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sábado, 25 de outubro de 2014

CASA ORIGINAL DE MARIA BONITA


História do cangaço
Foto da casa original de Maria Bonita, na Malhada do Caiçara, região de Paulo Afonso, no Estado da Bahia. 

Fonte: facebook

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Caipira de Poço Redondo Alcino Alves Costa


Hoje o Cariri Cangaço traz a homenagem de Manoel Severo à Alcino Costa, no dia que os Céus o convocaram para mais uma batalha...

"Hoje o sertão amanheceu mais triste ! O galo cantou mais rouco e os pássaros, as nhambus e as jaçanãs pareciam gorjear mais tímidos. Hoje o Sertão amanheceu mais triste; seu poeta maior partiu. O sol nascia parecendo trazer uma só dor: A dor daqueles que amaram, amam e sempre amarão um dos seres humanos mais fantásticos que já pisaram o chão tórrido e sofrido da caatinga amada de todos nós. 

Vai Alcino, vai Caipira, vai Decano, tua missão agora é no Céu, não te preocupas porque aqui ficaremos bem; com uma saudade sem tamanho, mas com teu exemplo de amor às coisas de nosso sertão, de amor às pessoas, de amor à vida.

Muito obrigado querido amigo Alcino por ter nos permitido compartilhar contigo um exemplo de vida. Todos os momentos vividos a teu lado ficam guardados no fundo do coração, saiba que fez e fará sempre parte de nossas vidas.

Se o teu sertão alegre chora, mas é de felicidade por poder testemunhar a grande festa no Céu. Por lá todos estão falando e cantando: 

"Hoje é festa no Céu, chegou o Caipira de Poço Redondo, o Decano do Sertão, preparem as alpergatas e o xaxado aprumado que o bicho vai pegar ! " Vai com Deus querido Alcino, receba o nosso amor incondicional. Manoel Severo -Curador do Cariri Cangaço.

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Cangaceiros que se renderam às autoridades


Os cangaceiros Patativa, Jandaia e Deus-te-guie entregues com as companheiras, em 1940.


Os cangaceiros Barra de Aço, Pedra Roxa, Pancada, Santa Cruz e Velocidade, entregues, em 1939.


A ex-cangaceira Dadá aprisionada, em Salvador, Bahia, em junho de 1940. Era companheira do cangaceiro Corisco que foi assassinado no dia 25 de Maio de 1940. O último cangaceiro de todos os tempos.


Cangaceiros dos sub-grupos de Pancada, de pé à esquerda, e Zé Sereno, de pé à direita.


Os cangaceiros Volta-Secca e Passarinho, em julho de 1938, confraternizando, após saberem a notícia da morte de Lampeão. 

Nesse período estes dois cangaceiros Volta-Secca e Passarinho já estavam cumprindo pena na cadeia.

Material do acervo do professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio.

Fonte: facebook
Página: Rubens Antonio

O leitor também encontrará este material no: http://cangaconabahia.blogspot.com

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Sila, Frederico Pernambucano e Candeeiro

Sila (ex cangaceira) - Frederico Pernambucano de Melo (historiador, escritor e pesquisador) - Candeeiro (ex cangaceiro).

Contemplem a imagem acima, porque se trata de uma preciosidade em termos de registro fotográfico.

Essa foi tirada do fundo do baú e como diria um velho personagem de seriado televisivo... Raríssi-ssi-ssi-ssima!!!

Direto do túnel do tempo...

Foto cedida gentilmente por Gila Sousa Rodrigues, filha do casal Zé Sereno e Sila.

Fonte: facebook

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‘A “LEI” DO FORA- DA- LEI’


“(...)Além de muito religioso, Lampião dizia-se um grande justiceiro... Vejamos como aplicava sua justiça, segundo a narrativa de um participante da tragédia. Estávamos acampados em Lagoa do Rancho, no interior da Bahia. Depois de alguns dias, estourou um escândalo: O dono da fazenda onde estávamos queixou-se a Lampião de que um dos seus “cabras” havia estuprado sua filha. Lampião seguido pelo bando, foi ver a filha do fazendeiro, e o quadro a que assistimos era triste:

a mocinha estava num estado lastimável. O autor do ato bárbaro fora Sabiá, um rapaz com 18 anos mais ou menos, e novo no Bando. Praticado o atentado, Sabiá fugiu para o mato. Lampião, depois de ver o estado em que ficou a filha do fazendeiro, falou secamente: 

- Volta Seca e Gavião, vão buscar o Sabiá”. 

Eu e Gavião saímos à procura de Sabiá, quando nos aproximamos do local ele estava entrincheirado, e gritou: 

- Não avancem, eu abro a cabeça dos dois com uma bala: 

- Sabiá, o capitão quer falar com você! 

– Se ele quer falar comigo, venha ele mesmo me buscar!

Achei muita ousadia, mas não tentei capturá-lo... Olhei para o meu camarada e retornamos á fazenda. Lampião quando nos viu sozinhos, perguntou indignado: 

- Cadê ele?” 

– Sabiá está entrincheirado, ali, embaixo atrás de uma pedra; 

- Porque não trouxeram ele?

– Porque ele nos matará; nós dissemos que o Capitão queria falar com ele. Mas ele respondeu: Pois venha ele mesmo se quiser. Foi a conta! A testa de Lampião franziu-se, os lábios se comprimiram e, serrilhando os dentes disse:

- Eu vou buscar esse cão.
- Não avance nem mais um passo, capitão, que eu atiro! Ninguém vai me pegar, dizia Sabiá.

Lampião olhou-o por um momento e, de repente, falou:

- Você não atira em ninguém, menino. E avançou. Avançou resoluto, com Sabiá fazendo pontaria para ele. A todo instante eu esperava o estampido assassino do fuzil de Sabiá. Mas o tiro não saiu. Frente a frente com Sabiá, Lampião gritou: 

-Atira, cachorro! Atira!

E Sabiá não atirou... Pelo contrário, arriou o fuzil. Foi seu fim pois Lampião, rápido, deu com a coronha de seu fuzil na cara do rapaz, que rolou pelo chão, ensanguentado. Eu e Gavião aproximamo-nos depressa do local e Lampião mandou que o levássemos à fazenda. Desarmei Sabiá, eu de um lado e, Gavião do outro. Levamo-lo de volta, enquanto Lampião ia à frente, a passos rápidos. Sabiá estava tonto, com a boca arrebentada e todos os dentes da frente quebrados. Sangrava muito e vinha amparado por mim e Gavião. Na fazenda, todos se acercaram de nós. Eu sabia que a coisa ia ter um fim trágico, pois Lampião estava furioso. Foi feito um círculo de gente e, no meio dele, Sabiá, ladeado por mim e Gavião com Lampião na frente, que olhava sem afastar por um segundo sequer os olhos de Sabiá. Olhava-o com ódio, sem dizer nada, e o silêncio era completo, pois ninguém ousava falar Sabiá mal se aguentava em pé. Estava vencido. Vencido e convencido. Lampião, então, pôs-se a falar: 

- Vais morrer porque não presta, cão. É por causa dessas coisas que falam mal da gente, por ali. Mas eu te dou um exemplo, pra todos saberem que o bando de Lampião tem vergonha. E apontando para dois empregados da fazenda, ordenou: 

- Vocês dois ali, cavem um buraco pra enterrar esse cabra! 

Os homens obedeceram e, de enxada em punho, puseram se a abrir a cova. Sabiá não falava e tenho até impressão de que não compreendia o que se passava. Depois de alguns minutos, a cova pronta, isto é dada como pronta por Lampião, apesar de não ter mais de dois palmos de profundidade, mandou ele que os dois homens parassem e, apanhando uma “Berbere”, apontou para a cara de Sabiá, que nem moveu a cabeça. Quem estava atrás de Sabiá correu pra se abrigar. Lampião fez a pontaria e gritou: 

- Vai-te pros infernos, cão! E deu no gatilho! 

Sabiá caiu morto, mas Lampião continuou a atirar. Houve quem contasse quinze tiros... Aquela expressão: “Vai-te pros infernos, cão” era muito comum a Lampião, quando matava alguém naquelas condições. Saciada sua fúria assassina, Lampião ordenou aos dois empregados que abriram a cova: 

- Joga este peste aí! Cachorro se enterra de qualquer jeito(...).

Fonte : PORTO, Onélio José. Pingos e respingos. Gráfica Mauro Morais Ltda, 1976.
Pag. 44, 45, 46 e 47.

Fonte: facebook
Página: Sálvio Siqueira

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Olga Benário Prestes


NOME: Olga Benário Prestes (34 anos) 

QUEM FOI: Militante comunista alemã, de origem judaica, deportada para a Alemanha durante o governo de Getúlio Vargas, onde veio a ser executada pelo regime nazista em campo de extermínio. Veio para o Brasil na década de 1930, por determinação da Internacional Comunista, para apoiar o Partido Comunista Brasileiro. Destacada como guarda-costa de Luís Carlos Prestes, tornou-se sua companheira, tendo com ele uma filha, Anita Leocádia Prestes. 

NASCIMENTO: 12 de fevereiro de 1908 - Munique, Alemanha. 

MORTE: 23 de abril de 1942 - Bernburg, Alemanha. 

CAUSA DA MORTE: Asfixiada na câmara de gás (executada). 

OBS: Durante alguns meses, Olga e Prestes mantiveram-se na clandestinidade, até que, em março de 1936, foram capturados pela polícia. Mesmo grávida, Olga foi deportada para a Alemanha nazista seis meses depois. Entregue à Gestapo (polícia política alemã), Olga foi enviada para um campo de concentração, onde deu à luz Anita Leocádia Prestes. Após campanha internacional por sua libertação, Anita foi entregue a sua avó paterna. Olga Benário continuou presa e, em 1942, morreu executada na câmara de gás pelos nazistas.

Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta

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