Por Sálvio Siqueira
Certa feita,
um grande pesquisar, para mim, um dos mais sérios, na atualidade, Rubens Antonio,
falou-me que em temas históricos, temos que ‘espremer’, sempre, para se
arrancar mais alguma coisa. E, ele mesmo nos dá um exemplo quando descobre uma
imagem do sargento Deluz, coisa que até aquele momento não se tinha.
Vimos, nessa matéria, comentar e tentar mostrar a morte, ou melhor, o assassinato do cangaceiro Chico Pereira, que tinha seu nome de registro Francisco Pereira Dantas.
Francisco Pereira Dantas o cangaceiro Chico Pereira
Coronel José Pereira de Lima
O chefe mor estando convalescendo em uma fazenda, reduto do coronel Zé Pereira, de Princesa Isabel, PB, envia seu bando. Lá chegando, na cidade de Souza, fazem barbaridades ao extremo e, a partir daí, começa uma árdua perseguição ao “Rei” e seu bando, por parte do chefe político de Princesa.
O
cangaceiro "Chico Pereira" em trajes de guerra - Foto colorizada pelo professor rubens antonio
Pois bem, o cangaceiro Chico Pereira, segundo relato de autores renomados,
‘devia’ a honra de umas oitenta moças nas quebradas do sertão. Isso era muito
sério. Normalmente, a honra se ‘lavava com sangue’ naquelas quebradas.
Acreditamos que o que aconteceu em terras potiguares com o famoso cangaceiro,
tenha sido, exatamente, devido a sedução de uma sobrinha do governador do
Estado, naquela época, o qual, julga e determina sua sentença de morte.
Tenente Manuel Arruda de Assis
Chico é preso pelo renomado tenente Manuel Arruda de Assis, na cidade de Cajazeiras, PB. Removido, posteriormente, para a Cadeia Pública da cidade de Pombal, PB.
Então, sua transferência é solicitada para uma cidade no vizinho Estado
potiguar, nunca ficando claramente esclarecido tal pedido e aceito essa
transferência. Sabemos, hoje, que isso já fazia parte do plano de eliminar o
cangaceiro, pois não havia, e não há, provas dele ter agido naquela e/ou na
ribeira de Currais Novos.
Estando preso na Capital daquele Estado, Rio Grande do Norte, é solicitado por autoridades que seja removido para currais novos onde deveria responder crimes, ou crime, naquela localidade.
JOAQUIM
DE MOURA, Oficial da Força Pública do RN, matador de CHICO PEREIRA
No dia 28 de Outubro de 1928, a escolta o recambia, algemado para o Acari, comandada pelo Tenente Joaquim de Moura. Fizeram parte da sua escolta os militares: o tenente Joaquim Moura, o sargento Genésio Cabral de Lima, cabo Feliciano Tertuliano da Silva e, são citados no processo que investigou o ato covarde de assassinato, dois cidadãos do local onde se deu a façanha, Manoel Severino Dantas e Cícero Dias da Silva, acompanhados ainda, pelo sargento Pedro Ceciliano Lustosa, que comandava a Força Policial de Currais Novos.
Presidente Café Filho
Chico tinha como advogado, o famoso João Café Filho, mais tarde torna-se presidente do País, que, informado do que aconteceria com seu cliente nas estrada, resolve ficar na Capital do Estado, o deixando entregue aos ‘lobos’. O advogado é alertado assim: “Se a polícia vai mesmo matar Chico Pereira, pelo caminho, não vai deixar testemunhas sem farda. Na certa você morrerá também”.( José Romero Araújo Cardoso).
Capela,
indica o local do assassinato de Chico Pereira
Na altura do quilômetro 177 da, hoje, rodovia BR 226, dá-se o acontecimento do assassinato do prisioneiro. “(...), estanca (o caminhão) a poucos quilômetros da entrada de Currais Novos, numa parte da estrada de terreno elevado, tirando-o da carroceria e o golpeando a coices de fuzil. Já no chão, ferido de morte, o Tenente Moura ordena ao sargento Genésio para precipitar o carro sobre o corpo de Chico Pereira, numa altura de alguns metros, o que fez com que o corpo fosse esmagado em algumas partes (cabeça e abdômen)(...)”.( Volney Liberato).
Escritor e pesquisador do cangaço José Romero de Araújo Cardoso
Segundo José Romero, o advogado do cangaceiro Chico Pereira, Café Filho, no dia seguinte ao ‘desastre’ onde morre seu cliente, “(...) lá pelas 10 horas da manhã, recebe telegrama narrando-lhe o “desastre” e a morte “acidental” do seu constituído.(...)”.
Juvenal Lamartine - governador, na época, do Rio Grande do Norte
Mais uma
‘manobra’ de assassinato, essa a mando do governador, na época, do Rio Grande
do Norte, Juvenal Lamartine, em represália, ou mesmo vingança, por Chico ter
seduzido uma de suas sobrinhas em Serra Negra do Norte... nas quebradas do
Sertão.
Cópia,
parte do processo contra os militares e civis que participaram do assassinato
de Chico Pereira
Fonte
"Guerreiros do Sol" - Frederico Pernambucano
José Romero Araújo Cardoso. Geógrafo. Professor adjunto do departamento de geografia da UERN.
Volney Liberato é filho de Currais Novos, Seridó - RN. Bacharel em Administração pós-graduado pela UFRN; repórter pela Oficina de Jornalismo "Genival Rabelo"; pesquisador do cangaço, história regional e cultura popular.
José Romero Araújo Cardoso. Geógrafo. Professor adjunto do departamento de geografia da UERN.
Volney Liberato é filho de Currais Novos, Seridó - RN. Bacharel em Administração pós-graduado pela UFRN; repórter pela Oficina de Jornalismo "Genival Rabelo"; pesquisador do cangaço, história regional e cultura popular.
Fotos pescadas
no ‘açude’ de Jerdivan Nóbrega Araújo
cangaçonabahia.com
cariricangaco.blogspot.com
cangaçonabahia.com
cariricangaco.blogspot.com
PS// A foto do
cangaceiro Chico Pereira foi colorizada pelo ProfessorRubens Antonio
Parte do processo contra os oficiais da PM-RN foi compartilhada pelo amigo Cap Cangaceiro
Parte do processo contra os oficiais da PM-RN foi compartilhada pelo amigo Cap Cangaceiro
Fonte: facebook
Página: Sálvio Siqueira
Grupo: Ofício das Espingardas
Link: https://www.facebook.com/groups/545584095605711/
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário