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sábado, 25 de junho de 2016

OS CORONÉIS BUFA

Por Clerisvaldo B. Chagas, 25 de junho de 2016. - Crônica N0 1.539

Em um país difícil, quanto mais interior, mas difícil ainda. Tão cedo não nos livraremos da corrupção, do desmatamento e da ignorância brutal do coronelismo.

Foto (Rede Globo).

Lemos na web um relatório que certo cidadão escreveu que poderia ser transformado em romance. Querendo entrevistar um acampamento de assentados no Alto Sertão de Alagoas, o homem procurou a rodoviária de Maceió, mas não tinha linha de ônibus para aquela cidade. A justificativa era que não havia movimento de passageiros que compensasse. O entrevistador, então, teve que viajar em transporte alternativo chamado “Van” que em Alagoas é também chamado “Besta”.

Após várias horas de sobe e desce, chega o homem à cidade onde, segundo ele, está repleta de olheiros do prefeito. Todos que chegam são olhados, seguidos e anotados. Driblando aqui e ali em busca de informações sobre o tal assentamento, teve de andar por lugares e mais lugares esquisitos da zona rural. Raramente se Não lembramos quem era o procurador e nem sobre as finalidades da sua procura. Ligamo-nos apenas na beleza do relato, simples mas cheios de detalhes. Acho que merece parabéns pelo texto e pela revelação nefasta de resquício do coronelismo.

Este é um dos motivos pelos quais as cidades do interior não conseguem progredir em nada. Os cabrestos do passado continuam balançando como fantasmas diante dos seus habitantes assombrados com surras e sumiços.

Quem quiser que pense que os “Saruê” estão apenas na ficção da rede Globo.

encontrava uma casa no vazio da vegetação. Quando havia, as informações não batiam com o nome do acampamento procurado.

Após as peripécias, o camarada descobriu um assentamento longínquo, completamente descaracterizado do inexistente.

Somente aí se começa um relacionamento compensativo.


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