O CAPOTE
O Capote,
Guiné ou Galinha d'Angola como é conhecida essa ave no Nordeste é um bicho
ligeiro e veloz. Não é fácil pegá-lo à mão.
Na Fazenda Canadá, em Uiraúna, no Estado da Paraíba, um morador local chamado José Fernandez Sobrinho, trazia uma dessas aves para
ser preparada para o almoço. De repente viu-se cercado por Lampião e sua tropa
de cangaceiros. Com o susto, deixou o animal fugir.
O Capitão
caolho (Lampião), aos gritos, e de punhal em riste, lhe gritou:
- Você
tem dois minutos para pegar o Capote, Cabra! Vá ligeiro!
Sem querer
contrariar o maioral da caatinga, tremendo de medo, Fernandes sai em
perseguição à ave fujona.
Em menos de um
minuto, voltava, radiante.
Trazia,
debaixo dos braços... “dois capotes e uma codorniz” de contrapeso.
Fonte: Livro
"Lampião e o Rio Grande do Norte - A história da grande jornada" de
Sérgio Augusto de Souza Dantas
Preto
Paulino conta esta:
Já ouvi falar que um sertanejo sem ter mais onde procurar trabalho foi ao coito de Lampião e disse:
- Capitão, quero seguir com seu bando. Lampião disse:
- Vamos fazer
primeiro um teste.
O rei do cangaço deitou numa rede e disse para o sertanejo:
- Pegue esse bacamarte e atire em mim, do contrário, meu capanga atira em você.
Sem saída o matuto apontou e puxou o gatilho
de olhos fechados. Quando abriu os olhos, só viu a rede cortada ao meio, e Lampião estava a uns cinco metros rindo da cara dele.
Daí Lampião disse:
- Agora deite você que eu atiro. Se você se livrar do tiro, vai comigo e meu bando.
O matuto deitou e Lampião mandou brasa, e quando abriu os olhos, o matuto já estava sentado num banco com a rede dobrada em baixo
do braço.
Fonte:
facebook
Página:
Geraldo Júnior
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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