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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Para quem ainda não o leu - Lampião morreu ou não morreu em Angico?

Por José Mendes Pereira


Alguns leitores ficam com esta dúvida. Mas leia o que o Diário de Natal publicou no dia 17 de maio de 2010.


O historiador Frederico Pernambucano de Mello, um dos maiores especialistas de Lampião e do cangaço no Brasil, revela que já ouviu algo a respeito dessa versão sobre a "nova vida" do capitão em Minas Gerais.


Entretanto, afirma que as evidências são comprovadamente suficientes para indicar que ele realmente morreu durante um tiroteio na batalha de Angico, na madrugada de 28 de julho de 1938.

"Logo que sua cabeça foi cortada, ela foi exibida e várias pessoas; amigos de infância, conterrâneos, companheiros a examinaram e asseguraram que era sim a cabeça de Lampião. Temos pelo menos 40 depoimentos nesse sentido. Além do mais, fotos da cabeça foram comparadas com fotos dele. O corpo foi examinado também. Como historiador, não encontro nenhum motivo razoável para que ele não tenha morrido do jeito que conhecemos. Nada que atestasse sua morte foi oculto", destaca Pernambucano de Mello.

Ele acrescenta que é natural que sua morte e sua história provoquem controvérsias, assim como de outros mitos como:


Hitler, Elvis Presley, e que este é um tema a ser tratado muito mais por psicólogos do que por historiadores. "As pessoas gostam de fomentar essas histórias, criadas por quem admira essas figuras; faz parte da sobrevivência do mito. 


Com relação ao Lampião, eu mesmo já segui meia dúzia de pistas de que ele estava vivo e não deu em nada. Não li este livro, mas quero ler e examinar, e conhecer as razões que levaram o autor a acreditar nessa versão", afirma.

O fim do rei do cangaço

Na versão oficial da morte de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, que nasceu em julho de 1897, em Pernambuco, consta que, em 28 de julho de 1938, forças policiais, as volante, promoveram uma emboscada a um grupo de cangaceiros, na localidade de Angico, município de Poço Redondo, no Estado de Sergipe, matando 11 pessoas e apresentando às autoridades suas cabeças, dizendo que se tratava de Virgulino Ferreira da Silva, sua mulher Maria Bonita e de alguns seguidores.

Com as palavras de um dos maiores conhecedores do cangaço, o escritor Frederico Pernambucano de Melo, o amigo leitor ainda tem dúvida que o rei Lampião não morreu na Grota de Angico, na madrugada de 28 de julho de 1938, no Estado de Sergipe? Não há motivo para ter dúvida.

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