Por Geraldo Maia do Nascimento
A
primeira notícia que temos de Mercado Público Municipal em Mossoró data de 23
de agosto de 1875, quando a Câmara Municipal de Mossoró autorizou, através da
Lei nº 739 da mesma data, \"a construção de uma casa destinada ao mercado
da cidade a ser feita mediante contrato com quem melhor vantagem
oferecesse\". Em 12 de julho de 1877, portanto dois anos após a
autorização, os construtores Antônio Secundes Filgueira e José Alexandre Freire
de Carvalho, fazem entrega da Casa do Mercado que iria substituir a palhoça que
fazia vezes de tal onde, sem as mínimas condições de higiene, eram expostas
carnes e outros gêneros. Esse primitivo mercado foi construído no mesmo local
onde ainda hoje se encontra o Mercado Municipal de Mossoró, no centro da
Cidade. Esse prédio funcionou com a arquitetura primitiva até 1908, quando
passou por uma substancial reforma. Em 1947, na administração do Prof. Gerson
Dumaresq, passou por uma nova reforma da sua estrutura, tendo inclusive sua
área de cobertura ampliada.
O
Mercado Público Municipal tinha, no início do século, um papel muito importante
na vida de uma cidade. Era no Mercado que se encontravam os comerciantes que
abasteciam as cidades dos mais diversos produtos que iam desde os cereais,
carnes e frutas, até roupas, produtos de couro, cerâmicas (utilitárias e
decorativas) e uma infinidade de doces, bolos e refrescos. Não faltavam também
as bancas de pinga.
Mas
a cidade crescia e já se fazia necessário a construção de um outro mercado. Em
30 de setembro de 1951 foi inaugurado um novo prédio para um segundo Mercado
Público Municipal. O novo Mercado foi construído no bairro do Alto da Conceição
e na sua inauguração estiveram presentes, dentre outras autoridades, o
Governado do Estado do Rio Grande do Norte Sílvio Pedroza, o Prefeito de
Mossoró Francisco Mota e o Bispo Diocesano. O discurso da inauguração foi
proferido pelo Dr. Hélio Santiago, então secretário do governo do município.
A
importância do Mercado Público atualmente foi renegada a um plano inferior,
frente ao surgimento dos super mercados. Mas os velhos mercados de Mossoró
continuam existindo, tanto o do centro como o do Alto da Conceição, para
atender aos saudosos que não se adaptaram ao novo estilo de vida.
Não
vai longe o tempo que os farristas, trabalhadores da noite ou madrugadores
confesso se dirigiam ao Mercado para a primeira refeição ainda de madrugada,
que invariavelmente era cuscuz com ovos ou leite, acompanhado de canecas de
café preto e forte.
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