Por: Juarez Conrado - (Jornalista)
Segundo ele, sua entrada no crime ocorreu no município de Tacaratu, em Pernambuco, onde nasceu e se criou. Foi responsável pelo assassinato de um soldado, muito mulherengo, que, mesmo já mantendo três jovens como amantes, insistia em tentar, de todas as maneiras, conquistar uma irmã do futuro cangaceiro, a mais jovem, identificada como Flora, de Zefa.
O cangaceiro Labareda
Labareda, apesar das advertências feitas à mesma, de que não permitiria, de modo algum, seu relacionamento com o militar, soube através de um garoto de nome Firmino, que o policial já havia acertado a fuga com a garota, no dia imediato. Ela, inclusive, recebera instruções de como proceder para encontrá-lo. Segundo Firmino, a jovem deveria ir bem cedo a uma plantação de mamona, de onde partiriam de Tacaratu, aproveitando o fato de sua transferência para outra localidade.
A moça não chegou a cumprir as orientações do militar. À hora aprazada, Labareda, depois de instruir sua irmã a aguardá-lo enquanto iria rapidamente ao curral, dirigiu-se às mamoneiras. Pouco depois, sem imaginar que havia assinado sua própria sentença de morte, chegava o galante conquistador, que, sem tempo, se quer, para fugir, recebeu dois balaços desferidos por Ângelo Roque, então com 18 anos, morrendo instantaneamente.
Labareda não retornou para casa, refugiando-se na fazenda de velho e antigo amigo da família, conhecido “coiteiro” de Lampião.
O rei Lampião
Ali permaneceu durante alguns dias, onde foi apresentado ao celerado como “menino de grande coragem”, que poderia, a partir daquele momento, viajar em sua companhia na condição de mais novo integrante do grupo de facínoras.
Como a informação de que era fugitivo da polícia pela prática de assassinato, que teve como vítima um “macaco” (policial), Labareda credenciou-se a integrar no bando.
Palácio da Baronesa Joana Vieira Siqueira Torres
Quatro dias depois, teve sua primeira prova de fogo como cangaceiro: a invasão da propriedade da octogenária
Baronesa Joana Vieira Siqueira Torres
Foto cedida gentilmente pelo escritor João de Sousa Lima
Joana Vieira Siqueira Torres, baronesa de Água Branca, que foi saqueada pelos bandidos, dela levando grande soma em dinheiro e jóias de alto valor.
Fonte:
Livro do jornalista Juarez Conrado
"Lampião Assaltos e Morte em Sergipe"
Publicado em Aracaju - Sergipe
Ano de publicação: 2010
essa materias são muito boas de grande valor para historia do brasil.
ResponderExcluirolá Mendes admiro muito seu trabalho sempre pesquisei o porque Ângelo Roque viveu próximo da Fazenda Tingui por um tempo fez desta terra seu esconderijo. matou também algumas pessoas. por aqui haje esta fazenda tornou se um povoado onde mora netos e bisnetos dos homens mortos pelo o cangaceiro Ângelo Roque.mora aqui um cunhado deste cangaceiro. sou Zé Raimundo. Deus que ilumine você e sua família
ResponderExcluirGrande Zé Raimundo, envie-me o seu e-mail para possíveis contatos.
ExcluirDesde já, muito obrigado pela consideração.
José Mendes Pereira - http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Os meus e-mails Zé Raimundo, são: josemendesp58@gmail.com - josemendesp58@hotmail.com
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