Por: Kydelmir Dantas
Quando da realização do XI Fórum do Cangaço, promovido pela SBEC (Mossoró – 2008) o Professor Doutor Honório de Medeiros já nos abrilhantava com uma palestra sobre este personagem, importante na história do ataque de Lampião e seus cabras a Mossoró, sob o título: "Quem foi Massilon?".
Honório de Medeiros
Neste ínterim já se referia a uma "nova onda do cangaço", surgida a partir do momento em que os focos dos pesquisadores deixaram de ser apenas o cangaceiro Lampião, mas viraram-se para os demais componentes e/ou participantes deste fenômeno sócio cultural do Nordeste brasileiro, o Cangaço.
Massilon
Algumas pessoas desavisadas, quando se fala no tema, acham que cangaço é apenas a imagem do que foi Lampião – herói, pra seus amigos, e bandido, para seus inimigos e vítimas – e o que é – o mito criado e pesquisado na atualidade. Esquecem que o cangaço foi uma moeda de duas faces: De um lado, os cangaceiros, coronéis e coiteiros; d’outro, as forças legais, representadas pelas Polícias estaduais, as volantes e, também, os coronéis.
Virgolino Ferreira - o Capitão Lampião
Em verdade, Honório de Medeiros não foi o primeiro a desviar sua pesquisa para um personagem secundário (?) da história do cangaço - outros nomes já foram estudados e apresentados - mas foi, com certeza, o que mais aprofundou-se na vida de Massilon Leite, considerado um dos mentores do assalto a Mossoró, juntamente com o Coronel Isaías Arruda, de Aurora – CE.
Isaías Arruda
Em seu livro, “Massilon (Nas veredas do Cangaço e outros temas afins)”, Honório apresenta o resultado de uma pesquisa séria e de longo percurso, com mais de seis anos, nas pegadas deste homem. Antes, porém, imprime suas pegadas memoriais no início do século XX, vislumbrando o Rio Grande do Norte, Mossoró e o Sertão daqueles tempos. A partir deste viés, passa a acompanhar os passos do vaqueiro, comprador e vendedor de reses, desde o seu nascimento, "provavelmente em Timbaúba dos Mocós – PE", segundo o autor, até sua morte, em Caxias – MA, no ano de 1928.
Além disto, que é o tema principal do mesmo, o livro traz dados, datas, fatos e informações sobre personagens e temas correlatos à ‘Resistência de Mossoró’ ao ataque dos cangaceiros comandados pelo ‘capitão Virgulino Lampião’, como este se assinou no bilhete escrito de próprio punho e enviado ao Prefeito Rodolpho Fernandes, naquele dia fatídico para Lampião e seus bandidos, 13 de junho, e vitorioso para Mossoró e seus dignos cidadãos e heróis da resistência, naquela tarde de uma segunda-feira de 1927.
Além disto, que é o tema principal do mesmo, o livro traz dados, datas, fatos e informações sobre personagens e temas correlatos à ‘Resistência de Mossoró’ ao ataque dos cangaceiros comandados pelo ‘capitão Virgulino Lampião’, como este se assinou no bilhete escrito de próprio punho e enviado ao Prefeito Rodolpho Fernandes, naquele dia fatídico para Lampião e seus bandidos, 13 de junho, e vitorioso para Mossoró e seus dignos cidadãos e heróis da resistência, naquela tarde de uma segunda-feira de 1927.
Rodolfo Fernandes de Oliveira Martins
Com mais este trabalho, a bibliografia cangaceira ganha um livro de peso, de um pesquisador que dignifica e faz parte da "Nova Onda do Cangaço", que é mostrar e deixar para as novas e futuras gerações o registro sério de nossa História. Que outro(a)s apareçam e façam o mesmo. Assim seja!
Kydelmir Dantas
Poeta, pesquisador e escritor de temas ligados ao Nordeste brasileiro;
de Nova Floresta – PB, radicado em Mossoró – RN.
Sócio-fundador da SBEC.
Grande Kydel, faço minhas as suas palavras.
ResponderExcluirEm breve teremos Honório também aqui em Fortaleza na reunião do GECC.
Aderbal Nogueira