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domingo, 18 de setembro de 2016

O VILÃO DE VELHO CHICO

Por: Domingos Eugênio de Melo

O VILÃO DE VELHO CHICO

Óh! meu Rio são Francisco,
Que mata a sede e a fome,
Por que mataste este homem?
Um pai de família ativo.
Andava por tuas margens,
Mas, ele e sua personagem ,
Teriam que ficar vivos.

Mas você, com seus encantos,
O convidou para um banho,
Nem falou do seu tamanho,
Nem da sua correnteza.
As tuas águas, queridas,
Tirou seu, sopro de vida,
E deu ao mundo, tristeza.

Rio tu tinhas ciência,
Que havia sido escalado,
Pra ser homenageado,
E mostrar sua trajetória.
Mas, você não teve pena,
Roubou pra si, toda a cena,
Pra ser vilão desta historia.

Matou um bom personagem,
E também o seu intérprete,
E agora tu, se diverte,
Por ter mudado um roteiro.
Rio, tu foste egoísta,
Tirou da gente um artista,
E agora o tens, por inteiro.

Ele tinha outras histórias,
Para contar para a gente,
Mas, você, todo envolvente,
Não o liberou de sua trama.
Preferiu, nos dá, a mágoa,
De vê-lo, morrer em tuas águas,
No auge de sua fama.

Você deve ter gostado,
Da atuação deste ator,
Por isso que o contratou,
Para te deixar mais rico.
Domingos, é teu e exclusivo,
E pra sempre, estará, vivo,
Nas águas do VELHO CHICO.

De Domingos Eugenio de Melo
Em 15 de setembro de 2016

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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