, em Poço Redondo (SE) pelas volantes dos sargentos Juvêncio (AL) e Amâncio (SE), e enviado para Piranhas (AL);

3 - Para o jornal Correio de Aracaju (19.10.1938), o grupo de Pancada chegou no dia 18.10 1938 em Santana do Ipanema (AL);

4 - O Gazeta de Alagoas (01.11.1938) assinala a chegada do grupo de Pancada em Maceió (AL);

5 - O Jornal de Alagoas (18.11.1938), informou que Pancada, Cobra Verde, Vinte e Cinco, Peitica, Vila Nova II e Santa Cruz, além de Barreira, foram conduzidos a Santana do Ipanema (AL), para ajudar a convencer seus antigos companheiros a entregarem-se;

6 - Jornal de Alagoas (17.12.1938) disse que Pancada, ajudou a "convencer", o cangaceiro Velocidade, do grupo de Português a se entregar, e que fora conduzido para Santana do Ipanema;

7 - De acordo, com o Jornal A Noite (25.12.1938) o Cangaceiro Francelino José Nunes, o Português, foi preso na região de Água Branca (AL) e conduzido a Santana do Ipanema (AL);

8 - Para o jornal Diário da Manhã (28.12.1938) os cangaceiros Pedra Roxa, Barra de Aço e Maria Quitéria, entregaram-se na região de Mata Grande (AL);

9 - O Jornal A Noite (10.01.1939) noticiou que os cangaceiros: Velocidade, Português, Pedra Roxa e Maria Quitéria, foram enviados para Maceió.

Diante do exposto, e das identificações dos lugares, propostos, pelo escritor Frederico Pernambucano de Mello, em sua obra Guerreiros do Sol, é possível pensar que as imagens flagradas, ocorreram em dois lugares diferentes: Quartel da Polícia Militar em Santana do Ipanema (AL) e Maceió (AL), de acordo com aquela obra mencionada anteriormente. Portanto, minha hipótese inicial, é que a foto que deu origem ao debate foi mesmo em Maceió, após comparar as datas, informações jornalísticas e imagens similares.






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