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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

AS MORTES EM SANTANA

Por Clerisvaldo B. Chagas, 25 de agosto de 2014 - Crônica Nº 1.246

Ultimamente a juventude brasileira vem sendo dizimada pelas drogas e pela violência das balas. Houve tempo em que as doenças tomavam conta do país, pois a Medicina andava em passos de jumento. As comunicações também não eram fáceis, sem falar nas péssimas estradas que cortavam a nação, baseadas no chamado barro ou terra. Não havia profissionais médicos o suficiente e nunca aconteceu um planejamento desses profissionais pelo interior, sempre relegado ao segundo plano.

Até papagaio tem medo, em Santana (Foto: Clerisvaldo).

Quem não se lembra moradores desse estado de Alagoas, das constantes viagens que se fazia transportando doentes para Palmeira dos Índios ou Maceió que, para o interior representavam o fim de mundo, em estrada de terra?

Lembro-me perfeitamente que a cerca de 20 anos atrás, o comércio santanense começava a se preocupar com os pequenos roubos no comércio. Advertências foram feitas que seria preciso cuidar da juventude periférica, sempre abandonada pelo pode público. Mas também a sociedade tinha sua parcela de culpa porque se isolava nos seus eventos particulares e coletivos e não chegava junto com nenhuma enxada para passar na erva daninha que crescia bastante.

Foi construída pela sociedade civil organizada um abrigo para velhinhos que lutando sempre ainda se encontra de pé. A rede de caridade que havia no Colégio Instituto Sagrada Família, trazida por irmãs holandesas, foi destruído por um padre que se julgava rei.

Continuou a sociedade aguardando apenas a assistência do poder público, como se ela existisse e fosse perfeita em toda sua plenitude. E o resultado é esse que lemos nos jornais de cada dia. Abandonada completamente, em todas as áreas, a erva daninha proliferou e hoje mostra o resultado do abandono, do descaso, do olhar enviesado que o centro lhe envia.

O bairro Maniçoba/Bebedouro dá o toque de recolher a partir das 18 horas. Todas as portas são fechadas e ninguém transita por ali. Bairro Lajeiro Grande, Rua da Praia, Santa Luzia, Cajarana, conjunto Marinho, Bairro Domingos Acácio, Lagoa do Junco, Cohab Velha e mais, são lugares que vão ficando assombrados pela noite, onde pessoas de outras regiões procuram evitar. Até mesmo para se conduzir um doente ao Hospital, durante a noite, o receio toma conta de qualquer um que se aventure, mesmo de carro.

Enquanto isso, a droga, o assalto, o roubo, os tiroteios vão fazendo à cidade refém da insegurança e do medo.

Certamente, com tudo isso, Santana do Ipanema ainda é uma das melhores cidades de Alagoas para se viver. Mas já começou, de fato, a pagar a falta de mobilização pela vida e que sozinho o poder público não consegue resolver. Talvez ainda seja possível deixar de olhar para dentro de si mesmo e se organizar em mutirão permanente pela juventude pobre, paupérrima, faminta e sem opções das periferias.

CLERISVALDO B. CHAGAS
Romancista – Historiador – Poeta – Cronista.
Autobiografia

Clerisvaldo Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo (Rua Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antônio Tavares, nº 238, onde passou toda a sua vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase em 1966. Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol. Concluído o Curso Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital paulista. Regressou novamente a sua terra onde foi pesquisador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ─ IBGE. Casou em 30 de março de 1974 com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde ─ AESA, em Pernambuco (1991). Fez Especialização em Geo-História pelo Centro de Estudos Superiores de Maceió ─ CESMAC, (2003).
Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História, Sociologia, Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em vários outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as escolas estaduais: Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das Chagas e, nas escolas municipais: São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e Rei.
Sua vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º teatro de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de escolas em Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da Rádio Correio do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja Maçônica Amor à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes; criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do diário Jornal do Sertão (encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da Academia Interiorana de Letras de Alagoas – ACILAL. Membro fundador da Associação Guardiões do Rio Ipanema (atual vice-presidente).
Em sua trajetória literária, Clerisvaldo Braga das Chagas, escreveu seu primeiro livro, o romance Ribeira do Panema (1977). Daí em diante adotou o nome artístico Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios, Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela ordem, são obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema (romance -1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem (conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado – 1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão Brabo CD (10 poemas engraçados); Santana do Ipanema, conhecimentos gerais do município (didático – 2011); Ipanema, um rio macho (paradidático – 2011); Sebo nas canelas, Lampião vem aí (peça teatral – 2011); Negros em Santana (paradidático – 2012); Lampião em Alagoas (história nordestina brasileira – 2012).
Em breve: O boi a bota e a batina, história completa de Santana do Ipanema (história); 227 (história iconográfica de Santana do Ipanema); Fazenda Lajeado (romance); Deuses de Mandacaru (romance); Colibris do Camoxinga (poesia selvagem); 100 milagres do padre Cícero (história e fé). 


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A CALÇADA E A CIDADE (O CAOS ADMINISTRATIVO COMEÇA EM ALGUM LUGAR)

Rangel Alves da Costa*

A administração de um município ou cidade abrange todos os setores da vida urbana e periférica, buscando sempre resolver os problemas surgidos nos mais diferentes lugares e objetivando transformar positivamente a sua feição. E isto em nome da qualidade de vida da população e do desenvolvimento da própria cidade e arredores. Nasce de um plano de governo que se colocado em prática com eficiência e continuidade terá por consequência o progresso conjunto.

O trabalho eficiente de um administrador de capital, por exemplo, exige uma percepção da cidade tanto partindo da periferia para o centro como deste em direção às áreas mais carentes e estruturalmente problemáticas. É a visão conjunta e a ação perante o todo, ainda que a partir de obras específicas, que vão transformando a feição da cidade e fazendo reconhecida a atuação do administrador. Contudo, quando problemas de fácil resolução são simplesmente ignorados ou tratados com persistente cegueira, logo será reconhecido o total descompromisso com a cidade.

Ademais, como uma metástase que vai surgindo de um pequeno problema não resolvido e depois se alastra irremediavelmente pelo corpo inteiro, a cidade também vai se enfermizando e deteriorando cada vez mais quando sintomas de má administração são detectados e não resolvidos. E o mais grave é que o descaso com problemas tidos como de fácil resolução por qualquer administração responsável acaba se tornando o diagnóstico exato da feição deplorável de toda a cidade.

E assim porque quem não tem capacidade, não quer ou não está nem aí para resolver um pequeno problema surgido num determinado ponto do lugar que administra, também se mostra sem compromisso algum com a resolução de problemas maiores. Ora, quando a administração municipal conhece os locais onde os pequenos problemas ocorrem, é alertada e cobrada pela população, e nada faz para resolver uma coisa simples, pequena, de modo fácil e rápido, logo testemunha a sua ineficiência como um todo. E assim porque o que é pequeno e não resolvido se torna na metástase, na proliferação do caos administrativo. 


Em Aracaju, os exemplos são muitos neste sentido, mas um especialmente impressiona pela forma como contradiz os discursos de cidade limpa, atraente, urbanisticamente organizada e com eficiente serviço de limpeza urbana, sem esquecer a tão propalada qualidade de vida. O problema todo reside num lixão que todo santo dia, chovendo ou fazendo sol, surge tomando toda a calçada de uma das principais ruas do centro da cidade, que é a Rua Santo Amaro, no trecho entre as ruas Geru e São Cristovão.

Quem desejar comprovar basta que após as duas horas da tarde se dirija até aquela rua e tente passar pela calçada na altura do número 311. Talvez não consiga e tenha que dividir a rua com os veículos em alta velocidade. Assim acontece porque ali funciona um restaurante que após o almoço fecha as portas e coloca todo o lixo em cima da calçada. E não é pouco resíduo não, pois são sacolões imensos, sacos, caixas e toda uma parafernália cheia de restos de tudo, desde cascas de verduras a restos de comida. O lixo é em quantidade tão grande que vai tomando toda a calçada, impedindo que as pessoas caminhem por ali. E não raro que as bolsas estourem e uma lama aquosa e putrefata vá se acumulando ao redor.

Tal fato ocorre todos os dias, e desde muito tempo, sempre a partir das duas horas da tarde, sempre no mesmo lugar, causando os mesmos transtornos para pedestres, as lojas ali instaladas e comerciários, e nenhuma providência jamais foi tomada pelo órgão municipal de limpeza urbana, que é a EMSURB. Mas não por falta de provocação nem de pedido para a tomada de providências. Há uns três meses este articulista enviou dois comunicados via e-mail para o órgão, sendo um deles respondido pela chefia de gabinete da presidência. E esta comunicou que estaria repassando o relato para seu superior, porém até hoje nada foi feito para resolver o problema daquele lixão.

Mas o problema não se resume apenas ao lixo em grande quantidade que todos os dias é indevidamente colocado naquela calçada. Por si só já é inaceitável o fato de as pessoas não poderem passar por um local que todas as tardes é tomado por detritos e imundícies, e por terem de caminhar ao lado de líquidos malcheirosos escorrendo dos sacolões. O problema maior está no fato que é inadmissível que tal absurdo esteja ocorrendo, e desde muito, numa das principais ruas do centro comercial da cidade.

Não se trata, pois, de fato que ocorra apenas uma vez ou outra, mas todos os dias e a partir do mesmo horário. Do mesmo modo, a EMSURB jamais pode alegar que não tem conhecimento desse lixão urbano. Ademais, nem precisaria ter sido informada por este articulista, vez que é também de sua competência tomar conhecimento e fiscalizar tais ocorrências. Mas se nada faz, se não notifica o responsável pelo local para que imediatamente providencie outra destinação aos seus resíduos, apenas demonstra o descaso com a limpeza urbana, a feição da cidade e o respeito a todos os aracajuanos e visitantes.

Como demonstrado, a partir do que ocorre numa simples calçada da cidade pode ser visualizada a feição geral de uma administração municipal. Quando um problema pequeno não é resolvido, então não se imagine que grandes soluções urbanísticas virão. É o velho ditado: pelo pó acumulado se conhece o cuidado do dono da casa.

Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com 

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Davi Gomes Jurubeba


Sálvio Siqueira disse:  

"Correta a resposta da amiga Francimary Oliveira. Arrebentou! Parabéns! Davi Gomes Jurubeba, mais conhecido como Davi Jurubeba. Foi sem dúvida alguma, um dos mais valentes nazarenos que atuaram contra o 'Rei do Cangaço. 


Entrou para Briosa pernambucana com o intuito, quase que exclusivo, de dar cabo de Lampião e seus irmãos. Militar altamente disciplinado foi condecorado como "Guerreiro das Caatingas", sendo esta, uma forma da Polícia Militar do Estado de Pernambuco reconhecer seus serviços".

Fonte: facebook
Página: Sálvio Siqueira

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André Ferraz Guarda-Vidas e Mergulhador 5 de dezembro de 2011

Por André Ferraz

Sou neto de integrante da Volante..., que inclusive estudou com Lampião na sua infância. Ainda hoje temos uma pequena propriedade no local onde eles nasceram e cresceram. Posso passar o que as pessoas que cresceram e conviveram com ele me falaram: Era um facínora... seu irmão teve a mesma educação e foi pessoa de bem. Meus avós e tios avós viveram a mesma realidade na região e não furtaram, não extorquiram, não sequestraram nem tampouco mataram gente inocente. Na vila dos meus antepassados mulheres e crianças aprendiam a atirar para se protegerem de Lampião... pois nem a força pública nem o exército conseguiu contê-lo. A volante foi a forma que na época a solução encontrada... combater Lampião com seus próprios conterrâneos... Somente a resistência e a inteligência do sertanejo para poder dar combate contra um bandido nordestino.

http://jataovaqueiro.blogspot.com.br/2011/02/veja-algumas-frases-de-lampiao-o-rei-do.html

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Lampião reorganizava-se para um ataque às localidades mais populosas de Sergipe


Quando de sua morte, segundo uma manchete do jornal O Correio de Aracaju Lampião marcava reorganizava-se para um ataque às localidades mais populosas de Sergipe, e isso pode passar despercebido, mas Itabaiana poderia estar na sua lista de investidas, pois em 1920, segundo o 'Álbum de Sergipe' de Clodomir Silva, Itabaiana tinha uma população de 35 mil pessoas, e em 1940 era a sétima cidade mais populosa, segundo o Censo Demográfico, perdendo para Aracaju, Estância, Propriá, Neópolis, Maruim e Capela. 

O Cangaço em Itabaiana Grande, 2014. 

Fonte: facebook

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Sousa recebe primeira noite de Cariri Cangaço Parayba 2014 !

Por Manoel Severo
Mesa de abertura do Cariri Cangaço Parayba 2014, em Sousa

Com “A relação entre memória e história e a sua importância para a formação da identidade regional – 90 anos do ataque do grupo de Lampião a Sousa” o professor Wescley Rodrigues, Conselheiro Cariri Cangaço, realizou de forma brilhante a Conferência de abertura do II Seminário Parahyba Cangaço - Cariri Cangaço Parayba 2014. A partir das 19 horas o Centro Cultural do Banco do Nordeste, em Sousa, acolheu em auditório lotado, os convidados para a noite solene que contou ainda com a apresentação de Grupo de Xaxado na área externa do CCBNB - Sousa.

A solenidade de abertura do Cariri Cangaço Parayba 2014 contou com a presença do Curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo, do representante da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço – SBEC, Paulo Medeiros Gastão, do Presidente do Grupo Paraibano de Estudos do Cangaço – GPEC, Narciso Dias; do Presidente do Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará – GECC, Ângelo Osmiro; do representante do Centro Cultural do Banco do Nordeste, Natarajan Rodrigues, do Presidente da Fundação Municipal de Cultura de Sousa, Luiz Cacau, do Presidente da Fundação Espaço Cultural da Paraíba, Lau Siqueira, Camila Sousa do SEBRAE ;  além de pesquisadores, escritores, estudantes e aficionados pela temática do cangaço e nordeste, de todo o Brasil.

Paulo Gastão na Mesa de Abertura do Cariri Cangaço Parayba 2014
Paulo Gastão fala em  nome da SBEC
Luiz Cacau, Narciso Dias e Manoel Severo

Para o Curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo “a realização do II Seminário Parahyba Cangaço, ou seja, o Cariri Cangaço na Paraíba, é um marco que consolida o evento no estado da Paraíba; o resultado da noite de hoje e certamente o êxito de todo o evento vem coroar o esforço espetacular de nosso Conselheiro Wescley Rodrigues juntamente com os amigos César Nobrega, Iris Mendes, Guerhansberger Tayllor, além de suas equipes; realmente um noite memorável, além da sensacional apresentação de Wescley Rodrigues em sua conferência de abertura, quer dizer; sucesso total, parabéns a toda família Cariri Cangaço”.

Honório de Medeiros entrega Diploma a Wescley Rodrigues
Archimedes e Elane Marques entregam "Chico Pereira" a Wescley Rodrigues

O representante da SBEC, ex-presidente Paulo Gastão ressaltou “ o momento que vivemos atualmente para o estudo do fenômeno cangaço é um dos mais promissores, e o Cariri Cangaço Parayba 2014 nos mostra isso de maneira inequívoca". Já Narciso Dias do GPEC afirma: ”O Cariri Cangaço chegou de vez a Paraíba e a tendência é só crescer, como exemplo temos já no ano que vem, 2015; Princesa Isabel e Cajazeiras se unindo a esse empreendimento de sucesso que tem o GPEC como grande parceiro.” O presidente da Fundação Espaço Cultural da Paraíba, Lau Siqueira, disse de sua grande honra em participar do Cariri Cangaço Parayba 2014 e da "disposição da FUNESC em se aliar ao movimento de resgate e estudo do fenômeno cangaço na Paraíba". A prefeitura municipal de Sousa foi representada por Luiz Cacau, presidente da FMC que falou da "importância do evento e em receber o Cariri Cangaço em Sousa".

 Professor Mestre, Weslcey Rodrigues em sua Conferencia de Abertura
Fátima Cruz e Professor Pereira
Tomaz Cisne e Wescley Rodrigues

A noite solene marcou a entrega de Diplomas pelo Cariri Cangaço ao Presidente da FMC, Luiz Cacau, a Júlio Cesar Nóbrega, produtor cultural e em momento especial ao Conselheiro Cariri Cangaço, organizador do II Seminário Parahyba Cangaço, professor Wescley Rodrigues, que naquele momento recebeu das mãos do casal Archimedes e Elane Marques; artesanato em papel machê do cangaceiro Chico Pereira. O evento contou com um auditório lotado e com as presenças de pesquisadores de vários estados do Brasil, além de professores, universitários, artistas, jornalistas, entre outros.

Caravana Cariri Cangaço em Sousa: Cariri Cangaço Parayba 2014
GECC no Cariri Cangaço Parayba 2014: Ezequias, Tomaz Cisne e Ângelo Osmiro

Mais uma vez o Cariri Cangaço inovou. Sob a coordenação do jornalista e especialista em marketing, Heldemar Garcia, pela primeira vez o Cariri Cangaço transmitiu ao vivo todo o evento. "Essa tecnologia, que se vale de uma plataforma do YouTube nos permitiu fazer este primeiro teste, não havíamos divulgado anteriormente por ser necessário alguns ajustes, inclusive equipamentos, condições técnicas e outras, mas o resultado apesar das limitações foi muito proveitoso, certamente daqui para frente toda família Cariri Cangaço estará acompanhando nossos eventos ao vivo de todo o planeta".

Manoel Severo
Curador do Cariri Cangaço 
Fotografias de: João de Sousa Lima, Tomaz Cisne e Ezequias Aguiar

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O sírio entre Lampião e Padre Cícero

Para provar que não estava bravo depois de uma das mentiras de Benjamin, Padre Cícero tira uma foto com o sírio, que posiciona sua mão perto do cangote do sacerdote para se dizer íntimo. E segura o jornal O Globo para demonstrar inte­lectuali­dade e fazer propa­ganda.

Ele é pouco conhecido no Brasil, mas a forma com que Benjamin Abrahão conquistou personalidades do Nordeste, no início do século 20, fez com que ele crescesse na vida.

Ele foi tido como conterrâneo de Jesus e, por isso mesmo, um segundo enviado de Deus quando chegou a Juazeiro do Norte, no Ceará, e se apresentou como o homem que nasceu em Belém, na Terra Santa. O nome? Benjamin Abrahão. O sírio caiu nas graças do religioso mais famoso do Nordeste, o Padre Cícero, e logo se tornou seu secretário pessoal. Daí em diante, Abrahão se fez na vida. Pois, apesar de ter sido considerado um santo, soube aproveitar as oportunidades para colocar em prática as malandragens dos homens de carne e osso, chegando a ser fotógrafo particular de Lampião para ganhar uns tostões.

Esse sírio – chamado de turco pelos inimigos – chegou ao Brasil com 14 anos, em 1915. Veio fugido das perseguições do Império Otomano pela qual passava a Síria e da ação sanguinária do general Jamal Pachá, que alistava jovens como Benjamin no Exército. Foi morar com uns parentes distantes, os Elihimas, no Recife, que por sua vez faziam a vida vendendo miudezas no comércio. Virou caixeiro-viajante e começou a explorar a credulidade do povo: contava sua vida na Terra Santa e, entre uma história e outra, vendia os produtos. Passados dois anos perambulando pelo sertão, ele se deparou com romeiros indo a Juazeiro para receber a bênção de Padre Cícero. Decidiu se juntar a eles e, quando chegou, o padre reconheceu Abrahão como diferente em meio a tantos caboclos. Porque era um indivíduo branco, meio alourado e bem mais alto que a média.

A beata Mocinha se aproximou, a mando do padre, para saber de onde era o homem diferente. O sotaque estrangeiro o denunciou e foi aclamado por todos quando disse que vinha da Terra Santa. “Padre Cícero se dirige aos fiéis e diz: meus amiguinhos, Benjamin que está aqui é conterrâneo de Jesus”, afirma o historiador Frederico Pernambucano de Mello, que acaba de lançar o livro Benjamin Abrahão, Entre Anjos e Cangaceiros, uma biografia do sírio.

Bastaram 15 dias para Abrahão se converter e ser conclamado o secretário pessoal do padre. “Mocinha era chefe de uma ordem que tinha por objetivo arrecadar donativos para mandar aos padres que cuidavam do Santo Sepulcro na Terra Santa. A presença de Abrahão ali, então, era como uma purificação para a casa”, afirma Frederico. O sírio foi esperto. Já no início, ele se declarou ourives e passou a cuidar das joias do religioso. Claro que não demorou para ele prosperar na vida: comprou ternos de casimira inglesa e gravata de seda pura. “Algumas testemunhas dizem que ele cuidava de joias belíssimas que deveriam ser de Padre Cícero”, comenta Frederico. Para ele, os anos de 1917 a 1934 (tempo em que viveu ao lado do “padinho”) nunca mais seriam os mesmos. Abrahão virou um homem da sociedade.

A morte de Lampião virou um bom negócio

A notícia da morte do Padre Cícero, aos 90 anos, fez com que Benjamin caísse em desespero. O padre era, conforme enfatiza Frederico, o ganha-pão do sírio. Para salvar o bolso, então, ele filmou o enterro do padre para a Abafilm e, malandro, abriu as portas para depois oferecer à mesma Abafilm uma película (e fotos) de Lampião e de seu bando – já que desde 1930 o jornal New York Times noticiava as muitas façanhas de Lampião.

“Abrahão tinha, estranhamente, uma credencial de jornalista quando chegou ao Brasil, escrita em francês. Certa vez conheceu o pioneiro do cinema no Brasil, Ademar Albuquerque, que mais tarde criou a Aba”, afirma Frederico. Conseguiu filmadora, tripé e uma máquina fotográfica e foi atrás do grupo, pois já conhecia Lampião de uma visita que o cangaceiro fez ao Padre Cícero em 1926.

Lampião não apenas fez pose para a foto como chamou o bando de todo o Nordeste para se reunir na filmagem. O resultado? Noventa fotos de qualidade heterogênea e um filme de 35 mm (hoje restam 15 minutos dele na Cinemateca Brasileira) em que Lampião é transformado em garoto propaganda da Bayer, que patrocinou o filme. Alegremente agitado, ele diz na gravação que até Lampião usa cafiaspirina quando tem dor de cabeça...

Serviço:

Benjamin Abrahão, Entre Anjos e Cangaceiros. Frederico Pernambucano de Mello. Ed. Escrituras. 352 páginas. R$ 45.

http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?id=1328069

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Pimenta nos olhos dos outros é colírio

Por José Mendes Pereira
Identidades: 1- Zé Paulo, primo; 2 -Venâncio Ferreira, tio; 3 - Sebastião Paulo, primo; 4 - Ezequiel, irmão; 5 João Ferreira, irmão; 6 -Pedro Queiroz, cunhado (casado com Maria Mocinha, que está à sua frente, sentada); 7- Francisco Paulo, primo; 8- Virgínio Fortunato da Silva, cunhado (casado com Angélica) 9 – Zé Dandão, agregado da família. Sentados, da esquerda para direita: 10 - Antônio, irmão; 11-Anália, irmã; 12 - Joaninha, cunhada (casada com João Ferreira); 13 -Maria Mocinha, ou Maria Queiroz ,irmã; 14-Angélica, irmã e 15 - Lampião. Dos nove irmãos da família Ferreira, dois estão ausentes nesta foto: Levino, que morrera no ano anterior, 1925, no sítio Tenório, Flores do Pajeú/PE, em combate contra as volantes paraibanas dos sargentos Zé Guedes e Cícero Oliveira. E Virtuosa, que, sinceramente, não sei dizer se simplesmente não quis aparecer na foto, ou já era falecida. Élise Jasmin afirma no seu Livros cangaceiros, que esta foto foi feita por Lauro Cabral de Oliveira, que dividiu então com Pedro Maia, a fama de fazer as fotos de Lampião, bando e familiares em Juazeiro, Março de 1926. Fonte: Volta Seca.

Às vezes a gente ignora o péssimo comportamento de um amigo, um primo, parente..., ou até mesmo de pessoas que nem fazem parte da nossa família, convivência, do nosso círculo de amizade. Mas para julgarmos o outro, o certo seria colocarmos no seu lugar, para depois abrirmos a boca e dizermos o que bem pensamos do outro.

Muitos que ainda não conhecem o que significa a palavra "cangaceiro", e o porquê das perversidades que fez o rei do cangaço e seus comparsas, acham que eram uns verdadeiros desumanos. Na verdade eles eram. Mas para o sujeito saber como tudo começou e dar a sua opinião, é preciso que leia livros sobre o cangaço, os quais encontrará em diversas livrarias do nordeste e do Brasil, como por exemplo: diretamente na Livraria do Professor Pereira, lá em Cajazeiras, no Estado da Paraíba, através deste e-mail: franpelima@bol.com.br.

A péssima e aperreada vida que ganhara a família de José Ferreira da Silva, não foi fruto de si mesma, mas causada por vizinho que não teve um tico de dó, mudando a sua bela vida que tinha nas terras de Pernambuco, desmoralizando-a desnecessariamente, só no intuito de vencer, de magoar, de humilhar, de vingar as acusações de roubos de animais  feitas por Virgulino Ferreira da Silva, o futuro Lampião.

Lampião consertando equipamento

Baixar a cabeça e entregar o lombo para o inimigo bater, o que irá acontecer é que o castigador sente logo a fragilidade do castigado, que não tem coragem de reagir, e daí passará a enfrentá-lo para vencê-lo de qualquer forma, já que o castigado aceita. 

Foi o caso do patriarca José Ferreira da Silva, homem íntegro, paciente, honesto, e não queria ver nenhum escândalo dentro da sua família, e nem desavenças com os seus vizinhos, principalmente causados pelos seus filhos, findou no que findou. Se desde o início José Ferreira da Silva tivesse endurecido o pescoço, como se diz, contra qualquer um dos seus vizinhos que tentasse lhe desrespeitar, juntamente com seus filhos, tinha evitado tamanha confusão, porque o inimigo, no caso o Zé Saturnino, teria temido, e a confusão perderia forças para seguir, morrendo ali mesmo. E como José Ferreira não apoiava os filhos, Zé Saturnino já sabia que um a menos na confusão não participaria, no caso José Ferreira, esperava vencê-los de qualquer jeito.


Antes que julgue a família Ferreira, adquira logo o livro "LAMPIÃO A RAPOSA DAS CAATINGAS", de autoria do escritor e pesquisador do cangaço José Bezerra Lima Irmão, para você entender o que realmente aconteceu com os Ferreira nos anos 20 e 30 do século passado.

Encontro em Piranhas - da esquerda para a direita: José Bezerra, Paulo Brito e Oleone Coelho Fontes. Paulo Brito, filho do legendário João Bezerra, que comandou a tropa no tiroteio da Grota do Angico, quando morreu Lampião, sustém na mão o livro "No Rastro das Alpercatas do Conselheiro", de Oleone Coelho.

O livro é cheio de informações que muitos estudiosos do cangaço ainda não conhecem. O leitor irá conhecer a vida dos Ferreira, desde os pais de José Ferreira e dos pais de dona Maria Sulena da Purificação, casamento dos patriarcas dos Ferreira, primeira residência, mudanças de sítios para outros, empurrados por

Zé Saturnino da Fazenda Pedreiras - o inimigo nº 1 de Lampião

Zé Saturnino, as propriedades que os pais dos Ferreira possuíram, comprovadas com documentos e cópias em poder do autor do livro; sofrimentos, humilhações, decepções, perseguições, acordos, roubos de animais..., mortes dos pais dos Ferreiras..., a causa da morte de dona Maria Sulena (Maria Lopes), a morte de José Ferreira da Silva... 

O livro é uma excelente obra, e foram 12 anos de pesquisas. O livro não é apenas a família Ferreira, está completo sobre "cangaço". Eu falei apenas um pouquinho sobre a família Ferreira, mas tem tantas novidades que você ainda não as conhece.

- Total de Páginas: 736
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Para você adquiri-lo é através deste e-mail:
josebezerra@terra.com.br

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O Parahyba Cangaço


O Parahyba Cangaço foi homenageado com a presença do Secretário de Cultura de Aurora, José Cicero, Presidenta da FUNESC Lau Ciqueira e o Curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo.




Realização do II Seminário Parahyba Cangaço em Nazarezinho, bastante produtivo. Tudo pelo tombamento da casa do Jacu.

Fonte: facebook
Página: Iris Mendes Medeiros

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Lampião Uma descrição do combate de Abóboras



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“Que negro bom para uma enxada.” - disse Lampião no interior da Bahia


Para meus amigos cangaceiros, ilustres e conhecedores dos fatos narrados, vividos e registrados no sertão brasileiro. Que me dizem dessa frase de Lampião?

“Que negro bom para uma enxada.” 

(Momento em que, Lampião confessa todo seu preconceito racial. Ele examinava as mãos de um juiz de Direito no interior da Bahia, por duvidar que ele era mesmo uma autoridade pelo fato de ser negro.) 



"Já ouvi comentários a esse e outros similares".

Paulo Moura falou também dizendo:


"Pelos escritos que li, inclusive da época do cangaço, era público e notório que o racismo era muito comum naquelas plagas. Ainda existiam negros filhos de escravos e que viviam em condição de escravo (livre, porém, sob o domínio do ex-dono)... Contudo, também é bom lembrar que Lampião teve em suas hostes, grandes comandantes de grupo que eram de cor... A exemplo de Meia noite... Sabino, que era mestiço, etc".

E o João Paulo Celestino o que disse?


Existem outras supostas frases de sua autoria que evidenciam seu racismo. É dito que ele não reverenciava São Benedito por que segundo ele, "onde já se viu negro ser santo?".

Apesar disso, nutria grande amizade com negros (citado pelo amigo Paulo Moura acima e incluiria também Zé Baiano) e mestiços, sendo ele próprio um.

Existia um racismo estranho no sertão daquela época. O povo tinha orgulhoso de sua relativa brancura, e para muitos negro era sinônimo de cor escura e "cabelo ruim", e como o Lampião, apesar da pele escura, tivesse cabelo liso, talvez por isso não se considerasse negro.

Não vou me aprofundar nesse assunto pois não domino, e posso está falando besteira, então deixo para nossos amigos antropólogos de plantão rsrsrsrs. Com 
Aderbal NogueiraPaulo GastãoPaulo Moura, Cangaceiros CaririJuliana PereiraJoão Paulo CelestinoJosé João Souza,

José João Souza falou o seguinte:


"Amiga, as coisas mais esquisitas e contraditórias já se disseram de Lampião, a última foi o livro dizendo que ele era gay".

Fonte: facebook
Página: Vânia Galceran

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