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sábado, 11 de junho de 2022

JOSÉ SABINO BASSETTI

 Por José Mendes Pereira


Foi um grande escritor e pesquisador do cangaço. No dia 12 de dezembro de 2020, Manoel Severo publicava em seu blog Cariri Cangaço o seu falecimento, escrito pelo pesquisador e escritor Júnior Almeida. 

https://www.youtube.com/watch?v=9jxxK4EhQfQ

NOTA DE PESAR

É com muita tristeza e consternação que o Conselho Alcino Alves Costa, do Cariri Cangaço, informa o falecimento do pesquisador e escritor José Sabino Bassetti na manhã deste sábado, dia 12 de dezembro de 2020 na cidade de Salto, São Paulo, em decorrência de um câncer. Bassetti tinha 79 anos e era membro permanente de nosso Cariri Cangaço. Nossos mais sinceros sentimentos de pêsames à toda família enlutada e aos inúmeros amigos do inesquecível Sabino Bassetti.

Segue Nota de nosso Conselheiro Cariri Cangaço, Junior Almeida, em nome de todos nós que fazemos o Cariri Cangaço:

"Faleceu em Salto, São Paulo, José Sabino Bassetti, de 79 anos, após perder a inglória luta contra o câncer. Um dos nomes de peso na pesquisa do cangaço, já doente, Bassetti pediu à família que "após sua viagem derradeira, seu corpo fosse cremado e que seus filhos plantassem uma muda árvore, onde seria depositada as suas cinzas".

José Sabino Bassetti nasceu em Piracicaba, São Paulo em 14 de abril de 1941. Cursou o primeiro grau completo e pelo Senai – Serviço Nacional da Indústria – fez curso de desenho mecânico. Trabalhava como representante comercial. Sabino nos contou que quando tinha 10 anos, fazia apenas 13 e anos que Lampião havia morrido em Angicos e, ainda falava-se muito sobre isso. Com 12 anos foi pela primeira vez à biblioteca e leu “Lampião”, de Ranulfo Prata, despertando assim, seu interesse pelo tema.

Mais tarde, já como pesquisador, Sabino Bassetti conheceu os ex-cangaceiros Criança, Zé Sereno, Candeeiro, Marinheiro e Sila, e também os ex-volantes Elias Marques, Antônio Vieira e Antônio Jacó. Mesmo sem raízes nordestinas, assim como Antônio Amaury C. Araújo, nascido em Campinas, também em São Paulo, Bassetti é um dos grandes nomes da pesquisa no cangaço no Brasil. Também é membro da Academia Saltense de Letras, em sua cadeira número 23 e fundador com mais 26 membros da ABLAC – Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço, onde tem como patrono o escritor Euclides da Cunha.

Bassetti tem os seguintes livros de temática cangaceira publicados: Lampião. Sua Morte Passada a Limpo, de 2011, aonde o autor revela, com riqueza de detalhes, a trama e os acontecimentos na última semana de Lampião, que culminaram com sua morte, e parte do bando, e Lampião. O Cangaço e Seus Segredos, de 2015, obra que procura mostrar, além de como o cangaço acontecia, o comportamento daqueles que participavam, tanto do lado dos bandidos, das volantes, e coiteiros.

O pesquisador deixou um livro, que seria o seu terceiro, no prelo, faltando pouco para ser publicado, o que não foi feito por conta de sua doença. Sabino deixa enlutados a viúva Aparecida, seus três filhos seus netos e centenas de leitores, admiradores e amigos.Que Deus receba Sabino em Sua Morada e que conforte toda a família nesse momento de tristeza e dor "

Júnior Almeida,

pesquisador e escritor

Conselheiro Cariri Cangaço.

 http://cariricangaco.blogspot.com/2020/12/o-adeus-sabino-bassetti.html

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LAMPIÃO O IMORTAL

 Por Cangaçologia

https://www.youtube.com/watch?v=OoZ238QQSXE&ab_channel=Canga%C3%A7ologia

Teria Lampião e sua companheira realmente morrido em Angico ou tudo não teria passado de uma farsa criada para que o rei do cangaço e sua companheira escapassem com vida e abandonassem o cangaço?

Nesse documentário vocês conhecerão as respostas para essas e outras perguntas acerca da morte do rei do cangaço e das "lendas" e fantasias criadas em torno de sua morte.

Um capítulo extraordinário que foi extraído do livro "Lampião - Sua morte passada a limpo" dos escritores José Sabino Bassetti e Carlos César de Miranda Megale. Um dos principais livros já escritos sobre o assunto em questão.

Assistam e ao final deixem seus comentários, críticas e sugestões. Inscrevam-se no canal e não esqueçam de ativar o sino para receber todas as nossas atualizações.
Forte abraço... Cabroeira.
Geraldo Antônio de Souza Júnior - Criador e administrador do canal.

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MOSSORÓ (RN) COMEMORA VITÓRIA HISTÓRICA SOBRE LAMPIÃO - JORNAL FUTURA - CANAL FUTURA

 Por Canal Futura

https://www.youtube.com/watch?v=JqVwJmbZOus&ab_channel=CanalFutura

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FORÇA PÚBLICA DE PERNAMBUCO EM 1926.

No final do governo Sérgio Loreto, em dezembro de 1926, um dispositivo autorizou mais uma vez o aumento do efetivo da Força Pública de Pernambuco. De modo que, quando se instaurou o novo governo, Estácio Coimbra, o Estado havia distribuído em seu território 100 oficiais e 3.047 praças, sendo o grosso da tropa empregada na repressão aos bandos de cangaceiros. Ao que tudo indica, este quadro sofreu influxo a partir daí. Com o alívio proporcionado pela fuga de Lampião para os sertões da Bahia, o efetivo reduziu-se e, em 1930, mormente um acréscimo de 110 voluntários, a corporação compunha-se de 664 homens, inclusive 25 oficiais. Por seu turno, as delegacias regionais foram reduzidas de 10 para 6, por conveniência do serviço.

Fonte: O CANGAÇO: poder e cultura política no tempo de Lampião.

De: Marcos Edílson de Araújo Clemente

Material encontrado no acervo do pesquisador José João Souza

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/?multi_permalinks=1925750190967249&notif_id=1654950516683692&notif_t=group_activity&ref=notif

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AUGUSTO SANTA CRUZ UM CANGACEIRO DOUTOR

 Por: Pedro Nunes Filho

Pedro Nunes Filho
Um dia, Antônio Silvino, vendo sua fama declinar, queixou-se enciumado: ”De uns tempos desses para cá, só se quer saber de cangaceiro-doutor!

Referia-se ao Dr. Augusto de Santa Cruz Oliveira, graduado pela Faculdade de Direito do Recife, em 1895. Moço, esquentado e imbuído dos ideais libertários da Casa de Tobias, foi nomeado promotor público em Alagoa do Monteiro, sua terra natal. Naquele tempo, existia a politicagem togada. Juízes e promotores podiam envolver-se em política e até disputar eleições majoritárias. Numa dessas disputas calorosas, Augusto se indispõe com seu opositor, juiz José Neves, de quem descende a clã dos Neves, que até hoje matém tradição de honradez e dignidade na vida privada e no mundo jurídico do Recife.

Fonte: Tok de historia "Rostand"
Augusto (foto a esquerda) não demora também a discordar da oligarquia que dominava a Paraíba do Norte, rompendo com o presidente da província, João Lopes Machado. Sentindo-se com suas prerrogativas políticas abolidas e com o direito de defesa cerceado, recruta 120 cabras dos porões do cangaço e, no dia 6 de maio de 1911, invade a cidade de Monteiro, quebra a cadeia pública, solta um protegido seu e os demais presos que se incorporam ao grupo armado. Em seguida, encarcera o destacamento de polícia local, pego de surpresa ainda dormindo, numa madrugada-manhã invernosa e fria.

Depois, os revoltosos avançam contra a cidade, vencem a resistência armada que lhe fizeram as autoridades auxiliadas por alguns cidadãos desafetos do chefe. No final da tarde, a cidade resta dominada e presos o prefeito Pedro Bezerra, o promotor público José Inojosa Varejão, capitão Albino, major Basílio e capitão Victor Antunes, pai do ilustre professor internacionalista da Faculdade de Direito do Recife, Mário Pessoa. No tiroteio, morreram algumas pessoas e, em pavorosa, a população da cidade evade-se, deixando suas casas comerciais e residências abandonadas.Sem condições de resgatar os reféns, o governador João Machado pede ajuda ao governador de Pernambuco, Herculano Bandeira.

Corria o ano de 1911 e confrontavam-se em acirrada disputa pelo governo de Pernambuco, o prestigiado político, comendador Rosa e Silva, e o general Dantas Barreto, herói da Guerra do Paraguai. Em sua mocidade, antes de ir para a guerra, Dantas Barreto havia morado em Monteiro, onde exercia a profissão de relojoeiro e fez amizade com a família Santa Cruz. Por esta razão, o general resolve dar apoio ao bacharel revoltoso. Temendo que durante a disputa política Dantas Barreto pudesse se socorrer do braço armado das hostes guerreiras do paraibano rebelado, o governador de Pernambuco, que era rosista, autorizou um batalhão de 240 praças e 10 oficiais, sob o comando do Major Alfredo Duarte, invadir a Paraíba, munidos de 40 mil cartuchos mauser para guerrear o bacharel-cangaceiro, como o chamavam seus inimigos.


Ao contingente de Pernambuco, somaram-se 120 homens da polícia paraibana. No dia 27 de maio de 1911, um século atrás, atacam a Fazenda Areal, onde o bacharel estava aquartelado e mantinha os reféns prisioneiros. O combate dura uma manhã inteira. Não conseguindo resistir, Dr. Augusto bate em retirada e vai se refugiar no Juazeiro, levando consigo os prisioneiros. Ao longo da fatigante trajetória de muitos dias, vai libertando os reféns um por um, pois não ficaria bem chegar com prisioneiros no reduto sagrado. Na condição de perseguido político, entra no Juazeiro e é recebido pelo padre Cícero que o acolhe, desarma seus homens e arranja-lhes trabalho digno. Naquele mês de junho, o Juazeiro estava em pé de guerra com o Crato, lutando por sua independência e o padre precisava mostrar-se forte.

Homens do Cangaceiro Doutor

O patriarca tenta pacificar a Paraíba e não consegue. O conflito se estende até o ano seguinte e é chamado Guerra de 12. Frustrada em seu intento de resgatar os reféns, antes de deixar o palco da luta, a polícia destrói e queima a fazenda Areal e mais algumas propriedades de familiares do bacharel Santa Cruz.Em 1912, o Dr. Augusto retorna à Paraíba e se junta com o médico-fazendeiro Franklin Dantas, pai de João Dantas. Igualmente insatisfeitos com o desprestígio político que suas famílias estavam sofrendo, os dois doutores formam um exército de 500 homens e saem invadindo as principais cidades do sertão paraibano, com o propósito de depor o governador João Machado. Não conseguindo o intento desejado, Augusto refugia-se em Pernambuco, sob a proteção de Dantas Barreto que havia assumido o governo do Estado. Alguns anos depois, é nomeado Juiz de |Direito de Afogados da Ingazeira. Correto, exemplar e temido por sua história de vida, fez justiça e impôs respeito nas comarcas por onde passou. Morreu na comarca de Limoeiro em 1944. Esse fato histórico está minuciosamente descrito no livro Gurreiro Togado, do autor desta coluna.
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Pedro Nunes Filho é advogado tributarista e escritor, sendo o livro Guerreiro Togado a sua obra de mais destaque.
Contato: pnunesfilho@yahoo.com.br
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E eu repesquei no açude do Kiko Monteiro

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BASTIDORES DE UMA OBRA ROSTAND MEDEIROS EM AÇÃO

 


Entre os meses de Agosto de 2009 a Fevereiro de 2010, estive percorrendo as áreas rurais por onde o bando de Lampião no Rio Grande do Norte, como parte de uma consultoria que prestei ao SEBRAE, dentro do projeto “Território Sertão do Apodi - Nas Pegadas de Lampião” (www.sertaodoapodi.com.br)Desde a cidade de Luís Gomes, a Mossoró e finalizando em Baraúna, percorri "todo o mesmo trajeto dos cangaceiros" de todas as formas percorrer o mesmo caminho originalmente palmilhado por estes cangaceiros. Para traçar esta rota, além das obras escritas sobre a história da passagem do bando de Lampião pelo Rio Grande de Norte, fiz uso de materiais históricos existentes nos arquivos do Rio Grande do Norte, Paraíba e de Pernambuco. Após seis meses, foram percorridos, entre idas e vindas, mais de 4.000 Km, onde visitamos 82 sítios, fazendas, comunidades e cidades. Foram entrevistadas 123 pessoas e obtidas mais de 2.000 fotos. Em grande parte deste trajeto, a motocicleta se mostrou um aliado muito mais eficiente para se alcançar estes distantes locais.

Compartilho com os leitores e rastejadores do Lampião Aceso alguns momentos dessa minha aventura!

Uma pausa para um café. Aqui junto ao mototaxista Moisés Pautilho, de Luís Gomes. Quem quiser sair da frente do computador e ir ver estes locais, contrate este sertanejo honesto e trabalhador e pode rodar pelos caminhos de Lampião com segurança e satisfação.

Com o Sr. Pedro Belo do Nascimento, Sítio Tigre, zona rural de Luís Gomes. Na época da passagem do bando, o Sr. Pedro percorreu as mesmas fazendas pouco tempo depois das depredações e sequestros e contou muita coisa interessante. Quem quiser ir lá não perde a viagem. Lúcido em seus 99 anos, conta muita coisa em detalhes e fumando um cigarrinho feito por ele mesmo.

Casa do Sítio Baixio (ou Baixio dos Leites), as margens da BR que liga Major Sales (RN) a Uiraúna (PB). Segundo Sérgio Dantas, esta foi a primeira fazenda visitada por Lampião no RN. Falo visita, pois esta era a casa do pai de Massilon Leite, o cangaceiro que guiou o bando de Lampião no RN e o clima foi de tranquilidade. A data foi 10 de junho de 1927.

O que resta da fazenda Aroeira, de onde a Sra. Maria José Lopes foi sequestrada pelo bando. Zona rural da cidade de Paraná.

Segundo membros da comunidade, nesta antiga casa grande do Sítio Barro Preto, na zona rural do município de Tenente Ananias, que pertencia a família Paula, Lampião e seus homens passaram pelo local sem criar problemas, pois o proprietário era amigo de Massilon.

Segundo Dona Maria Emília da Silva, estas marcas circulares foram deixadas pelos canos dos fuzis dos cangaceiros, no umbral da porta principal da casa do seu pai, no Sítio Panati. Para ela, a existência destas marcas é fator de orgulho.

Dona Terezinha Queiroz, Sítio Juazeiro, zona Rural de Marcelino Vieira. Ela reclama que os mais jovens da região não se interessam mais pelas histórias da passagem de Lampião.

Segundo Dona Terezinha Queiroz, foram estes baús que os cangaceiros arrombaram quando invadiram o Sítio Juazeiro.

 
Marcos simbólicos existentes as margens do Açude da Caiçara no distrito homônimo. Conhecido como “O Cruzeiro do soldado”, existe para recordar o “Fogo da Caiçara”.


   
Detalhe


Na capela da Comunidade do Junco, construída no local original onde foi rezada a primeira “missa do soldado”, em 1928. Todo os anos, sempre no dia 10 de junho, a comunidade local não esquece o sacrifício do soldado José Monteiro de Matos e realizam uma missa em sua homenagem.


Placa comemorativa do trigésimo aniversário do “Fogo da Caiçara”.


Da direita para esquerda vemos o professor de geografia da rede municipal de ensino de Marcelino Vieira, Ênio Almeida, o Secretário de Cultura desta cidade, professor Romualdo Antônio Carneiro Neto, o comerciante Francisco Assis da Silva e o autor deste trabalho. Com a ajuda destas pessoas foi possível levantar a história da memória em relação a passagem de Lampião e seu bando por Marcelino Vieira.


Aspecto atual da cidade de Marcelino Vieira.


Marcas de fuzis, mantidas preservadas na porta principal da casa da fazenda Lajes, zona rural de Marcelino Vieira.


Aspecto atual da abandonada casa do Sítio Cascavel, na zona rural do município de Pilões. Esta foi à primeira casa “visitada” pelo bando na manhã de 11 de junho de 1927.


Após o Sítio Cascavel, vemos o Interior da casa do Sítio São Bento, igualmente invadida pelos cangaceiros.


Pelos caminhos de Lampião, muita dor, sangue e lágrimas.


Segundo os moradores da região, esta ermida, em honra a Jesus, Maria e José, foi uma obra edificada para o pagamento de uma promessa feita pela família do coronel Marcelino Vieira da Costa, proprietário da fazenda Caricé.


Marcas da passagem do bando, na porta da antiga residência do morador José Nonato, na Fazenda Caricé.
Nesta residência, na Fazenda Nova, zona rural do município de Pau dos Ferros, até hoje é comum a apresentação de cantadores de viola afamados da região e até de outros estados, onde o público se acomoda nestas toras de carnaúba colocados em forquilhas. Sempre é solicitado aos cantadores que narrem à história do fazendeiro Antônio Januário de Aquino, que em 11 de junho de 1927, pediu a Lampião que não deixasse seus homens fazerem mau a suas três filhas e ele foi atendido. A fundo da fotografia vemos os contrafortes da Serra de Martins.


Vista da Serra da Veneza, a partir da estrada que liga as cidades de Pilões e Martins. O ponto branco, bastante distinto na foto, localizado praticamente no meio da serra, é uma capela dedicada a São Sebastião e construída como uma promessa pelo fato de três familiares terem escapados incólumes das garras de Lampião.
Casa da Fazenda Morcego. Abandonada e sem conservação.
Uma entrevista, um diálogo sobre o cangaço, ou sobre a passagem de Lampião e seu bando pela região, é sempre foi sempre bem aceito pelos sertanejos, que em nenhuma ocasião se negaram a receber este pesquisador.
A capela de Santo Antônio. Construída 1901, estava em festa quando da passagem dos cangaceiros pela vila de Boa Esperança, atual município de Antônio Martins.


A Prefeitura Municipal de Antônio Martins criou uma insígnia honorífica, no formato de ma pequena placa de acrílico, personalizada, em honra das vítimas da passagem do Bando de Lampião.


Na ocasião em que visitamos Antônio Martins, tivemos oportunidade de presenciar o nosso amigo, o Secretário Municipal de Turismo e Cultura, Chagas Cristovão, entregando uma das ordens honorificas a um dos familiares de uma das vítimas da passagem do Bando de Lampião.


No Sítio Cruz, na zona rural de Frutuoso Gomes, encontramos o agricultor Glicério Cruz e sua família. Aos 96 anos, seu Glicério continua altivo e memorioso, onde recordou o medo das pessoas da região quando da passagem de Lampião e seu bando. Este agricultor participava da manifestação folclórica conhecida como Rei Congo, ou Rei do Congo, onde atuava no papel do monarca. Último remanescente deste grupo folclórico lamenta que a atual juventude não se interesse mais por este tipo de manifestação cultural.


Marcas deixadas pelos cangaceiros em uma das janelas da casa do Sítio Serrota.
Placa onde a comunidade de Lucrécia homenageia as vítimas do bando de Lampião.
Na zona rural desta cidade temos a casa do Sítio Serrota e os membros da família Leite na atualidade. Na noite de 11 de junho de 1927, o fazendeiro Egídio Dias da Cunha foi sequestrado pelos cangaceiros e sua esposa, Donatila Leite Dias passou por sérios apuros.
Após o sequestro de Egidio Dias, um grupo de parentes e amigos tentou buscar seu resgate na antiga vila de Gavião, atual município de Umarizal. No trajeto o grupo encontrou o bando de cangaceiros e três homens foram mortos. As margens da RN-072, este monumento, conhecido como “A cruz dos três heróis” marca o local do combate.
Na comunidade rural do sítio Caboré atua uma organização denominada Grupo Juventude Unida de Caboré, que atua no desenvolvimento da cultura local, utilizando principalmente o teatro como ferramenta e meio de expressão, através de um grupo de teatro denominado “Tribo da Terra”. Conhecemos o grupo e ficamos sabendo que eles desenvolveram uma peça teatral denominada “Na boca do povo e das almas”, onde tratam exclusivamente dos trágicos episódios vividos pela incipiente comunidade em junho de 1927. Este grupo de teatro, liderados pela estudante de pedagogia Adriane Maia Dias.


Na zona rural do município de Umarizal visitamos uma das mais belas e bem preservadas propriedades rurais existentes no trajeto, a Fazenda Campos, que foi invadida na manhã de 12 de junho de 1927.
O agricultor Pedro Regalado da Costa, memória viva da passagem do bando na comunidade Traíras, zona rural do município de Apodi.


Aspecto da casa principal do Sítio João Dias, invadido pelo bando, se mostra muito bem conservada e original na sua arquitetura tradicional.
Antiga casa grande da Fazenda Santana, atualmente prestes a desabar por falta de conservação. Aqui o prisioneiro Antônio Gurgel do Amaral teve o primeiro contato com Lampião.


 Antonio Gurgel, neto e esposa.


Marcas do projeto em várias localidades do Rio Grande do Norte, como aqui em Itaú.
O agricultor João de Deus de Oliveira no caminho que segue para a Ladeira do Mato Verde, onde o bando de cangaceiros galgou a Chapada do Apodi.


No alto da Chapada do Apodi, com meu “Cavalo de aço”, atrás do rastro dos cangaceiros 83 anos depois.


No Sítio Arapuá, zona rural de Felipe Guerra, conhecendo um pouco dos fatos relativos à passagem do bando junto ao agricultor Edmundo Paulino da Silva (de óculos escuros) e seus familiares.


Na região do Sítio Carnaubinha, onde existia uma pousada conhecida como “pouso de Pregmácio”, atacada pelos cangaceiros, o senhor Francisco Barbosa de Lima, de 87 anos, conhecido em toda a região como “Caiolin”, aponta o caminho que seu pai afirmava ter sido originalmente percorrido pelo bando.


No Sítio Camurim, zona rural da cidade de Governador Dix Sept Rosado, junto a José Euzébio de Freitas, filho de Cícero Secundino, onde narrou como o bando levou um bom cavalo de seu pai.
Às margens da rodovia estadual RN-117, na atual zona rural do município de Mossoró, no Sítio Lagoa dos Paus, encontramos o agricultor Expedito Evangelista de Oliveira, que narrou as agruras que seu sogro, João Abdias de Araujo, passou junto ao bando.


Deitado na rede de uma das casas do Sítio Cajueiro, Lucas José da Silveira, nascido em 1924, narra os episódios que envolveram o sequestro do seu parente Pedro José da Silveira, proprietário do lugar em 1927.


À direita vemos o amigo da cidade de Governador Dix Sept Rosado, Jonathan Halyson, que muito ajudou neste projeto. Ao seu lado este senhor conduz tropas de jumentos e burros entre as cidades da região.
Luís Ferreira da Silva, morador do Sítio Bonito, zona rural da cidade de Governador Dix Sept Rosado. Nascido em 19 de agosto de 1910, de aspecto frágil, possui, entretanto uma impressionante memória, onde ainda declama versos sobre lendas locais e a passagem dos cangaceiros pela região.
Feliz por estar a apenas sete quilômetros de Mossoró, na casa do Sítio Picada, invadida na manhã de 13 de junho de 1927, onde foi sequestrado o fazendeiro Azarias Januário de Oliveira.
Seguindo pelas estradas existentes nas margens do Rio Apodi, os cangaceiros seguiram em direção a Mossoró.


Utilizando a antiga ponte ferroviária de Mossoró, um idoso agricultor, segue todos os dias para o seu roçado. Sob esta ponte, após o ataque frustrado a cidade, mesmo ferido, o perigoso cangaceiro Jararaca atravessou o Rio Mossoró, buscando fugir da polícia potiguar.

Final do trajeto e uma pausa para uma última conversa.


ATENÇÃO: Não é permitida a cópia ou utilização destas imagens para quaisquer fins sem a devida autorização do autor. 

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