Resposta do prefeito.
Formiga ao encontrar o piquete da caieira ao
lado da estrada, antes da ponte, explica a que vinha. O Soldado João Antonio de
Oliveira o escolta ao solar do prefeito. Era, aproximadamente, uma da tarde.
Rodolfo lê o bilhete para o pessoal em casa. Ali, se encontravam comerciantes e
trabalhadores – gente amiga. Declara, com firmeza, que não cederia às
exigências do facínora. Não faria concessões. Lutaria. Devido a pouca munição,
recorreria à arma branca, caso fosse necessário. Por esse motivo não exigia
sacrifícios, nem teria queixas de quem deixasse a trincheira. Nesse ínterim,
Francisco Calixto de Medeiros rompe o silencio. Bate no bornal e grita:
- O dinheiro está aqui! Lampião, que venha buscar! Viva Rodolfo Fernandes! Viva nosso prefeito! Viva Mossoró!
Todos vivaram uníssonos. Jubilosa aclamação alastrou-se aos piquetes da defesa.
No calor do entusiasmo, Júlio Fernandes Maia e outros companheiros mandavam recados desafiantes ao chefe bandoleiro.
Da trincheira da rua, o mensageiro, meio desconfiado, ouvia a demonstração de valentia.
Rodolfo viu-se com Laurentino de Morais, sediado no prédio do telégrafo e o diretor da rede ferroviária, Vicente Sabóia Filho. A gente da trincheira sabendo que o assalto se daria em breve ficou alerta.
Por falta de meios de comunicação, os entendimentos se alongavam.
Retardaram a volta de Formiga, por mais de meia hora. O Edil procura impressioná-lo sobre a fortaleza dos mossoroenses e o número de pessoas em armas.
- O dinheiro está aqui! Lampião, que venha buscar! Viva Rodolfo Fernandes! Viva nosso prefeito! Viva Mossoró!
Todos vivaram uníssonos. Jubilosa aclamação alastrou-se aos piquetes da defesa.
No calor do entusiasmo, Júlio Fernandes Maia e outros companheiros mandavam recados desafiantes ao chefe bandoleiro.
Da trincheira da rua, o mensageiro, meio desconfiado, ouvia a demonstração de valentia.
Rodolfo viu-se com Laurentino de Morais, sediado no prédio do telégrafo e o diretor da rede ferroviária, Vicente Sabóia Filho. A gente da trincheira sabendo que o assalto se daria em breve ficou alerta.
Por falta de meios de comunicação, os entendimentos se alongavam.
Retardaram a volta de Formiga, por mais de meia hora. O Edil procura impressioná-lo sobre a fortaleza dos mossoroenses e o número de pessoas em armas.
Por fim,
entrega-lhe a resposta:
Virgulino
Lampião.
Recebi o seu
bilhete e respondo-lhe dizendo que não tenho a importância que pede e nem
também o comércio. O Banco está fechado, tendo o funcionário se retirado daqui.
Estamos dispostos a acarretar com tudo que o Senhor queira fazer contra nós. A
cidade acha-se, firmemente, inabalável na sua defesa, confiando na mesma.
13.06.1927.
Rodolfo
Fernandes – Prefeito.
A invasão -
Bando em fuga.
Deu tudo
errado para Lampião em Mossoró. O resultado está nesta poesia de José Otávio
Pereira Lima, referindo-se ao resultado da investida - feridos e mortos:
Às cinco e
meia da tarde
Lampião disse
a negrada
Acabemos com
esse fogo
Que isso não é
caçoada
Jararaca e meu
Colchete
Diabo levou no
colete
Perdemos nossa
caçada.
Seu Massilon
eu me queixo
De você e mais
ninguém
Dizer a mim
que esse povo
Muita coragem
não tem
Mas veja que
em Mossoró
Os seus homens
não tem dó
De bandidos
que aqui vem.
Fujamos logo
daqui
Eu estou
envergonhado
De ir dizer ao
Padre Cicero
Que por cá fui
derrotado
Em que camisa
me meti
Meus dois
amigos perdi
Estou
aterrorizado
Iam no grupo feridos
Que gemiam em grande dor
Outros calados qual mudos
Transpassados de pavor
Chorando sua desgraça
A beber em negra taça
O fel cortante do horror.
Raul
Fernandes.
CONTINUA...
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