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terça-feira, 26 de julho de 2016

Os BANDIDOS, TODOS OS BANDIDOS

Por Clerisvaldo B. Chagas, 27 de julho de 2016 - Crônica 1.552

Aqui em Maceió, amigo, só se fala em roubos e assaltos. Assaltam-se ônibus interestaduais, intermunicipais e vans que fazem os mesmos trajetos. Assaltam na Serraria, no Jacintinho, na Jatiúca, aqui não se escolhem bairros. Ninguém mais quer trabalhar. Ganhar dinheiro com o suor do trabalho honesto virou piada de mau gosto no Brasil. Ora, se os exemplos vêm de cima, como extirpar esse câncer que se apoderou da pátria. Os engravatados do poder levam o dinheiro do país inteiro e ainda dão um golpe “fia da puta” na democracia. Os acordos dos ladrões paralisam as operações de guerra contra eles e, os brasileiros, quando muito protestam nas ruas e mais nada. O silêncio volta a dominar o Brasil, mas os golpistas continuam no poder. Afinal aqui não é a Turquia, não é mesmo, camarada?

Se os poderosos dão o exemplo maior da mão grande, o que podemos esperar na saída de casa, nas ruas, nos transportes públicos? Os pedidos a Deus nunca foram tão usados nesse país que clama por Justiça e fim dos assaltos que viraram praga. É o pé de chinelo drogado matando inocentes, sem piedade nenhuma. É um rapar de direitos do cidadão comum como hospitais, escolas e liberdade, cujo fim não poderá ser bom. Invade-se escritório médico, residência, restaurantes, o diabo! O homem do povo anda atordoado, saindo com medo, sem arma, sem canivete, sem um “berro bom” porque se não a polícia toma. E quando não é a polícia é o bandido. Se a verba for pequena, o rato das grotas leva. Caso seja muito, já fica nos bolsos dos mandatários, com raras exceções.


Católicos apostólicos romanos, não acreditamos mais nesse modelo frouxo que se instalou no país da mão por cima e mãos nos bolsos. Mas quem faz as leis são eles. Os mesmos que assaltam as leis.

Os homens perderam a vergonha, camarada. Comeram-na com farinha como dizia Lampião. E como o povo brasileiro é muito rezador, talvez esteja aguardando que Jesus esgote toda a paciência que acumula. Mesmo assim, é como diz a personagem Encarnação da novela o Velho Chico: “Espero que quando Deus acabar com tudo, deixe a minha família por derradeiro”. Acho que os ratos de cima e os de baixo acreditam piamente nisso ou se consideram ladrões imortais.


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SERTÕES - MITOS E PERMANÊNCIAS

*Rangel Alves da Costa

Antecipo-me afirmando que o termo mito aqui utilizado não se refere à fábula, ao sobrenatural, fantasias ou deuses e semideuses de universo imaginário, mas do mito enquanto realidade de pessoas que simbolizaram feitos históricos de reconhecida importância nos seus contextos de ação. Neste sentido, a feição mítica se volta à força do personagem, que se torna de caracterização heroica ou além do comum da vida.

Assim, não o mito da Cobra-Grande ou do Saci-Pererê, não o mito do Hércules poderoso nem do Zeus mais poderoso ainda, mas do mito real, vivificado na importância, na luta ou na ação, e expressado em homens e seus feitos. Também o mito, enquanto reconhecimento pela abnegação, daquele que verdadeiramente se entregou a causas desacreditadas, a sacrifícios e gestos por muitos renegados. Por que não reconhecer o vaqueiro enquanto ser heroico, igualmente o mateiro e o caçador, o pescador ribeirinho e o desbravador das entranhas matutas?

Ressoa como mítica a expressão de ser o sertanejo acima de tudo um forte. O mito está exatamente na força da luta, na tenacidade no enfrentamento das dificuldades e sofrimentos. A fabulosa vida daquele que sobrevive como verdadeiro milagre ante a pobreza e a falta de quase tudo. Tudo se torna mito à medida que se diferencia da normalidade esperada. Neste sentido, grande parte da vida sertaneja é mítica ao se concretizar a partir de sacrifícios e, ainda assim, tornar-se grandiosa história.

Eis que, em verdade, homens existem que muito se diferenciam de outros a partir dos caminhos diferenciados que percorreram. Quando velhos profetas e missionários nordestinos arrebanharam multidões ao seu redor, suas ações foram mitificadas para a posteridade, pela crendice ou fanatismo popular, ou não. Quando iletrados libertários se insurgiram contra regimes, governos e governantes, injustiças e perseguições, suas lutas inglórias permitiram reconhecimento mítico.

Quer dizer, os feitos extraordinários, difíceis ou encorajados pela justificativa da luta, tendem a ser mitificados. Com o passar dos anos, a oralidade vai transformando ações em feitos quase lendários, e assim vão nascendo verdadeiros heróis ou mitos populares, a exemplo de Padre Cícero Romão Batista, o Santo Nordestino; Frei Damião, o Padroeiro Sertanejo; Antônio Conselheiro, o da Boa Causa; Luiz Gonzaga, o Rei do Baião; Virgulino Lampião, o Cangaceiro Maior.


Até mesmo o coronel nordestino, senhor do mundo e além, alcança importância mítica. Para o bem ou para o mal, inegável a participação do coronelismo na formação nordestina. Daí o surgimento de nomes até hoje recorrentes nos livros sobre o cangaço, o mandonismo, o clientelismo, o voto de cabresto, o poder político e pessoal. Nomes como Chico Heráclio, Chico Romão, Delmiro Gouveia, Veremundo Soares, Zé Abílio, Horácio de Matos, João Maria de Carvalho, João Sá e Elísio Maia.

Tais coronéis não foram somente senhores de casa-grande, latifúndio e poder, mas determinantes no destino de acontecimentos, da política e da história. Suas ações, por que mandavam e desmandavam, se faziam senhores da vida e da morte, comandavam a vida social e política nos seus contextos de ação, acabaram determinando um forçado reconhecimento nos seus tempos e adiante. E principalmente porque a vida moderna ainda não se desvinculou totalmente daquela de feição coronelista.

E não há região brasileira que tenha produzido mais mitos que o Nordeste. Talvez pela crença maior de seu povo, sua fé e força de preservação dos feitos que lhe diz respeito, a verdade é que o povo nordestino - e mais de perto o sertanejo - tende a quase sacralizar alguns personagens. Não precisa que a História assim os reconheça nem que a simbologia os eleve a vultos nacionais, bastando que esteja enraizado na sua memória.

Nos sertões, aqueles mesmos sertões descritos por Euclides da Cunha, Graciliano Ramos, José Lins do Rego, Rachel de Queiroz, Gilberto Freire, Jorge Amado e tantos outros, onde a História é sempre permeada de luta, de religiosidade, de sacrifício e de esperança, o mito surge mesmo no inimaginável, de repente elevando à categoria mítica personagens controversos e que facilmente transmudam de herói a bandido.

Mesmo assim, ainda que o mito seja reconhecido e devocionado apenas por alguns, é o seu enraizamento como tal, a sua constância afirmativa, que provoca a sua valorização. E, neste passo, também o reconhecimento de que os lendários personagens da história nordestina tiveram existência delimitada, pois dificilmente surgirão figuras de tamanha proeminência que possam se enraizar como mitos perante as camadas mais populares da região.

Haveria de se indagar, então, o porquê do não surgimento de novos mitos. Ora, os tempos são outros, muito mais desenvolvidos, de distâncias mais curtas, quase sem espaço para surgimento de contextos sociais únicos e personagens que se solidifiquem perante meios delimitados. Não há mais espaço para os grandes profetas, os grandes beatos, os grandes justiceiros. Nos sertões sem limites, tudo o que acontece já nasce generalizado. Permanece apenas o que enraizou no sentimento do povo.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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PARQUE CULTURAL REALIZA A 1º CORRIDA DE SÃO SEVERINO; PARTICIPE! HOMENAGEM AO PROFESSOR JERÔNIMO VINGT-UN ROSADO MAIA


HOMENAGEM AO PROFESSOR JERÔNIMO VINGT-UN ROSADO MAIA

REGULAMENTO

I – Do Evento e seus Objetivos

Art. 1º – A 1ª CORRIDA DE SÃO SEVERINO do Parque Cultural “O Rei do Baião”, será realizada no dia 19 de agosto de 2016, na Fazenda São Francisco, município de São João do Rio do Peixe-PB.

Art. 2º – A Corrida será iniciada às 16h00, na cidade de São João do Rio do Peixe, sendo encerrada na entrada do Parque Cultural.

Art. 3º – A Comissão Organizadora da Corrida oferecerá a seguinte premiação:

1º Lugar – 500,00 (quinhentos reais
2º Lugar – 300,00 (trezentos reais)
3º Lugar – 200,00 (duzentos reais)

Art. 4º – A Coordenação da Corrida dará apoio integral aos participantes com a presença de membros da polícia militar e equipe médica durante o trajeto.

Art. 5º – As inscrições poderão ser realizadas até o dia 14 de agosto com a Comissão Organizadora, formada pelos membros da Diretoria do Parque: Valdinho, Assis de Cândida e Jaelson Furtado.

Art. 6º – Informações pelos telefones: (83) 99615-7942 / (83) 99379-1893, Pelos e-mails: 
chicocardoso.caldeirao@gmail.com / chicocardosocz@yahoo.com.br

Fazenda São Francisco, julho de 2016.
Francisco Alves Cardoso
Presidente do Parque Cultural “O Rei do Baião”
Francisco Álisson de Oliveira

Produtor Cultural

FONTE: http://www.caldeiraodochico.com.br/parque-cultural-realiza-a-1o-corrida-de-sao-severino-participe/

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso.

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LAMPIÃO A RAPOSA DAS CAATINGAS CONTINUA PINTANDO O SETE, DESENHANDO O OITO E RABISCANDO O NOVE

Por José Bezerra Lima Irmão
José bezerra Lima Irmão e o escritor Antonio Amaury Corrêa de Araujo

Querido amigo José Mendes Pereira, neste fim de semana, Lampião pintou o sete em Aracaju. Começou com a entrevista que dei no programa "Expressão" da TV Aperipê, do jornalista Pascoal Maynard, falando do meu livro "Lampião - a Raposa das Caatingas". 





Culminou com a Roda de Leitura, na augusta Academia Sergipana de Letras, sobre o meu livro, com a presença dos acadêmicos José Anderson Nascimento, Professor Uchôa, Luzia Nascimento, Domingos Pascoal, Murillo Mellins, José Anselmo de Oliveira, Carlos Pina de Assis, Lucio Prado Dias, Jácome Góes, Estácio Bahia Guimarães. 




Lá estavam, dentre as pessoas que conheço, José Geraldo Dantas Bezerra (da Academia de Medicina), o romancista Antônio Saracura, Vasko Vasconcelos, presidente da ALAS, as poetisas Cris Souza e Martha Hora, a cordelista Salete Nascimento, Salão lotado. Só ficou uma cadeira vaga (foi o que me disseram). Esse pessoal parece que perdeu o medo de cangaceiro...

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HISTÓRICO DA CIDADE DE POMBAL

Por Jerdivan Nóbrega de Araújo


A penetração no sertão paraibano deu-se por fins agrícolas, pastoris, conquistas de novas terras e escravização indígenas, no final do século XVII, por volta de 1696. 

O conquistador Teodósio de Oliveira Lêdo, depois de muitos combates com os nativos, Tairairus - Curemas e Panaty, atingiu o local onde estão os marcos de fundação do Arraial de Pinhancó as margens direita do Rio Piancó. A Fundação da cidade se deu no dia 27 de julho de 1698.

O fator primordial para a escolha do local foi o Rio Piancó, então um rio temporário que veio ser perenizado com a construção do açude de Coremas, iniciado sua construção 08 de abril de 1937 e concluído em 08 de maio de 1942.

A cidade recebeu três denominações: Arraial do Pinhancó, depois, Arraial de Nossa Senhora do Bom Sucesso do Pinhancó e, Vila Nova de Pombal em 04 de maio de 1772 quando ocorre sua emancipação política. Em 21 de julho de 1862, a vila é elevada a categoria de cidade, mantendo o mesmo nome.

Uma curiosidade é que quando a Vila de Pombal ascendeu ao status de cidade, em 21 de julho de 1862, não teve necessidade de adquirir sua autonomia municipal por que isso já lhe havia sido assegurada em 04 de maio de 1772, quando transformara-se em Vila.

Portanto, em 1772 ou, mais propriamente, em 4 de maio de 1772 —viu-se ereta a Vila Nova de Pombal ou, simplesmente, Vila de Pombal. De imediato, fizeram-se eleições livres para o preenchimento dos cargos oficias da Câmara e elegeu-se presidente e Judiciário da Câmara o capitão-mor Francisco de Arruda Câmara que veio a ser o pai do intelectual pombalense Manuel de Arruda Câmara.

O denominação da cidade foi uma homenagem a "Ribeira de Pombal", cidade Portuguesa onde possuia uma Quinta e veio a morrer no ostracismo aquele que foi o super Ministro do rei de Portugal D José I - O Marquês de Pombal (Sebastião José de Carvalho e Melo). Era um costume comum dá nomes de cidades do Império as cidades na Colônia.
Em 1711, o Rei autoriza o Governador, João da Maia Gama, a criação do Julgado do Piancó (Pombal), o primeiro marco de organização judiciária no sertão da Paraíba, assim, foi nomeado Juiz Ordinário o coronel Manoel Araújo de Carvalho, além de Escrivão e Tabelião. Com a criação do Julgado, muitas providencias foram tomadas em benefício da população.

No dia 24 de janeiro de 1721, teve início no Arraial de Pinhancó, a construção da segunda igreja, (antes existia no local uma igreja precariamente construída) dedicada a Nossa Senhora do Bonsucesso. Esta Igreja é a hoje Igreja do Rosário. A Matriz de Nossa Senhora do Bonsucesso foi concluída em 1897.

Hoje, Pombal ainda mantém resquícios de suas construções históricas. A Igreja de Nossa Senhora do Rosário, construída em 1721; a Igreja de Nossa Senhora do Bom Sucesso, padroeira do município, com sua construção iniciada em 1872 e concluída em 1897; a Cadeia Velha alicerçada em 1897; os Cruzeiros, erguidos para se comemorar as passagens do século XVIII para o XIX e XIX para o século XX e século XX para o século XXI. As belíssimas praças do Bar Centenário e a Getúlio Vargas com a Coluna da Hora, erguidas em 1940, em volta de outros monumentos e o velho casario, entre estes a Casa onde nasceu o Intelectual Celso Furtado. Tudo tombado por Lei Estadual em 2001.

Entre seus filhos ilustres encontram-se: Manuel de Arruda Câmara, Jerônimo Rosado, Leandro Gomes de Barros, os Irmãos Janduy e Ruy Carneiro, Wilson Seixas, Antônio José de Sousa, Celso Furtado, entre outros. 

Com grande potencial turístico, Pombal é uma cidade graciosa, edificada em uma grande planície. É banhada pelo rio Piancó e Piranhas, perenizados e margeados por árvores frondosas que acariciam suas águas.

É esta a cidade que dizemos completar 154 anos.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso.

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O LEUCOMA NO OLHO DO CAPITÃO LAMPIÃO

Por Geraldo Júnior


Na fotografia abaixo que se encontra em alta resolução e definição é possível observarmos no olho de Lampião o “LEUCOMA” (Opacidade láctea cicatricial na córnea), doença que o acometeu ainda na adolescência e que se tornou uma das “marcas registradas” do célebre cangaceiro.

No ano de 1925 durante um combate contra forças policiais dos estados de Pernambuco e Paraíba no Sítio Tenório no município pernambucano de Flores, Lampião teve o olho já lesionado atingido por um espinho de uma cactácea chamada QUIPÁ, segundo consta, um tiro disparado pelo Nazareno Davi Jurubeba ao atingir a planta fez com quê os estilhaços atingissem o olho direito de Lampião, causando a cegueira definitiva.

Nesse mesmo combate foi morto o cangaceiro Levino Ferreira irmão de Lampião.

Alguém no passado ERRONEAMENTE escreveu em algum livro que Lampião esteve na cidade de Laranjeiras/SE se passando por um fazendeiro se consultou com o Dr. Bragança e teria ARRANCADO/EXTRAÍDO o olho direito e de lá pra cá essa informação tem sido copiada e publicada nos mais variados meios de comunicação, disseminando uma história fictícia.

Lampião foi morto no dia 28 de julho de 1938, mas com o olho lesionado no seu devido lugar.

Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador do Grupo O Cangaço)

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CANDEEIRO II (MANOEL DANTAS LOIOLA) E VINTE E CINCO (JOSÉ ALVES DE MATOS).

Por Geraldo Júnior

Antigos cangaceiros do bando de Lampião. Foram os últimos remanescentes do cangaço lampiônico a perecer.

Erroneamente alguns meios de comunicação apontam ainda hoje o cangaceiro Candeeiro II (Manoel Dantas Loiola) como sendo o último cangaceiro a falecer, quando na verdade o último integrante do bando de Lampião a falecer foi o Sr. José Alves de Matos “Vinte e Cinco”.

Compartilhe essa matéria como forma de contrapor essa falsa informação que está disseminada em toda a rede.

Na imagem abaixo os personagens devidamente identificados e suas respectivas datas de falecimento.

ADENDO - http://blogdomendesemendes.blogspot.com

"Candeeiro foi o penúltimo cangaceiro do bando de Lampião que se despediu do mundo, e o último foi o cangaceiro Vinte e Cinco. Temos ainda a ex-cangaceira Dulce Menezes viva. 

Dulce quando era cangaceira


Essa é a Dona Dulce, última sobrevivente do combate de Angico, onde Lampião, Maria Bonita, e mais nove cangaceiros morreram. Hoje ela vive na cidade de Campinas-SP com familiares, tem 92 anos de idade, ainda lúcida. Embora sua participação no cangaço tenha sido pouco tempo, e sem muita expressividade, ela foi testemunha do último combate de Lampião.

Criança que foi companheiro de Dulce Menezes no cangaço

Esse é o cangaceiro Criança, que foi companheiro de Dulce Menezes no cangaço. No entanto, depois do cangaço, eles se separaram. Ambos reconstruíram suas vidas longe um do outro, e formaram novas famílias".

Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador do Grupo O Cangaço)

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PESQUISADORES ENCONTRAM NA PARAÍBA FAMÍLIA DE DINOSSAUROS INÉDITA NO NE


Um fóssil de um dinossauro da família titanossautidae foi descoberto na cidade de Sousa, no Sertão paraibano, por um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

O estudo que resultou na descoberta começou depois que um fóssil, que seria uma fíbula – osso da perna do animal – foi encontrado na zona rural do município.

O dinossauro está sendo chamado informalmente pelo apelido de Sousatitan, que significa o Titã de Sousa, e pode ser de uma espécie inédita.

Ainda de acordo com o grupo de pesquisa, a estimativa é de que o titanossauro tenha habitado a região há cerca de 130 milhões de anos e tenha vivido na região fluvial do Rio Piranhas, um dos mais antigos já encontrados no Brasil.

Conforme a professora doutora Alcina Barreto, da UFPEx, o fóssil foi encontrado por um morador da cidade há dois anos, próximo a uma lagoa, que fica dentro de uma fazenda, na zona rural de Sousa. Essa é a primeira vez que fóssil dessa família de dinossauros é encontrado no Nordeste.

A pesquisadora explica que ainda não é possível afirmar se a espécie encontrada é inédita no mundo.

Liberdade PB com G1


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso.

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DETALHES SOBRE A MORTE DE LAMPIÃO

Por: Voltaseca Volta (Grupo LCN)

A MORTE DE LAMPIÃO E OS TIROS QUE ELE LEVOU.

Ele (Lampião) recebeu 03 (Três) tiros no combate na Grota do Angico, em 28-07-1938.

Recebeu um tiro em cima do peito, recebeu um outro no baixo ventre e, o último, na face direita que chegou a atingir a calota craniana (vide foto, abaixo). Esse último, ele recebeu o mesmo, quando já se encontrava agonizando no solo, em face dos ferimentos anteriores sofridos. Esse disparado foi feito pelo soldado Panta de Godoy.

Embora não tenha laudo de exame cadavérico do corpo de Lampião, os médicos e as pessoas que o examinaram, atestaram essas informações.

Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador do Grupo O Cangaço)


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MARAS: CRIME DESORGANIZADO

Por Rinaldo Barros

Dedico este texto ao olhar triste das crianças de rua e à juventude em perigo, perdida e sem rumo, frutos desta sociedade suicida em que vivemos.

O fato de o Brasil ter sido declarado pela ONU como o pais das Américas com a distribuição menos equitativa de sua riqueza, é dramaticamente expressado nos milhões de crianças brasileiras sem possibilidades de um desenvolvimento humano digno.

A conversa de hoje será sobre a proliferação de gangues de jovens que assolam populações inteiras com violência. Elas pululam onipresentes nas periferias urbanas de vários países, sempre com as mesmas características. São as Maras.

A socióloga Maria L. Santacruz Giralt, do Instituto Universitário de Opinião Pública (IUDOP), de El Salvador, explica: “A violência das Maras é fundamentalmente orientada para a destruição daqueles que ela considera inimigos: jovens de condições sociais e econômicas muito semelhantes, que somente se diferenciam pelo fato de pertencerem ao grupo rival”.

O conflito é totalmente irracional, sem o menor argumento racial, religioso ou ideológico, mas ainda mais irredutível porque, aos olhos de seus membros, fundamenta em grande parte a legitimidade do bando. Trata-se de jovens extremamente incapazes de imaginar um futuro qualquer para atingir qualquer nível de organização. São organizados apenas para furtar e prontos para agredir e matar se necessário, movidos apenas pelo instinto; gerando pânico na população.

 É o crime desorganizado. É o prototerrorismo, fonte generosa de quadros para o narcotráfico.

Ostensivamente presentes nos bairros populares e na periferia de grandes cidades, onde seus grafites cobrem os muros, as Maras agem também nas principais cidades do Brasil. A maior concentração talvez seja em São Paulo e Rio. Mas, Salvador e Recife já disputam o primeiro lugar.

Esses grupos têm geralmente entre trinta e sessenta membros, dos quais 63,7% têm entre 16 e 21 anos e 17,3% são garotas. São centenas de grupos, distribuídos por bairros ou favelas, com total autonomia de ação.

São meninos e meninas muito pobres que não têm outra coisa para partilhar a não ser sua miséria, lato sensu. Baseiam sua existência exclusivamente na pobreza absoluta, desemprego, ausência de educação e de valores morais.

A tendência é construir mais presídios que escolas. Já estamos destruindo escolas...

Realimentando o processo, o desemprego não pára de crescer e um processo de pauperização acelerada afeta a maioria das camadas sociais e tem um impacto dramático sobre o núcleo familiar, deixando jovens sem futuro e entregues a si próprios.

Cerca de 18% dos jovens brasileiros estão fora da escola, informa a OIT. Nem estudam, nem trabalham.

Na população das periferias urbanas, e principalmente entre os mais jovens, prevalece um sentimento de impotência e de ausência de alternativa política, que contribui para fazer da vida na Mara a única escapatória. Dizem: “A “Mara” é minha família, sua marca tatuada em meu corpo me liga a ela para toda vida”.

Com suas origens históricas localizadas em Los Angeles, Califórnia (EUA), esse fenômeno atravessa fronteiras e, além do Brasil, já se faz presente como se fora uma nova geografia da violência em El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Costa Rica e Panamá, estendendo-se já ao México e a Colômbia.

Essas informações nos levam a assuntar que, com a modernidade, o mundo tem gerado mais riqueza e mudado para melhor. Todavia, paradoxalmente, para as crianças pobres pouco tem mudado. Para os meninos e meninas pobres que fazem da rua sua morada, e das atividades ilegais sua forma de sobrevivência a situação é ainda cada vez pior.

A violência dos adolescentes infratores de hoje tende a ser ainda maior porque se sentem miseráveis num mundo cheio de riqueza, opulência e possibilidades. Sua rebelião, é maior, mais arraigada, mais profunda, e atrai a um número cada vez maior de excluídos.

As Maras nada mais são do que respostas desesperadas de seres humanos embrutecidos, sem qualquer perspectiva de futuro, a uma injustiça estrutural, sistêmica, corrupta e desumana. O que fazer?

Uma boa pergunta para o (e)leitor fazer à sua consciência, nas eleições deste ano, na hora de votar.

(*) Rinaldo Barros é professor – rb@opiniaopolitica.com  

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso.

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CAÇADOR DE CANGACEIROS REVELA SEGREDOS DO CANGAÇO

Por Flávia Duarte publicado em 2005

Aos 18 anos de idade ele ingressou na Polícia Militar de Alagoas como soldado temporário para combater os cangaceiros que agitavam no sertão do Estado; aos 85 anos, depois do célebre tiroteio que deu cabo a Virgolino Ferreira – o Lampião – ele é o pacato cidadão que serve de peça-chave do Museu do Cangaço, em Piranhas, a 278 quilômetros de Maceió. O ex-soldado Josias Valão dos Santos é uma das últimas testemunhas vivas de uma época de subversão no sertão nordestino, com a atuação de bandos de cangaceiros e salteadores.

Funcionário da Prefeitura da Piranhas, ele está sempre à disposição do visitante e do pesquisador para contar sobre os três anos – ele ingressou na volante do sargento Aniceto quando tinha 15 anos de idade – mas, cuidadoso, fala só do que viu e ouviu; não fala sobre o cerco a Angico, ocorrido em 28 de julho de 1937, quando a polícia alagoana acabou com Lampião e seu bando.

“Nesse dia eu não fui; o sargento Aniceto me deixou em Piranhas porque no dia anterior eu tinha machucado o pé e não podia fazer a marcha forçada na caatinga. Fique aqui de sobreaviso”, relembra.

O INGRESSO

E como ficou em Piranhas, de sobreaviso, coube-lhe a missão que ele ainda hoje, 67 anos depois, recorda com náuseas – foi ele quem juntou as 11 cabeças dos cangaceiros mortos, entre eles Lampião, Maria Bonita e Luiz Pedro, para a fotografia. Mas, quando lhe perguntam se identificou entre os cangaceiros mortos o líder famoso e a sua mulher, Josias é cauteloso: “Eu nunca vi Lampião nem Maria Bonita, mas quem os conheciam garante que eram eles mesmo. E eu tenho de acreditar”, sustenta.

Natural de Piranhas e sendo o município a base da volante do tenente João Bezerra – o oficial era casado com uma nativa – não foi difícil para Josias ingressar na volante; ele recorda que levou muita carreira dos policiais, quando era garoto. “Até os 12 anos de idade eu não podia ver a volante chegar em Piranhas que ia me juntar aos soldados; fazia mandados deles e até acompanhava a volante. Muitas vezes os soldados me colocavam para correr”, lembra.

A disposição daquele menino chamou a atenção do sargento Aniceto; quando Josias completou 15 anos o sargento perguntou se desejava acompanhar a volante – sua missão seria ajudar a distribuir a munição com os combatentes; no início ele não iria participar dos combates. Josias aceitou; além da vocação, tinha a necessidade. Com o soldo ele ajudava a família e ainda juntou alguns trocados.

OS SEGREDOS

Josias é modesto; diz que tem pouco segredo e justifica pelo tempo – apenas três anos – na volante, mas o que testemunhou daria para reverter parte da história do cangaço. Josias conta, por exemplo, que Lampião estava tuberculoso – doença natural na época; e que levava à morte; em 1938 o maior famoso chefe de cangaceiro evitava os combates, como aconteceu na Fazenda Patos, no povoado Caboclo, no atual município de São José da Tapera. “Uma manhã Lampião topou com o sargento Aniceto e, para surpresa da gente, não quis brigar.

O sargento dizia que o Luiz Pedro pedia para ele brigar, gritava desesperado. A gente estava com pouca munição e esperava que ele tivesse a iniciativa, mas Lampião foi embora”, conta.

O ex-soldado justifica assim o fato de Lampião não ter adotado as providências recomendáveis para quem deseja acampar. “Das duas uma: ou ele (Lampião) confiava demais no coito (esconderijo) ou não estava ligando mais para nada; queria se entregar, como se comentava no sertão naquela época. Mesmo que ele quisesse se entregar, teria de ter tomado alguns cuidados.

Por exemplo: Lampião sempre andava com cachorros de caça, mas, naquela madrugada, o cachorro tinha acompanhado o cangaceiro que foi buscar o leite e isto não dá para entender porque não ficou ninguém guarnecendo os postos das sentinelas”, disse.

Outro episódio que chamou a atenção de Josias foi a rebeldia do cangaceiro apelidado de “Diferente”, que era viciado em baralho e, quando estava perdendo, falava palavrões. Numa partida em que se encontravam Lampião, Luiz Pedro, Maria Bonita e Sabonete, o cangaceiro soltou palavrões e foi recriminado por Luiz Pedro, que o chamou a atenção para a presença de Maria Bonita na mesa.

E o cangaceiro desbocado reagiu, dizendo que Maria Bonita não era nenhuma santa. “Você (Luiz Pedro) come ela (Maria Bonita)”, relatou Josias, dizendo que essa passagem foi contada ao sargento Aniceto por um coiteiro. “A surpresa é que Lampião fez que não ouviu nada”, arrematou.

Quando Lampião foi morto, na manhã do dia 28 de julho de 1938, Josias recorda que todos os cuidados tinham sido adotados para surpreender o cangaceiro. Por exemplo: o trem chegou à Estação de Piranhas sem apitar – foi a primeira vez que isso aconteceu.

E o telegrafista da Rede Ferroviária (Valdemar Damasceno, avô do desembargador Washington Luis e dos prefeitos Inácio Loiola de Piranhas, e Xepa, de Olho D´Agua do Casado), passou o seguinte telegrama cifrado:

“Tenente Bezerra, tem boi no pasto”.

"Texto do telegrama cifrado acima, enviado ao Tenente João Bezerra, que estava com sua volante na Pedra de Delmiro, informando que Lampião e seu grupo estavam nas proximidades da cidade de Piranhas, no Estado de Alagoas. Quem passou esse telegrama a pedido de Dona Cyra Britto e do Sargento Aniceto, foi o Sr. WALDEMAR DAMASCENO".

O ex-soldado contou, também, que o fato de a volante vestir roupa igual à dos cangaceiros, causou a morte do soldado Adrião – única baixa registrada na força policial; e salvou a vida de muitos cangaceiros, que passavam entre a volante gritando que eram companheiros. Na dúvida, ninguém atirava e só depois é que sabiam que se tratava de cangaceiro".

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