A decisão da
categoria docente da UERN de entrar em greve a partir do dia 10 de novembro de
2017 não pode ser festejada, tampouco ser tratada com indiferença ou
simplesmente na retórica, respeitada. Essa greve representa a indignação da
categoria frente ao descaso e desrespeito com que o governo do estado do Rio
Grande do Norte tem tratado os servidores públicos e, em especial, os/as
professores/as da UERN. Há 20 meses os/as trabalhadores/as do estado vivenciam
uma situação de incerteza em relação ao pagamento dos salários e uma condição
de precarização do serviço público que afeta grande parte da população do Rio
Grande do Norte.
A greve,
deliberada por ampla maioria da categoria docente da UERN, é resultado de uma
política econômica desastrosa que condiciona os/as trabalhadores/as do Estado a
carregarem os serviços públicos nas costas. Saúde, educação, segurança e os
demais serviços só funcionam porque os/as trabalhadores/as assumem o
compromisso de todos os dias exercerem o seu trabalho com responsabilidade. É
resultado, também, dos ataques recentes que têm sofrido a Universidade e a
categoria docente: retirada dos aposentados da folha de pagamento da UERN;
ameaça de suspensão do plano de saúde por falta de repasse do governo;
rebaixamento do valor do auxílio saúde, bem como a exclusão dos aposentados a
esse auxílio. Tudo isso se soma ao insustentável quadro de atrasos
salariais e cinco anos sem qualquer reposição.
Mediante essa
conjuntura, o governo não tem cumprido o dever de fazer com que o Estado funcione;
não tem respeito aos trabalhadores/as; não considera importante as famílias de
todos e todas que dedicam suas vidas e seu trabalho ao serviço público. Por
isso, os/as professores/as da UERN se somam aos milhares de
trabalhadores/as do estado do Rio Grande do Norte em nome da nossa dignidade,
da nossa condição de sobrevivência e em respeito aos serviços públicos e a
toda população potiguar.
A história
particular da UERN revela que há muito tempo estamos em luta para garantir a
manutenção da instituição como universidade pública, gratuita e de qualidade.
Compreendemos que a UERN é um dos maiores patrimônios do estado do Rio Grande
do Norte por impulsionar o desenvolvimento econômico e social e,
principalmente, por possibilitar que os filhos e filhas dos trabalhadores
pobres tenham acesso ao ensino superior; por estar presente em todas as regiões
do estado cumprindo a interiorização e formando a maioria dos/as profissionais
do Rio Grande do Norte. É impossível pensar no crescimento de um estado sem uma
Universidade. Para os que divulgam falaciosamente o endogenismo da categoria
docente indicamos que investiguem quem sempre lutou em defesa da UERN; quem
esteve em confronto com o judiciário e executivo mediante o anúncio da
privatização da nossa universidade.
A nossa Greve
é por Dignidade sim! Exigimos salários em dia; Exigimos a retirada da mensagem
à assembleia que aumenta a alíquota previdenciária; Exigimos condições melhores
de trabalho; Exigimos a permanência dos aposentados na folha de pagamento da
UERN; Exigimos respeito ao nosso trabalho, ao nosso suor, ao nosso saber, a
nossa vida. Exigimos a existência da UERN como Universidade Pública, Gratuita e
de Qualidade. É o nosso compromisso!
A Diretoria
Jornalista
Cláudio Palheta Jr.
Telefones
Pessoais :
(84) 96147935
(84) 88703982
(preferencial)
Telefones da
ADUERN:
ADUERN
Av. Prof. Antonio Campos, 06 - Costa e Silva
Fone: (84) 3312 2324 / Fax: (84) 3312 2324
E-mail: aduern@uol.com.br / aduern@gmail.com
Site: http://www.aduern.org.br
Cep: 59.625-620
Mossoró / RN
Seção Sindical do Andes-SN
Presidenta da ADUERN
Rivânia Moura
Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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