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segunda-feira, 21 de maio de 2012

VI ENCONTRO ESTADUAL DE HISTÓRIA – ANPUH/BA

 
VI ENCONTRO ESTADUAL DE HISTÓRIA – ANPUH/BA
XXIII CICLO DE ESTUDOS HISTÓRICOS DA UESC
POVOS INDÍGENAS, AFRICANIDADES E DIVERSIDADE CULTURAL
CAMPUS DA UESC – ILHÉUS/BA, 13 A 16 DE AGOSTO DE 2012

Colegas,

Buscando dirimir dúvidas e melhor orientar quanto a participação no VI Encontro Estadual de História – ANPUH, Bahia, apresentamos as seguintes informações/orientações:

INSCRIÇÃO DE TRABALHOS

Encontram-se abertas até 31 de maio, inscrições de COMUNICAÇÕES para os 34 Simpósios Temáticos do Evento. Poderão inscrever-se profissionais de História e de outras áreas com interesse na temática geral do Evento e com aderência às propostas dos Simpósios. Graduandos poderão também inscrever-se, desde que sejam chancelados formalmente por seus orientadores. A chancela do orientador deverá ser enviada para viencontroanpuhba@gmail.com Inscrições devem feitas no sítio www.viencontroanpuhba.ufba.br. Caso o simpósio temático escolhido seja cancelado por não atingir o número mínimo exigido de participantes (10), o inscrito será realocada em outro simpósio temático. O número máximo de participantes em cada simpósio temático é de 30. 

INSCRIÇÃO PARA OUVINTE E MINICURSOS

Estão abertas as inscrições para ouvintes do evento e para os participantes dos Minicursos; A inscrição para participação em Minicurso é específica; o interessado em se inscrever deverá preencher a Ficha de Inscrição, adicionando-se o valor de R$ 20,00 (vinte reais) do minicurso ao crédito bancário. A inscrição em Minicurso não isenta o valor de inscrição em outras modalidades de participação; Para se inscrever no Minicurso precisa estar inscrito no evento; Para inscrever-se em Minicurso, o interessado deve escolher apenas uma opção. Caso o Minicurso escolhido seja cancelado por não atingir o número mínimo exigido de participantes (20), o inscrito será realocado em outro minicurso de sua escolha, desde que haja vaga disponível; O número máximo de participantes em cada minicurso é de 50, e a preferência é dada àquele que se inscreveu primeiro;

LANÇAMENTO DE LIVROS

Informamos aos associados da ANPUH interessados em lançar livros no VI Encontro Estadual de História - Povos Indígenas, Africanidades e Diversidade Cultural, que deverão dirigir-se a Organização do Evento através do Endereço Eletrônico viencontroanpuhba@gmail.com  para que possamos divulgar. Somente participarão da sessão de lançamento obras publicadas após o V Encontro Estadual de História. Os interessados deverão estabelecer contato impreterivelmente até o próximo dia 31 de Maio, informando: Nome(s) dos autor(es) da obra;  Título da obra;  Cidade da publicação; Editora da  publicação; Ano da publicação.

Oportunamente, será divulgada a lista da sessão de lançamentos nos canais de divulgação do Evento. Salientamos que a venda dos livros e a negociação com os livreiros é responsabilidade de cada autor. Na cerimônia de lançamento haverá espaços onde os autores poderão levar seus livros e colocarem à disposição para divulgação e venda.

HOSPEDAGEM

Quanto às solicitações de informações sobre Hospedagem, a Multihotéis, Operadora Oficial do Evento, possui cotação de diárias na rede hoteleira de Ilhéus, com tarifas promocionais para os participantes do Evento – www.multihoteis.com

Quanto ao Alojamento para estudantes, após entendimentos com a Administração da UESC, estaremos disponibilizando 200 vagas (salas) para alojamento. Este número poderá ser ampliado, desde que sejam utilizadas barracas. Este sistema (reserva para alojamento) estará disponível a partir de junho, com o término das inscrições de Comunicações.

Para maiores informações acesse: 

O Massilon de Honório de Medeiros

Por: Kydelmir Dantas

Quando da realização do XI Fórum do Cangaço, promovido pela SBEC (Mossoró – 2008) o Professor Doutor Honório de Medeiros já nos abrilhantava com uma palestra sobre este personagem, importante na história do ataque de Lampião e seus cabras a Mossoró, sob o título: "Quem foi Massilon?".

Honório de Medeiros

Neste ínterim já se referia a uma "nova onda do cangaço", surgida a partir do momento em que os focos dos pesquisadores deixaram de ser apenas o cangaceiro Lampião, mas viraram-se para os demais componentes e/ou participantes deste fenômeno sócio cultural do Nordeste brasileiro, o Cangaço.

Massilon

Algumas pessoas desavisadas, quando se fala no tema, acham que cangaço é apenas a imagem do que foi Lampião – herói, pra seus amigos, e bandido, para seus inimigos e vítimas – e o que é – o mito criado e pesquisado na atualidade. Esquecem que o cangaço foi uma moeda de duas faces: De um lado, os cangaceiros, coronéis e coiteiros; d’outro, as forças legais, representadas pelas Polícias estaduais, as volantes e, também, os coronéis.

Virgolino Ferreira - o Capitão Lampião

Em verdade, Honório de Medeiros não foi o primeiro a desviar sua pesquisa para um personagem secundário (?) da história do cangaço - outros nomes já foram estudados e apresentados - mas foi, com certeza, o que mais aprofundou-se na vida de Massilon Leite, considerado um dos mentores do assalto a Mossoró, juntamente com o Coronel Isaías Arruda, de Aurora – CE.

Isaías Arruda

Em seu livro, “Massilon (Nas veredas do Cangaço e outros temas afins)”, Honório apresenta o resultado de uma pesquisa séria e de longo percurso, com mais de seis anos, nas pegadas deste homem. Antes, porém, imprime suas pegadas memoriais no início do século XX, vislumbrando o Rio Grande do Norte, Mossoró e o Sertão daqueles tempos. A partir deste viés, passa a acompanhar os passos do vaqueiro, comprador e vendedor de reses, desde o seu nascimento, "provavelmente em Timbaúba dos Mocós – PE", segundo o autor, até sua morte, em Caxias – MA, no ano de 1928.

Além disto, que é o tema principal do mesmo, o livro traz dados, datas, fatos e informações sobre personagens e temas correlatos à ‘Resistência de Mossoró’ ao ataque dos cangaceiros comandados pelo ‘capitão Virgulino Lampião’, como este se assinou no bilhete escrito de próprio punho e enviado ao Prefeito Rodolpho Fernandes, naquele dia fatídico para Lampião e seus bandidos, 13 de junho, e vitorioso para Mossoró e seus dignos cidadãos e heróis da resistência, naquela tarde de uma segunda-feira de 1927.


Rodolfo Fernandes de Oliveira Martins 


Com mais este trabalho, a bibliografia cangaceira ganha um livro de peso, de um pesquisador que dignifica e faz parte da "Nova Onda do Cangaço", que é mostrar e deixar para as novas e futuras gerações o registro sério de nossa História. Que outro(a)s apareçam e façam o mesmo. Assim seja!


Kydelmir Dantas
Poeta, pesquisador e escritor de temas ligados ao Nordeste brasileiro;
de Nova Floresta – PB, radicado em Mossoró – RN.
Sócio-fundador da SBEC.

LAMPIÃO NÃO ERA GAY!


Peço que se dê publicidade ao artigo – anexo – que escrevi acerca de um livro escrito por um cidadão que atribui coisas absurdas a Lampião e Maria Bonita, a fim de evitar que as pessoas que não tenham conhecimento das coisas do cangaço venham a ser levadas a tomar por verdadeiras as invencionices concebidas por esse senhor, sem nenhum fundamento nos fatos e na História, frutos de sua imaginação, pura e simplesmente. No meu artigo, na segunda parte, que denomino de “Erros Grosseiros d’O Mata Sete.


O autor, ao expor o cerne de sua tese, não cita um autor sequer. Ele somente cita algum autor ao tratar de generalidades. Quanto às acusações imputadas a


Lampião e Maria Bonita, ele não aponta uma evidência que se sustente. Erra na indicação de praticamente todas as datas. Desconhece a geografia, inclusive de Sergipe. Subverte os fatos. Não sabe os nomes dos personagens a que se refere. Em vez de fazer História, fez um romance. Seu livro é um desperdício de papel e tinta. Não é justo para a família Ferreira que as invencionices destrambelhadas desse livro se firmem na mente de leitores incautos como se fossem “fatos verdadeiros”.

Se você quer conhecer mais a história, acesse este endereço:

Os cangaceiros: Juriti e Ponto Fino II


O cangaceiro Juriti

O cangaceiro Ponto Fino II

Não confundir o cangaceiro Ponto Fino II com o cangaceiro Ponto Fino, Ezequiel Ferreira da Silva, irmão de Lampião

Cada Homem só andava;
Com seu punhal enganchado;
Um rifle na mão direita;
Chapéu de couro quebrado;
 Na casa de seu fulano;
 Só entrava paisano;
 E aborrecia soldado.

(Verso de autoria de Antônio Teodoro dos Santos, extraídos do cordel
"A vida criminosa de Antonio Silvino")

Os cangaceiros: Português e Canário



Português comandou um pequeno grupo de cangaceiros. Entregou-se após a morte de Lampião e foi morto na cadeia de Santana de Ipanema (AL).


Canário foi assassinado por seu companheiro Penedinho, que entregou sua cabeça à polícia em troca da própria liberdade.

Vaqueirama amiga


Mais um capitulo de 
"CONHECEDORES DA NOSSA HISTÓRIA".

Olá amigos, hoje apresentando a pesquisadora e escritora Luitgarde Barros Cavalcanti:


Espero que esse depoimento aliado aos anteriores sirva para tentarmos entender qual o grau do relacionamento entre Lampião e Pe. Cícero. O próximo encontro será com Renato Casimiro fechando o ciclo.

Abraços e não deixem de comentar
Att. Aderbal Nogueira

Centenário de Dix-huit Rosado Maia


1912-2012

NO INDA, DIX-HUIT TROUXE BENEFÍCIOS PARA MOSSORÓ

Como presidente do Instituto Nacional do desenvolvimento Agrário (INDA), Dix-huit Rosado percorreu todo o país, lançando e inaugurando obras que mudaram a vida das pessoas. Mas foi em Mossoró que a sua gestão à frente do órgão federal, que tinha perfil de ministério, se notabilizou em ferramenta a favor do desenvolvimento.

A gestão Dix-huit foi responsável pela perfuração dos primeiros poços d’água em Mossoró. O Inda ergueu colégios e ginásios agrícolas, com destaque para a construção da Escola Superior de Agronomia de Mossoró (ESAM), hoje Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA). Dix-huit permaneceu como presidente do órgão federal até março de 1970.

Dix-huit Rosado deixou o Inda por opção, mas foi reconvocado pela Presidência da República na criação do Instituto Nacional de Colonização e Reforma agrária (INCRA).

Fonte:
Revista do Jornal De Fato.com

QUEIMANDO CALORIAS

Por: Marcos Costa
HQ          
DR. PLINK PROYD



PALHAÇO PIPOQUINHA


Dois leões fugiram do Jardim Zoológico.

Na fuga, cada um tomou um rumo diferente. Um dos leões foi para as matas e o outro foi para o centro da cidade. Procuraram os leões por todo o lado, mas ninguém os encontrou.

Depois de um mês, para surpresa geral, o leão que voltou foi justamente o que fugira para as matas. 

Voltou magro, faminto, alquebrado. Assim, o leão foi reconduzido a sua jaula.

Passaram-se oito meses e ninguém mais se lembrou do leão que fugira para o centro da cidade, quando um dia, o bicho foi recapturado. E voltou ao Jardim Zoológico gordo, sadio, vendendo saúde.

Mal ficaram juntos de novo, o leão que fugira para a floresta perguntou ao colega:

- Como é que conseguiste ficar na cidade esse tempo todo e ainda voltar com saúde? Eu, que fugi para a mata, tive que voltar, porque quase não encontrava o que comer ...!!!

O outro leão então explicou:

- Enchi-me de coragem e fui esconder-me numa repartição pública. Cada dia comia um funcionário e ninguém dava por falta dele.

- E por que voltaste então para cá? Tinham acabado os funcionários?

- Nada disso. Funcionário público é coisa que nunca se acaba. É que eu cometi um 
erro gravíssimo. 

Tinha comido o diretor geral, dois superintendentes, cinco adjuntos, três coordenadores, dez assessores, doze chefes de seção, quinze chefes de divisão, várias secretárias, dezenas de funcionários e ninguém deu por falta deles! Mas, no dia em que eu comi o que servia o cafezinho... Estraguei tudo!!!

BOA SEMANA AMIGOS... SAÚDE E PAZ.

Enviado pelo autor do blog da Cost@

Queimando Gordurinhas

Por: Marcos Costa

Queimando Gordurinhas


Enviado pelo próprio autor, do blog da Costa@

Assembléia Geral Extraordinária da SBEC


ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA
C O N V O C A Ç Ã O

O Presidente da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço – SBEC, no uso de suas atribuições legais e regimentais, CONVOCA todos os associados para Assembléia Geral Extraordinária, que se realizará no Museu Municipal Lauro da Escóssia, sito, Praça Antônio Gomes, s/n, Centro, Mossoró/RN, no dia 23 de maio de 2012, quarta-feira, em primeira convocação com pelo menos dois terços dos associados às 8:30h e, em segunda convocação, trinta (30) minutos após, com maioria simples dos sócios.
para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia:

1) Informes;
2) Escolha da Comissão Eleitoral;
3) XIV Fórum do Cangaço;
3) Encaminhamentos.

Mossoró (RN), 16 de maio de 2012.

Lemuel Rodrigues da Silva
Presidente

Teatro ao ar livre


Ensaio fotográfico do espetáculo "O Massacre de Angico - A morte de Lampião"

José Pimentel tem um novo desafio pela frente, juntamente com atores de Serra Talhada, Recife e Alagoas, está dando forma e trazendo à tona um dos capítulos mais complexos da História do Brasil, os últimos dias da saga de Lampião, com a peça teatral chamada “O Massacre de Angico – A Morte de Lampião”, de autoria do pesquisador do cangaço, Anildomá Willans de Souza,  no município de Serra Talhada.  A produção é da Fundação Cultural Cabras de Lampião, que teve o projeto aprovado pela Funarte / Ministério da Cultura.

A estréia está prevista para acontecer no período de 25 a 29  de julho, na Estação do Forró. O diretor já está no município de Serra Talhada em longas jornadas de ensaios com os atores e atrizes, além de figurantes e técnicos – os técnicos de luz serão os mesmos que cuidam da Paixão de Cristo do Recife, sob a coordenação do Alexandre Veloso, assim como a cenografia será cuidada pelo Tibi, responsável por Nova Jerusalém e a Paixão de Cristo do Recife. Vê-se, portanto, a dimensão do espetáculo. O papel de Lampião será vivenciado por Karl Marx, a Maria Bonita terá vida pela atriz alagoana Roberta Aureliano. O elenco que se destaca está assim composto:



Lampião.............................Karl Marx
Maria Bonita.......................Roberta Aureliano
Dona Bela...........................Gorete Lima
Giboião...............................Gilberto Gomes
Padre Cícero.......................Taveira Júnior
Getúlio Vargas.....................Feliciano Félix
Zé Saturnino.......................Taveira Júnior
Assistente I.........................Beto Filho
Assistente II........................Marcos Fabrício
Assistente III.......................Humberto Cellus
Pedro de Cândido...............Carlos Silva
Soldado..............................Taveira Júnior
Luiz Pedro...........................Diógenes de Lima
Zé Sereno............................Carlos Amorim
Sila......................................Karine Gaia
Enedina................................Danúbia Feitosa
Dulce...................................Leandra Nunes


O espetáculo mostrará os últimos momentos de Lampião e Maria Bonita em Angico, Sertão de Sergipe, onde foram massacrados juntamente com  nove companheiros, no dia 28 de julho de 1938. Mas na construção do enredo são mostrados cenas do passado marcantes na história do Rei do Cangaço, como suas desavenças com o primeiro inimigo José Saturnino, seu encontro com Padre Cícero para receber a patente de capitão do Batalhão Patriótico, uma das cenas será no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, sede presidencial da época,  onde o presidente Getúlio Vargas determina o fim do cangaço, várias outras cenas ligadas ao imaginário popular, com a cabroeira dançando xaxado, a traição de Pedro de Cândido, até culminar com a morte do casal mais famoso do cangaço, fazendo o expectador mergulhar na história, com uma arrojada trilha sonora, e efeito especiais.


O MASSACRE DE ANGICO – A MORTE DE LAMPIÃO vai reafirmar o estado de Pernambuco como o palco dos maiores espetáculos teatrais do Brasil. E, nesse caso, um grande autor, um consagrado diretor, para contar essa história de TRAIÇÃO, AMOR E ÓDIO, que tem como palco, os confins do sertão, na primeira metade do século passado. Segue abaixo registros do ensaio fotográfico e gravação do VT.

Veja o ensaio completo no Ponto de Cultura Cabras de Lampião do sertão, na primeira metade do século passado. Segue abaixo registros do ensaio fotográfico e gravação do VT.

Centenário de Dix-huit Rosado Maia

1912-2012

Dix-huit Rosado Maia nasceu em Mossoró no dia 21 de Maio de 1912. A juventude foi dividida entre o trabalho no sítio Canto e no balcão da farmácia do pai, Jerônimo Rosado Maia, lavando frascos ou cobrando contas dos fregueses. Foi essa convivência com a farmacologia e com os muitos amigos médicos que o levou a fazer medicina. Meus cursos de Física e Química tinham em meu pai, cm memória invejável, o melhor mestre. “Os longos anos não apagaram os conhecimentos adquiridos no curso de fármácia e transmitidos ao filho com paciência e cuidado”, disse ele ao pesquisador Câmara Cascudo.

Fez o curso secundário no Ginásio Santa Luzia, até ir para o Recife, onde estudou na Escola Politécnica. Depois foi para a Bahia, onde ingressou na faculdade de Medicina, formando-se em 1935. Muito estudioso, destacou-se não apenas nos estudos das ciências médicas, mas também nas línguas, tornando-se um poliglota com muita fluência para o Francês e o Inglês. De volta ao Rio Grande do Norte, trabalhou no serviço de saúde de Assu, tendo os primeiros contatos com o povo e com as dificuldades enfrentadas pela sua terra. Ficou nessa função até ingressar na Polícia Militar, onde exerceu o cargo de chefe do Serviço de Saúde passando, mais tarde, para a reserva como tenente coronel-médico.

A CADA DEZ ANOS, UM MANDATO NA PREFEITURA DE MOSSORÓ

As últimas três décadas da vida de Dix-huit foram dedicadas a Mossoró. Ele governou a cidade em três oportunidades. Nesses três mandatos uma curiosidade: houve intervalo de exatos dez anos entre cada um deles: 1972, 1982 e 1992. Todas as vezes que administrou o Município, foi eleito pelo voto popular.

Com as administrações na Prefeitura de Mossoró, Dix-huit conseguia preencher a lacuna que ficou em sua carreira política, que foi não ter conseguido ser governador do Rio Grande do Norte, sequenciando o ciclo não concluído pelo irmão Dix-sept.

Nos dois primeiros mandatos como prefeito, teve desempenho aprovado pela população e se consolidou como liderança política. Gostava de ser chamado "o prefeito das mil obras", numa referência ao volume de investimentos que sua administração realizou no município. Era considerado um administrador visionário, que planejava o futuro. Foi esse perfil que levou a construção da dicotomização e posteriormente a tricotomização do rio Mossoró. Na prática, a divisão do rio em três, para combater enchentes.

O último chefe de gabinete de Dix-huit na Prefeitura de Mossoró foi Sebastião Almeida, atual presidente da Associação de Pais e Amigos Excepcional (APAE). Ele disse que o prefeito tinha um amor incondicional para com Mossoró. Isso chegou ao ponto de nos últimos momentos de seu último mandato, já com a idade avançada e a saúde frágil, ter procurado permanecer cada vez mais tempo no Palácio da Resistência.

"Às vezes acho que doutor Dix-huit queira que em sua morte estivesse na cadeira de prefeito, para que Mossoró soubesse que ele deixou essa vida trabalhando pela cidade", comentou Almeida>

Dix-huit Rosado foi deputado estadual constituinte, deputado federal (dois mandatos), senador da República (um mandato), Dix-huit foi o político que governou Mossoró por mais tempo. Foram quase 14 anos em três mandatos. Foi eleito pela primeira vez à prefeitura em 1972, depois em 1982 (com mandato de seis anos) e por último em 1992, quando faleceu no exercício do cargo no dia 22 de outubro de 1996. Assumiu em seu lugar, no dia seguinte, a sobrinha e vice-prefeita dissidente Sandra Rosado (Hoje deputada federal pelo PSB, mas à época no PMDB).

Depois de Dix-huit, quem mais administrou Mossoró foi Rosalba Ciarlini (DEM), hoje governadora do Estado, casada com o sobrinho e ex-deputado estadual (quatro mandatos) Carlos Augusto de Souza Rosado (DEM). Ela foi eleita em 1988, 1996 e reeleita em 2000 (graças ao instituto da reeleição, uma faculdade até poucos meses inexistente na legislação brasileira). Foram 12 anos na gestão municipal.

Antes dela, coube ao padre Luís Ferreira da Cunha Mota, o “Padre Mota”, o 3º maior período de administração como prefeito do município. Ele ficou por quase nove anos e três meses. Assumiu interinamente no dia 18 de janeiro de 1936, com a renúncia inesperada do prefeito Duarte Filho.

Foi eleito em março do ano seguinte, mas com o golpe político de Getúlio Vargas, implantando a ditadura do chamado “Estado Novo”, foi destituído. Mas logo em seguida foi nomeado pelo interventor estadual Rafael Fernandes, ficando até 3 de abril de 1945 – quando renunciou ao cargo.

Fontes:
Jornal de Fato.com

PERGUNTAR NÃO OFENDE (Crônica)

Por: Rangel Alves da Costa*

Rangel Alves da Costa

PERGUNTAR NÃO OFENDE
                                         
Se perguntar não ofende, então responda:

Se tudo estava tão quieto e limpinho, por que você passou e arrancou a flor, tirou o que estava no lugar, riscou o muro recentemente pintado, jogou o papel de bala no chão, tocou a campainha sem querer visitar?

Já que diz gostar tanto de gente, que é pacífico e cordial, educado e cavalheiro, então por que passa pelo conhecido e não dá nem bom dia nem boa tarde, caminha querendo passar por cima dos outros, vê e olha para cada um como se fosse um inimigo?

Se é assim mesmo como tenta demonstrar, tão sério e conservador, tão recatado e tomado de máxima moral e bons costumes, por que seu pensamento, seu olhar e seu instinto são tão vulgares quando passa uma mocinha, uma jovem, qualquer mulher que não seja do seu seio familiar?

Já que muitos parecem ter problemas que somente a música pode resolver, e daí procuram aliviar os seus males se entregando de corpo e alma a baboseiras, a baianadas e outras aberrações musicais, então por que não experimentam uma música clássica, erudita ou o melhor que há no cancioneiro popular? Talvez a cura esteja aí.

Creio que é sempre preciso saber um pouco mais sobre as coisas que tanto ouvimos falar. Então por que não procura saber quem é o autor ou pronunciou frases como “Existem mais coisas entre o céu e a terra do que imagina nossa vã filosofia”; “Deus, meu Deus, por que me abandonaste?”; “O homem é o lobo do homem”; “Vim, vi, venci!”?

Já imaginou o quanto sobre a vida dos outros você quer saber e, na mesma proporção, os outros querem saber da sua? Por que pensa que os segredos e as intimidades dos outros são menos importantes do que as suas? Por que sempre quer enxergar o outro por dentro e sempre se esquece de olhar-se intimamente?

Já pensou em saber um pouco mais sobre filosofia, e assim ficar o tempo que for necessário esperando o retorno da água que já passou? Que tal perguntar à pedra sobre o seu sentimento ou à flor se é verdade ou não que o orvalho é mesmo a lágrima chorada na madrugada. Você já conversou com o seu silêncio?

A princesa tem sangue azul e na sua veia corre sangue vermelho. Do seu casamento com a nobreza nascerá um filho com sangue de qual cor? Cuidado com o que vai responder, pois qualquer resposta será preconceituosa, discriminatória. O que você tem contra a família de sua esposa e também contra a humilde genética de seu sangue?

Sei que é complicado responder, difícil mesmo, mas vou perguntar. Uns dizem que você veio do barro, da criação, outros afirmam que da família dos macacos, já outros dizem que não passa de um ser extraterrestre num corpo de gente, e ainda há os que dizem que você não é nada e nunca existiu, pois todo ser vive na ilusão existencial. Afinal de contas, quem é você?

Conheço gente que não assiste novela com personagens que tenham morrido em outras novelas. Não consegue entender como uma pessoa morre e pouco tempo depois já aparece novamente como se nada tivesse acontecido. Tem até medo de olhar pra televisão. Quer dizer, não assiste mais uma só novela. Por outro lado, vive dizendo aos familiares que quer ser artista pra quando morrer voltar novamente. O seu personagem aqui na terra tem quantas vidas?

Se a água, ao invés da cor e da leveza que tem ou ao menos deveria ter, fosse vermelha e com sabor, você beberia? Se o horizonte azul fosse todo no mais puro negrume você olharia o entardecer do mesmo jeito? 

Se o cego pedisse seu olhar emprestado, para não ficar sem nada você pediria para ficar usando o dele? O que seria de seu futuro se a cada mentira tivesse um dia a menos na vida? 

Achar que sente é uma coisa, mas você sabe realmente o que é o amor? Não sei se consegue responder, mas eu não sei não. Só sei que a cada dia vou arriscando amar. Quem sabe um dia...


Poeta e cronista
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Canção pro resto do dia (Poesia)

Por: Rangel Alves da Costa* 

Canção pro resto do dia


Depois da manhã e do sol
depois do passo e da pressa
fujo do que houve no dia
e vou buscar o que interessa
coração quer sentir alegria

alegria chegando no entardecer
um horizonte e seu vermelhar
aflito coração pulsando no peito
é quase hora de você chegar
vem meu amor quero amar...

passeio da folhagem no ar
carruagem trazendo a princesa
doce encanto essa vida nos dá
aroma exalando em tanta beleza
amor meu amor que surpresa...

surpresa a cada noite que cai
um novo jeito de me apaixonar
olhos encontrando mistérios
nudez que não pode mais disfarçar
no teu corpo que quero morar...


Poeta e cronista
e-mail: rac3478@hotmail.com
blograngel-sertao.blogspot.com