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sexta-feira, 27 de abril de 2018

1929

Por Antonio Corrêa Sobrinho

Lampião, em Sergipe, andou fazendo das suas, pintou o sete, como se diz, fez coisas erradas, a história está aí para contar. Mas justiça lhe seja feita, no ano de 1929, neste Estado, sua presença foi de relativa paz; uma estada inaugural marcada por lances, inclusive, espetaculares.

Visitou Carira, Canindé, Poço Redondo, Monte Alegre, (Boca da Mata) Nossa Senhora da Glória, Saco do Ribeiro (Ribeirópolis), São Paulo (Frei Paulo), Pinhão, Anápolis (Simão Dias), N. Senhora das Dores, Capela, Borda Mata (Canhoba), Anápolis (Simão Dias), N. Sra. das Dores), Capela, Aquidabã e Tamanduá (Graccho Cardoso). 


Neste seu primeiro contato com as terras tobienses, terras que tanto lhe deram guarida e, no final, até lhe serviram de jazigo, LAMPIÃO, por certo, atemorizou populações, mas menos por atitudes e mais pela sua má fama. O que chegou de certo até aqui, foi que, nesta sua andança, ele fez laços de amizade, de cooperação, celebrou acordos (espúrios), comeu e bebeu com militares, esteve em cinema e assistiu missa. Ah, andou trocando tiros, sim, mas com uma volante baiana, ferindo-se inclusive.

Foi o Lampião de 1929 em Sergipe que mais se sedimentou no imaginário do povo sergipano.

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