Caro
amigo Sálvio Siqueira:
Muitos autores citam a falta de preparo de
caserna de Manoel Neto e Zé Saturnino. Acho importante ressaltar as
circunstâncias em que aconteceram a entrada destes e de diversos outros
volantes da região. Os nazarenos, mais especificamente, vinham sofrendo com os
ataques de Lampião, especialmente após a visita ao Juazeiro onde adquiriu
armamentos e munição, além da patente de “Capitão” dos batalhões patrióticos
para o combate à Coluna Prestes. Como os pernambucanos não reconheceram essa
patente, Lampião chegou a afirmar que “Eu estava até querendo me encontrar com
esse tal de” Prestres “, para ver ser ele prestava mesmo, mas se é assim que os
policiais pensam, minha espingarda vai cantar na toada antiga... Eu nunca
fui bandido, mas de hoje em diante vou ser ".
Lendo “As CRUZES DO CANGAÇO” podemos perceber que em 1926 Lampião se dedicou a matar inimigos e os florestanos sofreram muitos ataques do cangaceiro. Nazaré especialmente, sofreu inclusive um cerco e os homens acabaram sendo forçados a perseguir para não serem perseguidos. Se assim não fizessem corriam o sério risco de serem exterminados. Os nazarenso eram inimigos do cangaceiro desde o final do ano de 1919 quando Livino foi baleado e preso em Floresta. Foi nessa ocasião que José Ferreira e os filhos se mudaram para Alagoas, onde se uniram aos Porcino e passaram a atuar também naquele estado.
Muitos florestanos, temendo os ataques do bando preferiram persegui-lo em vez de esperar sentados por suas visitas. Afinal de contas, o cangaceiro costumava dizer que “sua volta era cruel”. Foi por isso é que os nazarenos adquiriram a fama de grandes perseguidores de Lampião...
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