FOLCLORE
MOSSOROENSE:
Tico Balduino,
caboclo afeito a agricultura, vivia cuidando da roça, e era daqueles que
"acreditando nas nuvens", plantava com antecedência, isto é, "no
seco". Tico nem esperava pelo dia de São José. Certa tarde, ao voltar do
roçado, onde não havia caído "nem uma gota d'água", apesar do dia do
santo das chuvas estar de véspera, Balduino notou que, a distância de dois
quilômetros, chovera - e ainda chovia - a manhã toda.
Bastante cético,
rabugento e chateado, comentou: "Óia", como São José é babão.
Aqui nas terras dos Mendes, é água de fazer lama. No meu roçado, nem pingou!".
Instantes depois, a chuva engrossou, e a descarga de um raio derrubou Balduino
de cima do jumento, lançando-o num lamaçal. O sertanejo bronco levantou-se,
olhou para cima, e berrou: "Eu disse e tá dito: Babão, babão, babão!".
Enviado pelo escritor, poeta e pesquisador do cangaço:
Kydelmir Dantas
MOSSORÓ - RN
Fone: (0xx - 84) - 3323
2307
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Essa é boa! Pequeninha, mas muito engraçada
ResponderExcluirÔ Zé!
ResponderExcluirQue foto feia da mulésta é essa, ômi de Deus?
Antôi Dedé
Mossoró - RN