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terça-feira, 2 de dezembro de 2014

VILA DE IPUEIRA - PARTE FINAL

Por Antonio Morais

Todos em armas - conta Dezinho Xavier - aguardando o primeiro tiro. De início, tive a impressão de ser tropa do governo. Foi aí que perguntei: 

- Quem vem lá? 

- É a polícia? 

A resposta foi um tiro dado por Tempero que vinha à frente do grupo. Sem perda de tempo, respondi ao tiro, atingindo em cheio a altura de uma das orelhas de Tempero. Foi tiro e queda. Tempero caiu ali mesmo sem vida. 


Lampião e seus cabras iniciaram um grande tiroteio, agora com mais rancor, em vista da morte de um dos integrantes do grupo. Foram duas horas de fogo. Verdadeira guerra travada entre o meu povo e os cabras de Lampião. No final do fogo, quando Lampião, reconhecendo a impossibilidade de enfrentar a superioridade numérica dos Xavier, e por ser do seu hábito recuar nestes casos, deu no pé, após algumas escaramuças de tigre contrariado nos seus impulsos e vontade.

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