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quarta-feira, 15 de novembro de 2017

NA MORTE DE LAMPIÃO NÃO HOUVE TRAIÇÃO ESSE É O MEU ENTENDIMENTO

Por Jorge Remígio

Na morte de Lampião não houve traição. Esse é o meu entendimento. 

Pedro de Cândido não traiu e muito menos Joca Bernardo. Pois este não era coiteiro do rei dos bandoleiros e nem ao menos o conhecia. Era sim, coiteiro de Corisco. 

Joca Bernardes coiteiro do cangaceiro Corisco

Agora, o Joca foi quem deu toda a pista. Aliás, essa pista foi deixada por Pedro de Cândido ao comprar todo estoque de queijos do Joca. Este tinha lá as suas ciumeiras por saber que o Pedro era coiteiro de Lampião, então, comunicou esse fato para o Sargento Aniceto, já que o Tenente João Bezerra não se encontrava em Piranhas e sim, na cidade da Pedra. Hoje Delmiro Gouveia. 

Quando o comando tomou conhecimento dessa informação "quente", armou toda estratégia para chegar até Lampião e seu bando. Pedro de Cândido seria a chave. Havia grandes probabilidades desse saber o local do coito. "O queijo foi o vilão". 

Tenente João Bezerra da Silva

Quando o Tenente João Bezerra mandou alguns soldados trazerem Pedro de Cândido que residia no distrito de Entremontes, este alegou que não podia sair da sua residência naquele momento, alegando que a esposa estava enferma. 

Os soldados não fizeram nenhuma pressão para levá-lo, e ao comunicarem ao Tenente João Bezerra o que dissera Pedro de Cândido, o comandante ficou furioso e falou para os mesmo soldados retornarem e trazer de toda maneira o Pedro, senão eles morreriam. Vale salientar, que havia sigilo na operação E só os comandantes tinham conhecimento do objetivo. 

Os soldados​ trouxeram Pedro até o comandante da operação e este ainda tentou argumentar que não tinha conhecimento do local onde os cangaceiros estavam acoitados. Não houve uma seção de tortura. 

O Tenente João Bezerra botou o seu punhal entre as costelas de Pedro de Cândido e levantou a ponta da arma branca causando um corte raso no tórax do coiteiro. 

Falaram para este que tinham conhecimento que Pedro sabia do local do coito e que este escolhesse em dizer ou morrer. Pedro de Cândido confessou logo. 

Não houve surra nem unhas arrancadas, isso tudo é fantasia. Como se diz na gíria policial, Pedro de Cândido estava "derrubado". Ou seja, não tinha argumentos para negar. A informação que a polícia tinha era crucial para ele. Então, não houve traição. 


Se ele persistisse negando, poderia pagar com a própria vida. Essa foto dele postada na matéria, fazia só três dias do ocorrido em Angico. Não está com cara de ter perdido as unhas arrancadas por alicate.

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FICHA DE INSCRIÇÃO PARA CONFRATERNIZAÇÃO DA FAMÍLIA PEREIRA


Sueli Pereira de Aguiar

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FAÇA UMA VISITA VIRTUAL AO MUSEU DO SERTÃO

Por Benedito Vasconcelos Mendes
Benedito Vasconcelos e Suzana Goretti

CONHEÇA ESTE MUSEU ÚNICO, SEM SAIR DE CASA. NÃO PERCA ESTA OPORTUNIDADE. O MAIS IMPORTANTE MUSEU TEMÁTICO  SOBRE O SERTÃO SEMINÁRIO BRASILEIRO. ESPETACULAR!  SENSACIONAL!            

UM MUSEU DE CIÊNCIA, ESPECÍFICO SOBRE O SERTÃO NORDESTINO.              CONHEÇA A CIVILIZAÇÃO DA SECA DO BIOMA CAATINGA, ATRAVÉS DO ACERVO DESTE MUSEU.

15/11/2017 08:56:52: Benedito Vasconcelos: Museu do Sertão
Unnamed Road, Mossoró - RN
(84) 99972-2139


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço Benedito Vasconcelos Mendes

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QUANDO A PESQUISA AJUDA

Clerisvaldo B. Chagas, 16 de novembro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.782

       Muitas vezes a ciência surpreende o homem nos diversos segmentos do saber. São coisas que contraria a lógica da maioria das pessoas que olham apenas para um lado. Quando todos querem matar a cobra, o escorpião, o sapo... Outros procuram salvá-los e até cria-los para estudar os venenos e salvar vidas. A Natureza também aparece com vulcões considerados inimigos. Mas, a ciência vai lá e encontra meios de – através deles – produzir energia elétrica. E assim é com o Sol, com as marés, nas pesquisas em favor da humanidade.
TERREMOTO. Foto: (Thomas Peter).

Os terremotos, apesar dos avanços da Geologia e da Geodésica ainda são de difíceis previsões, mas a cooperação entre chineses de diferentes ideologias, trás um olhar novo sobre os velhos problemas que fazem medo ao mundo. “Alguns terremotos geram anomalias eletromagnéticas antes de ocorrer”. É aí que entra um estudo de cooperação entre China e Taiwan em relação a um satélite de detecção dessas ondas eletromagnéticas. E essa cooperação entre os dois tradicionais “bicudos” poderá lançar o tal satélite de poder preventivo para o próximo ano. Caso dê certo, esta ação será um dos grandes feitos do homem em defesa da vida contra as surpresas naturais vindas do interior da Terra. Para a humanidade, principalmente das áreas situadas sobre divisórias de placas tectônicas, pouco importa de onde venha o benefício. E se a China vive às arengas com Taiwan, seu sangue, nem interessa.
Agora, de fato o projeto era secreto até o mundo todo ficar sabendo. E secreto por quê? Porque os satélites podem ter um importante uso militar, localizando radar inimigo ou centros de lançamento de mísseis. Bem que tem a ver com os foguetes que os próprios chineses inventaram e nós os usamos para espocar nas festas e os militares para jogar bombas.
Mas, que adianta ficarmos pensando nos malefícios futuros da invenção? Deixe que venha o satélite com o aviso como um grito de gente, segundo meu Sertão: “Corra, rebanho de peste que o terremoto vai chegar!”


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O CAVALO SOLTO

*Rangel Alves da Costa

Depois de ter sido preso após desferir um coice num automóvel e logo conduzido à carceragem miúda e apertada da delegacia de polícia de Nossa Senhora Aparecida, onde passou a noite no xilindró, o cavalo foi solto ao amanhecer da segunda-feira, no dia seguinte ao grotesco e cômico acontecimento.
Contudo, uma vez solto, o cavalo deixou atrás de si um Estado de Sergipe aprisionado pelos seus erros e desmazelos, pelos seus desacertos e negligências. Ao invés do cavalo, quem permaneceu sem a liberdade da seriedade, da justiça, da coerência, foi o estado em si. Ao invés do cavalo, que ficou encarcerado pela desonra em sua imagem foi Sergipe. A imprensa mundial vem explorando o vexame como bem esse governo merece.
Um estado que agora se vê aprisionado pelo descrédito e desqualificação de sua imagem. Um estado que chegou ao ridículo de permitir que tal e outros fatos, vão apagando sua imagem de destino desejado pela sua beleza e segurança. Tornou-se um Sergipe de brincadeira, de chacota, de piadas, de afirmações as mais aviltantes possíveis. E com razão. Ora, como é que a polícia procede com tamanho erro?
Qualquer policial sabe (ou deveria saber, pois o ingresso nos quadros exige conhecimentos de Direito) que é o dono ou o detentor que deverá ser responsabilizado pelo dano causado pelo animal, e jamais o próprio animal. Neste, falta-lhe o animus nocendi (a vontade deliberada de causar prejuízo). Desse modo, jamais um cavalo poderia ser levado à prisão por um coice dado ou mesmo para assegurar a reparação de um dano. Há os meios e os procedimentos legais para tal.
Os próprios delegados de polícia, através de sua associação, divulgaram nota estabelecendo a verdade dos fatos e afirmando, peremptoriamente, não ter havido crime de dano nem qualquer justa causa para que o cavalo fosse levado à delegacia e muito menos mantido encarcerado.
Diz a nota da Adepol, dentre outras conclusões, que: “Assim, partindo da premissa de que o fato ocorrido é atípico, isto é, não é caracterizado como crime pela legislação penal brasileira, tem-se como desnecessária, desarrazoada e completamente equivocada a conduta dos policiais militares consistente em apreender o cavalo e mantê-lo confinado em uma cela reservada para a custódia de pessoas presas em razão do cometimento de algum ilícito penal”.


Contudo, não bastasse o erro no procedimento na condução e no encarceramento do animal, os militares responsáveis pelo folhetinesco episódio ainda se deram o direito de cometer maus-tratos. Esta sim, uma ação criminosa prevista na legislação. As fotografias publicadas nos jornais e redes sociais logo evidenciam os sofrimentos irresponsavelmente causados ao cavalo.
Maus-tratos por manter um animal preso em cela apertada, sem espaço para locomoção, sem condições de qualquer tipo de repouso, em ambiente totalmente estranho ao seu habitat, comprovando ter havido abuso de forma consciente e deliberada. E isso durante cerca de dezoito horas, que foi o tempo do encarceramento. Segundo a lei, em caso de maus-tratos a animais, a primeira providência é procurar a delegacia mais próxima. Mas qual delegacia, se a competente era onde se perfazia a ação criminosa?
A verdade é que cavalo nunca deu muita sorte em Sergipe. Quando não são levados aos abatedouros clandestinos para saírem de lá como charque ou carne vermelha para o consumo, logo são acusados de cometimento de crimes. Sim, não há estado que goste de culpabilizar mais os cavalos do que Sergipe. Em 2015, por exemplo, quando parte da ponte de Pedra Branca desabou, os órgãos oficiais, para fugirem da culpa pela falta de manutenção nas estruturas, afirmaram que a queda fora provocada por cavalos que passavam pelo local. E agora um cavalo preso por ter dado um coice num carro supostamente estacionado em local indevido.
Tais fatos, ora absurdos ora pitorescos, servem apenas para expor ainda mais, e de forma negativa, o ridículo que está o Estado de Sergipe. Não obstante os fatos que comprovam o aumento exorbitante da violência, os atrasos reiterados no salário do funcionalismo, as estradas e os asfaltos em situações calamitosas, o descaso governamental por todo lugar, agora também motivo de chacota até mesmo pela imprensa internacional.
Como dito, o pocotó foi solto, mas Sergipe não. Sergipe restou aprisionado nas suas próprias mazelas, na sua falta de seriedade e de compromisso com a população, principalmente com sua segurança.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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DEPOIMENTOS SILA E CANDEEIRO

https://www.youtube.com/watch?v=AqcDh3IdOPQ&feature=youtu.be

OS EX CANGACEIROS "CANDEEIRO" E "SILA", COMPANHEIRA DO CANGACEIRO "ZÉ SERENO", EM ENTREVISTAS COM DATAS DIFERENTES, RESPONDEM QUASE QUE A MESMA COISA SOBRE UM ACONTECIMENTO DURANTE A CORRERIA NO INÍCIO DA MANHÃ DO DIA 28 DE JULHO DE 1938, DATA EM QUE FORAM MORTOS 11 CANGACEIROS E UM SOLDADO VOLANTE, NO LEITO DO RIACHO 'ANGICO', EM TERRITÓRIO SERGIPANO.

"Candeeiro reafirma o que Sila disse sobre o seu ferimento durante a fuga de Angico. Depoimentos gravados em época e locais diferentes."
BONS ESTUDOS!!!

Produção aderbalvídeo


Candeeiro reafirma o que Sila disse sobre o seu ferimento durante a fuga de Angico. Depoimentos gravados em época e locais diferentes.

YOUTUBE.COM

Video da laservídeo - Aderbal Nogueira.

https://www.facebook.com/groups/545584095605711/

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ATO UNIFICADO EM NATAL QUINTA-FEIRA (16/11) - Transporte e alimentação


Aduern está disponibilizando um transporte para  a mobilização unificada, na Governadoria, em Natal, quinta-feira, dia 16/11. 

Os docentes da UERN seguem acampados na Governadoria até que Robinson Faria negocie o pagamento dos salários atrasados e na quinta há sinalização de que haverá uma nova audiência com o Governo do Estado. 

A transporte sairá da Aduern as 6 horas da manhã e o café da manhã será na cidade de Lages, Às 7h30.  

Sugerimos que os/as docentes realizem um desjejum antes da viagem, haja vista que NÃO SERÁ disponibilizado café da manhã na sede do sindicato. 

O carro volta de Natal ao final da atividade política e da audiência com o Governo do Estado 

Os interessados devem enviar o nome e departamento para o whats APP da Aduern ( 988703983).

Jornalista

Cláudio Palheta Jr.

Telefones Pessoais :

(84) 96147935
(84) 88703982 (preferencial) 

Telefones da ADUERN: 


ADUERN
Av. Prof. Antonio Campos, 06 - Costa e Silva
Fone: (84) 3312 2324 / Fax: (84) 3312 2324
E-mail: aduern@uol.com.br / aduern@gmail.com
Site: http://www.aduern.org.br
Cep: 59.625-620
Mossoró / RN
Seção Sindical do Andes-SN
Presidenta da ADUERN
Rivânia Moura

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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FOTO DA CANGACEIRA " DADÁ" COSTURANDO, AO LADO DA ATRIZ LEILA DINIZ, QUE A INTERPRETOU NO FILME " CORISCO , O DIABO LOIRO.".


Vale ressaltar, que a experiente cangaceira, nessa oportunidade, estava fazendo indumentárias que foram usadas no aludido filme... DADÁ, mesmo possuindo "uma perna só" (a outra, foi amputada na altura da coxa, em consequência da GANGRENA, em face de um tiro disparado pela volante do Ten. Zé Rufino por ocasião de sua captura e, de CORISCO ). 

Ela costurava maravilhosamente, e, desse modo, contando, também, com uma pequena aposentadoria criou filhos/netos... Eita, mulher guerreira..!

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=755847367950573&set=gm.729478933927720&type=3&theater&ifg=1

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A CASA DOS PAIS DE MARIA DE DÉA – A “MARIA BONITA"

Material do acervo do pesquisador Sálvio Siqueira
https://www.youtube.com/watch?v=GvpNFxkJg4g&feature=youtu.be

"Maria Cangaceira (Maria Bonita)"

"Documentário experimental baseado no texto A Casa de Maria do escritor João de Sousa Lima, com direção de Gilmar Teixeira Santos, onde é retratado de forma poética todo o processo de degradação e restauração da casa de Maria Bonita."

TV Fonte Viva

FUNDAÇÃO ANTENA AZUL

Produção Luiz Gonzaga (Google Play • iTunes)

“Maria Bonita (1911-1938) foi a companheira do rei do cangaço Virgulino Ferreira da Silva o Lampião. Foi a primeira figura feminina a ingressar no principal bando de cangaceiros do Nordeste, em meados de 1930.

Maria Gomes de Oliveira, conhecida como Maria Bonita, nasceu numa pequena fazenda no povoado de Malhada da Caiçara, município da Gloria, atual cidade de Paulo Afonso, na Bahia, no dia 8 de março de 1911. Filha dos pequenos lavradores José Gomes de Oliveira e Maria Joaquina Conceição Oliveira.

Com 15 anos foi obrigada a se casar com o sapateiro José Miguel da Silva, mas as brigas eram constantes e o casamento não deu certo. Depois de cada briga, Maria Bonita buscava abrigo na casa dos pais. Em 1928 resolveu se separar do marido – numa época em que a separação era algo inaceitável.

Em 1929, morando na casa dos pais, conheceu Lampião, que em suas andanças passava com seu bando pelas fazendas da região. A atração foi recíproca. Baixinha, com olhos e cabelos castanhos, era uma mulher bonita e determinada, o que chamou a atenção do cangaceiro.

A vida no cangaço

Em meados de 1930, Maria bonita passou a fazer parte do bando de Lampião – foi a primeira mulher a ingressar no cangaço. A partir daí, mais de 30 mulheres participaram da vida do bando. A Bahia foi o Estado que forneceu o maior número de moças ao banditismo do Sertão nordestino, seguida por Sergipe, Alagoas e Pernambuco.

As mulheres que aderiam ao cangaço tinham que se adaptar à nova vida, sem chance para arrependimento. Levavam uma vida de nômade, muitas vezes mal alimentadas, tendo que caminhar quilômetros sob o sol e a chuva, além de enfrentar os combates violentos contra as forças policiais. Nos jornais da época, as mulheres eram chamadas de bandoleiras, megeras e amantes. Muitas eram estereotipadas como masculinizadas, mas as fotos de Maria Bonita mostram seu cuidado com o traje, o cabelo e a postura.

Os papeis sociais no cangaço eram bem definidos: ao homem cabia zelar pela segurança e sustento dos bandos. À mulher, ser esposa e companheira. Durante a gestação elas ficavam escondidas. Depois do nascimento do bebê, eram obrigadas a entregar a criança a amigos e retornar ao cangaço. Maria Bonita teve três filhos durante esse período(...).” (ebiografia.com)

PS// A DATA DO NASCIMENTO DE MARIA GOMES DE OLIVEIRA, A MARIA DE DÉA, OU "MARIA BONITA", CODINOME DADO PELA IMPRENSA CARIOCA E PELO QUAL TORNA-SE CONHECIDA MUNDIALMENTE, É MOTIVO DE DISCUSSÃO, AINDA, ENTRE PESQUISADORES/HISTORIADORES.
BONS ESTUDOS!!!
FELIZ FERIADO OU FERIADÃO A TODOS.
LEMBREM-SE, SE BEBER, NÃO DIRIJA. RESPEITA A VIDA.

https://www.facebook.com/groups/1617000688612436/permalink/1853043395008163/

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MATERIAL DO ACERVO DO PESQUISADOR DO CANGAÇO VOLTASECA VOLTA


As terras da família do frei faziam parte da fazenda Sueca, do coronel João Nunes, nos tempos do cangaço. O coronel, que chegou a ser Secretário de Segurança Pública de Pernambuco, era um temido oficial da Força Pública, responsável por queimar as casas de parentes de Lampeão na vila de São Francisco e fuzilar revoltosos da Coluna Prestes presos em Floresta. Tamanha crueldade nutria em Lampeão um misto de ódio e admiração e em 1928 resolveu invadir sua fazenda. O sobrinho-neto do coronel, frei Nunes, nos conta: "Lampeão veio dos lados de Rio Branco (hoje Arcoverde) e passou por aqui. Quatro e meia da manhã, seu Toco foi buscar água, no clarear do dia, e o coronel ficou dormindo. Antigamente não tinha pia, o pessoal lavava o rosto na janela com um caneco. Quando ele abriu a janela, isso estava cheio da turma de Lampeão". (...)O coronel Nunes foi levado pela horda de cangaceiros, amarrado a um burro, viajando no coice da malta pelos sertões alagoanos ao longo de trinta dias. Longos dias e noites em que os dois desafetos ficaram frente a frente afirmando suas honras, coragens e paciência, à espera de um gesto capital. O coronel deveria ser sangrado para pagar a desonra ao capitão Virgolino. Palavras, olhares, gestos, ameaças e confidências selaram um pacto misterioso entre os dois e o coronel foi libertado em Sergipe. Com as roupas estropiadas, recebeu de seu resignado algoz trinta mil réis para voltar à fazenda. O sobrinho franciscano especula: "Saíram com o coronel amarrado e foram soltar lá do outro lado do rio. Ele todo machucado. Lampeão não matava homem de coragem. Dizem também que no meio do bando tinha um soldado, a polícia pagava mal, e esse soldado dirigiu a palavra, não matem o coronel não. O coronel é um homem de bem, eu conheço ele". Há quem diga que esse cangaceiro seria Corisco, soldado desertor do Exército em Aracaju.

Memórias Sangradas, de Ricardo Beliel e Luciana Nabuco, livro a ser lançado em breve.

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