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sexta-feira, 27 de abril de 2018

SBEC ENTREGA COMENDAS NO CARIRI CANGAÇO FORTALEZA.



O Prof. Benedito Vasconcelos Mendes, Presidente da SBEC-Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço entregou, dentro da programação do Cariri Cangaço Fortaleza, a Comenda “ Alcino Alves Costa “ a três estudiosos do Cangaço: Wescley Rodrigues, Nely Conceição e Narciso Dias. A referida Comenda foi instituída no dia 13 de junho de 2017, para comemorar os 90 anos da expulsão de Lampião e de seu bando de cangaceiros da cidade de Mossoró. Ela é a mais importante Medalha, oferecida pela SBEC e já foi entregue a diversas personalidades que estudam o Cangaço, inclusive ao escritor Paulo Medeiros Gastão, fundador e Presidente de Honra da SBEC. O Patrono da Comenda, Alcino Alves Costa foi um destacado escritor sergipano, da cidade de Poço Redondo, onde mataram Lampião. A solenidade de entrega ocorreu na Casa José de Alencar, da Universidade Federal do Ceara-UFC, na manhã do dia 27 de abril (sexta-feira) de 2018.





Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso


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"AGRESTE" DOAÇÃO A UERN - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEMOSSORÓ - ATRAVÉS DO PROF. JOSÉ ROMERO DE ARAÚJO CARDOSO (SALA DOS PROFESSORES DO CURSO DE GEOGRAFIA).

Por Franci Dantas
Artista plástica, geógrafa e escritora Franci Dantas


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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ADUERN REALIZA MANHÃ DE DEBATES EM ALUSÃO AO DIA DO TRABALHADOR/A


A ADUERN realiza na próxima sexta-feira (27) uma manhã de debates em alusão ao dia do trabalhador, comemorado mundialmente em 1º de Maio. A programação será realizada a partir das 8h na sede do sindicato (Av Professor Antonio Campos, 06).
Iniciando a atividade, a presidenta da ADUERN, Rivânia Moura, facilita a discussão sobre os impactos da contrarreforma da previdência para a classe trabalhadora brasileira. Em seguida, o assessor jurídico da ADUERN, Lindocastro Nogueira realiza explanação sobre as principais mudanças impostas pela contrarreforma trabalhista.
A programação vem em continuidade a uma série de atividades unificadas que já vem sendo realizadas em alusão ao dia do trabalhador. Na última terça-feira (24) a ADUERN participou dos debates “O golpe e as suas consequências para a democracia do Brasil” e  A democracia no Brasil: golpe, prisão do Lula, intervenção no Rio e assassinato de Marielle Franco”, organizados por uma frente de entidades já iniciando a programação do 1º de Maio.
Confira outras atividades unificadas na programação do 1º de Maio:
27/04 – Roda de conversa na Praça dos Hospitais, às 7h
29/04 - Roda conversa na Praça da Pirâmide (Alto DA Conceição), às 8h
30/04 – Ato Político, ao lado do Mercado da Cobal, com caminhada até a Praça do Pax (Centro)
01/05 – Café da Manhã e celebração do/a trabalhador/a, ao lado da ACREVI, conjunto Palmeira às 7h

Jornalista
Cláudio Palheta Jr. 
Telefones Pessoais :
(84) 96147935
(84) 88703982 (preferencial)
Telefones da ADUERN:
(84) 33122324
(84) 988703983

ADUERN
Av. Prof. Antonio Campos, 06 - Costa e Silva
Fone: (84) 3312 2324 / Fax: (84) 3312 2324
E-mail: aduern@uol.com.br / aduern@gmail.com
Site: http://www.aduern.org.br
Cep: 59.625-620
Mossoró / RN
Seção Sindical do Andes-SN
Presidenta da ADUERN
Rivânia Moura

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso


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LAMPIÃO E O SAMBA DO CRIOULO DOIDO


Por Raul Meneleu
Francisca e Raul Meneleu Mascarenhas em dia de Cariri Cangaço

Lendo agora essa notícia, "Perfis Acadêmicos de José Anderson Nascimento" que é a nova publicação do escritor, onde reúne 40 capítulos, com verbetes bibliográficos dos patronos das cadeiras acadêmicas, dos seus fundadores, dos sócios e dos atuais acadêmicos - vejam nesse link AQUI lembrei de uma gafe que cometi em uma de minhas visitas à Biblioteca da UNIT para pesquisar uma história contada em um dos livros do acadêmico José Anderson sobre as peripécias do cangaceiro Lampião.

Confesso que me trouxe um constrangimento muito grande, pois envolveu a digníssima esposa do patrono do anexo acervo/biblioteca Tobias Barreto, jornalista Luis Antônio Barreto, a professora Raylane Andreza Dias Navarro Barreto, que é a supervisora desse acervo.


Pois bem... ao pesquisar o livro  que relata a epopéia do ciclo do cangaceirismo no Nordeste até o seu dramático desfecho, com as mortes de Virgulino Ferreira da Silva, o legendário Lampião, e do seu vingador, Cristino Gomes, o temido Corisco, me dirigi à Biblioteca da UNIT pois o amigo Archimedes Marques, que estava escrevendo seu livro 'Lampião e o Cangaço na Historiografia de Sergipe' primeiro de uma trilogia, pediu-me para que eu averiguasse determinado documento, que era um relatório da visita ao Angico, local da morte de Lampião, feito pelo Delegado Especial Joel Macieira Aguiar endereçado ao Interventor Federal Dr. Eronildes Ferreira de Carvalho, em 1938, após a morte de Lampião, cujos corpos degolados ainda jaziam no local combate.


Mas primeiro, percorri os diversos caminhos para tentar encontrar tal documento. Fui às Bibliotecas Públicas, Arquivos da SSP, Jornais, Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe e por ultimo ao Arquivo Público, pois encontrei uma dica no livro CANGACEIROS, COITEIROS E VOLANTES do Escritor José Anderson Nascimento editado pela Editora Ícone em 1998 pg 283 e repassei para o amigo Escritor Archimedes Marques, que imediatamente se comunicou com o autor aqui em Aracaju, recebendo informações que este documento estaria no Arquivo Publico do Estado de Sergipe. 

Vasculhamos tudo e não encontramos esse documento. Foi lembrado não sei se foi pelo José Anderson ao Archimedes Marques que o Jornalista Luíz Antônio Barreto (1944-2012) que foi diretor do Instituto Tobias Barreto e membro da Academia Sergipana de Letras, provavelmente tinha cópia desse documento. Archimedes entrou em contato com o filho do jornalista e esse lhe informou que o acervo do pai tinha sido doado à Biblioteca da UNIT. Partimos pra lá!


Fui muito bem recebido pela Supervisora, Professora Rosângela, que após ouvir o meu interesse, o assunto que me tinha levado à biblioteca, gentilmente me levou ao local onde poderia obter os dados procurados. Subimos pela rampa, embora tenha elevadores, para que eu pudesse conhecer melhor o prédio da Biblioteca e seus diversos setores, fomos ao Instituto Tobias Barreto, fundado por esse outro grande Sergipano, Luiz Antonio Barreto.

Quem nos recebeu foi a Bibliotecária do Instituto, Senhora Alda Teresa Nunes, que após as apresentações de praxe, nos despedimos da Professora Rosângela e passamos a conversar sobre os assuntos que me tinha levado ao encontro do acervo de Luiz Antonio Barreto.

Foi uma manhã maravilhosa, onde o conhecimento da Professora Alda Nunes aflorou de maneira poderosa. Marcamos outra visita, onde Ela iria conversar com a Curadora do Instituto Tobias Barreto e obras de Luiz Antonio Barreto, sua digníssima esposa, a Senhora Railane Barreto, para que pudéssemos verificar determinados assuntos que não ficaram claros na pesquisa.

Levei depois o livro do José Anderson, e lá foi encontrado outro da mesma edição e mostrei a nota em que dizia sobre o Relatório do Delegado Joel Macieira. Dona Alda prestimosamente já tinha falado com a Curadora do Instituto e resolveu ligar pra ela e não conseguindo, pediu-me para eu explicar melhor o fundamento de minha pesquisa. Foi aí que se deu o vexame!

Não sei se ainda estava sobre o efeito do Jet Lag pois tinha acabado de chegar da cidade de Liubliana,capital da Eslovenia que fica por trás do Mar Adriático, tratando de outra pesquisa que estou ainda fazendo, e talvez ainda sonolento cometi a gafe de misturar tudo, por achar que o José Anderson Nascimento tinha morrido (felizmente, não disse, para a esposa do Jornalista Luiz Antonio Barreto que ele estava vivo). Samba do Crioulo Doido!

A resposta veio com pontos de exclamação, da digníssima Curadora do Instituto Tobias Barreto:

- Anderson ainda está vivo! Ele é o Presidente da Academia Sergipana de Letras! Vivíssimo! Quanto ao documento pesquisado, não o temos. Bom dia Sr. Raul!

Passei alguns dias chateado, me desculpei pela "barriga".

Infelizmente até agora, não encontramos tal documento histórico, que deve estar perdido entre um monte de documentação, aguardando catalogação, no ARQUIVO PÚBLICO DE SERGIPE. Soube há poucos dias, por leitura de jornais, que o Governador irá juntamente com a Centrais Elétricas de Sergipe, reformar o prédio. Espero que a documentação tenha um cuidado especial, pois sem história do passado, não podemos planejar o futuro.


Há... outra notícia! Na Tribuna da Câmara Municipal de Aracaju (CMA) na quarta-feira, 14 de março de 2018, o vereador Professor Bittencourt (PCdoB) destacou a importância da construção do Largo da Gente Sergipana para o fortalecimento da identidade cultural do povo de Sergipe. Na ocasião, o parlamentar sugeriu que o Governo do Estado e o Instituto Banese nominassem o espaço como Largo da Gente Sergipana Luiz Antônio Barreto.

Disse: “Aquela obra é uma homenagem ao povo do nosso estado, às nossas tradições e à nossa história. Luiz Antônio Barreto foi um grande estudioso da cultura popular de Sergipe, sendo o herdeiro intelectual de Sílvio Romero, quando fez o resgate do universo da cultural popular no Brasil. Ele seria uma grande referência para dar nome àquele Largo que já nasce grandioso e, sem dúvida, será um dos mais disputados cartões postais do nosso estado”.

TEM TODO NOSSO APOIO!
http://meneleu.blogspot.com.br/2018/03/lampiao-e-o-samba-do-crioulo-doido.html


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O FILHO DE MORENO E DURVINHA

Por Inácio C. Oliveira

Do acervo Sálvio Siqueira

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AMO

*Rangel Alves da Costa


Amo o entardecer, do dia o envelhecer, a magia do instante e sua canção de ninar para a noite adormecer. Ao longe a luz apagando, logo a lua vai descer.
E amo você...
Amo da matutice o saber, de seu pouco ou nada ler, mas que na escola do mundo não há doutor de maior merecer. Basta olhar adiante e sabe tudo descrever.
E amo você...
Amo a mão velha e seu benzer pra todo mal combater, sua sabedoria sagrada e seu profundo conhecer, sua prece e suas folhas para a vida proteger.
E amo você...
Amo desamar o embrutecer e o vaidoso envaidecer, pois amo a simplicidade e a paz em cada ser, pois tudo achado demais não passa de um nada ter.
E amo você...
Amo o café derramado que logo começa a ferver, exalando um perfume de inigualável prazer, não bastando uma xícara, pois logo outra a beber.
E amo você...
Amo quem conscientemente sabe tão bem enlouquecer, fazendo o jamais feito sem loucura transparecer, pois conhece seus limites e até onde se perder.
E amo você...
Amo o amanhecer e o novo dia a nascer, iluminando a estrada e o que além possa se ter, abrindo os caminhos aos passos para cada sonho acontecer.
E amo você...
Amo o passado trazer para o distante reviver, como se fosse retrato chamado a novamente conviver, mesmo que doa a saudade, mesmo que cause sofrer.
E amo você...


Amo relembrar o menino pela rua a correr, tomando banho de chuva sem de nada temer, pois vivendo a sua infância e sem nada a lhe aborrecer.
E amo você...
Amo o silêncio da noite e minha pena a correr, escrevendo qualquer coisa daquilo que eu possa crer, talvez um verso de amor ou linhas de padecer.
E amo você...
Amo acender a vela e a face de Deus logo ter, fazer minha oração e ter a luz no escurecer, sentir o ânimo da alma e no espírito o poder.
E amo você...
Amo quem me chega suave, sem arrogância ou engradecer, que mereça um abraço e toda palavra a dizer, que traga contentamento e torne alegre o conviver.
E amo você...
Amo ter sede de vida e amo da vida beber, fartura do que preciso para um bom viver merecer, gota a gota na lição do que desejo aprender.
E amo você...
Amo o tempo que passa e o ponteiro a bater, hora a pós hora na vida e mais vida querer ter, pois é o relógio que temos antes de depois nada ter.
E amo você...
E por que amo tudo isso e amo tanto você? De nada adiantaria ter a noite e o amanhecer se tudo o mais que eu possa ter não venha tendo você.
Ter a vida e o viver é ter o viver com você.
Escritor
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1929

Por Antonio Corrêa Sobrinho

Lampião, em Sergipe, andou fazendo das suas, pintou o sete, como se diz, fez coisas erradas, a história está aí para contar. Mas justiça lhe seja feita, no ano de 1929, neste Estado, sua presença foi de relativa paz; uma estada inaugural marcada por lances, inclusive, espetaculares.

Visitou Carira, Canindé, Poço Redondo, Monte Alegre, (Boca da Mata) Nossa Senhora da Glória, Saco do Ribeiro (Ribeirópolis), São Paulo (Frei Paulo), Pinhão, Anápolis (Simão Dias), N. Senhora das Dores, Capela, Borda Mata (Canhoba), Anápolis (Simão Dias), N. Sra. das Dores), Capela, Aquidabã e Tamanduá (Graccho Cardoso). 


Neste seu primeiro contato com as terras tobienses, terras que tanto lhe deram guarida e, no final, até lhe serviram de jazigo, LAMPIÃO, por certo, atemorizou populações, mas menos por atitudes e mais pela sua má fama. O que chegou de certo até aqui, foi que, nesta sua andança, ele fez laços de amizade, de cooperação, celebrou acordos (espúrios), comeu e bebeu com militares, esteve em cinema e assistiu missa. Ah, andou trocando tiros, sim, mas com uma volante baiana, ferindo-se inclusive.

Foi o Lampião de 1929 em Sergipe que mais se sedimentou no imaginário do povo sergipano.

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ZÉ BAIANO E A MORTE DE LÍDIA

https://www.youtube.com/watch?v=Fj0lo1B5TjM&t=12s


Publicado em 15 de abr de 2015

Zé Baiano a morte de Lidia vídeo O COITEIRO QUE TRAIU LAMPIÃO E CORISCO https://www.youtube.com/watch?v=8Jw8D...
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ENTREVISTA COM LUIZ RUFINO FILHO DO TENENTE VOLANTE ZÉ RUFINO CÉLEBRE MATADOR DE CANGACEIROS.

https://www.youtube.com/watch?v=37YSihhCMcM


Publicado em 19 de abr de 2018

Entrevista com Luiz Rufino filho do afamado Tenente Zé Rufino comandante de Força Policial Volante baiana considerado um dos maiores perseguidores e matadores de cangaceiros de toda a história do cangaço, sendo um dos mais persistentes e aguerridos perseguidores de Lampião e seu bando.

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A MORTE DE DELUZ | O CANGAÇO NA LITERATURA #153

https://www.youtube.com/watch?v=8-gjN58Ixfo&feature=share

Publicado em 26 de abr de 2018

Já ouviram falar no sanguinário Sargento Deluz? Pois bem, sabem onde e quem o matou? Vamos ver o programa e descobrir? Abraço a todos!
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O ESTRANGEIRO QUE PEITOU LAMPIÃO

Por Paulo Goethe, no Diario de 1990 a 1997 e desde 2001

Imagine-se no início do ano de 1936, andando a pé pela caatinga. A 14 léguas de Águas Belas, em Pernambuco, de repente você é surpreendido por bandoleiros armados.
Levado até Lampião, é acusado de ser espião da polícia, mesmo falando castelhano. Após levar uma coronhada no peito, já de pé mas seguro por dois homens, diz na cara do rei do cangaço: “O senhor deve me tratar como eu mereço. Sou um estrangeiro e tenho direito a ser respeitado. O senhor está desrespeitando a sua lei e o seu governo”.
O autor desta suposta resposta, que saiu vivo para contar a história, publicada no Diario de Pernambuco no dia 22 de fevereiro de 1936, chamava-se Andrés Zambrano, um venezuelano de 22 anos, capitão de um grupo de 20 escoteiros que resolveu conhecer toda a costa brasileira, partindo de Caracas no dia 12 de dezembro de 1934.
O Diario apenas reproduziu o relato que Zambrano deu, no Rio de Janeiro, ao Diario da Noite, outro jornal dos Diários Associados. Para a imprensa do Sudeste do país, relatos sobre a brutalidade de Lampião sempre atraíam leitores e a existência de um estrangeiro que conseguiu ser libertado depois de enfrentar o maior dos cangaceiros era mais do que o esperado.
Na verdade, Andrés Zambrano, que apareceu na redação do diário carioca vestido de uniforme cáqui, com galões de capitão e um grande chapéu de feltro, de abas largas, era espalhafatoso demais para descrever o ocorrido da forma como realmente aconteceu.
Segundo a conversa de Andrés Zambrano, os escoteiros estavam merendando à sombra de uma árvore quando foram cercados por 24 cangaceiros. Os venezuelanos receberam ordem de acompanhar o bando, andando cerca de cinco léguas em uma caatinga fechada. Ao chegar no esconderijo, Lampião estava contando dinheiro e perguntou quem eram aqueles rapazes fardados. “Quem é o chefe deste batalhão?”, inquiriu Virgulino. Foi quando Andrés Zambrano se apresentou, afirmando ser da Venezuela e não trabalhar para a polícia.
Depois de ter exigido respeito no tratamento, ele teria ouvido Lampião dizer que a “lei era ele”. Os escoteiros foram todos amarrados depois de ficarem devidamente nus. Morreriam no dia seguinte, como vingança à perda de quatro cangaceiros por causa do último ataque do tenente Manuel Neto.Lampião não teria ido com a cara do estrangeiro insolente. Mandou servir café salgado para ele e depois água com pimenta. A história só não teve fim ali mesmo porque por volta da meia-noite teria aparecido Maria Bonita. Ela teria se interessado pela confusão e conversado com os escoteiros. Convenceu Lampião a soltá-los, depois dos “visitantes” terem dado sua palavra de honra de que não informariam à polícia o paradeiro do bando.
Aos repórteres do Diario da Noite, Zambrano teria ainda afirmado que Maria Bonita quis saber da sua idade e dito que ele era bem bonitinho, batendo no seu ombro. E ele nu, amarrado na árvore…
No dia seguinte, os venezuelanos foram soltos. Perderam as roupas, uma máquina fotográfica e o equivalente a quatro contos de réis. Da turma toda, somente Zambrano resolveu continuar suas andanças pelo Brasil. Foi assim que ele apareceu, vivinho da silva, na redação do jornal carioca. Contando uma história que Lampião não iria gostar nem um pouco.

http://blogs.diariodepernambuco.com.br/diretodaredacao/2015/09/14/o-estrangeiro-que-peitou-lampiao/

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