Em 04 de junho
de 1898 nasceu Virgulino Ferreira da Silva, na fazenda Ingazeira de propriedade
de seus pais, no Vale do Pajeú, em Pernambuco, terceiro filho de José Ferreira
da Silva e D. Maria Lopes. Seus pais casaram no dia 13 de outubro de 1894, na
Matriz do Bom Jesus dos Aflitos, em Floresta do Navio, tendo seu primeiro filho
em agosto de 1895, que chamaram Antônio em homenagem ao avô paterno. O segundo
filho nasceu dia 07 de novembro de 1896, e foi chamado de Livino. Depois de
Virgulino, o casal teve mais seis filhos, quase que ano a ano que foram:
Virtuosa, João, Angélica, Maria (Mocinha), Ezequiel e Anália.
Quando menino
viveu intensamente sua infância, na região que chamava carinhosamente de meu
sertão sorridente! Brincava nos cerrados, montava animais, pescava e nadava nas
águas do riacho, empinava papagaio, soltava pião e tudo o mais que fazia parte
dos folguedos de seu tempo de menino.
A esperteza do menino o fez cair nas predileções de sua avó e madrinha que aos
cinco anos o levou para a sua casa, a 150 metros da casa paterna.
À influência educativa dos pais, que nunca cessou, acrescentou-se a desta senhora - a "Mulher Rendeira" - a quem o menino admirava quando ela, com incrível rapidez das mãos, trocando e batendo os bilros na almofada e mudando os espinhos e furos, tecia rendas e bicos de fino lavor;
No lugar onde
nasceu não havia escola e as crianças aprendiam com os mestres-escola , que
ensinavam mediante contrato e hospedagem, durante períodos de três a quatro
meses nas fazendas.Seu aprendizado com foi os professores Justino Nenéu e
Domingos Soriano Lopes.
Ainda menino já trabalhava, carregando água, enchiqueirando bodes, dando comida e água aos animais da fazenda, pilando milho para fazer xerém e outras atividades compatíveis com sua idade. Mais tarde, jovem, robusto passou aos trabalhos de gente grande: cultivava algodão, milho, feijão de corda, abóbora, melancia, cuidava da criação de gado, e dos animais. Posteriormente tornou-se vaqueiro e feirante .
"Olê
mulher rendeira / Olê mulher rendá / Tu me ensina a fazer renda / Que eu te
ensino a namorar." Esses versos, quando soavam no sertão nordestino dos
anos 20 e 30, podiam ser prenúncio de muito sangue - ou de muita festa. Lampião
e seu bando entravam nas vilas cantando. Se a população negasse o que queriam -
dinheiro, comida, apoio -, eles revidavam.
Sequestravam crianças, incendiavam fazendas, matavam rebanhos, estupravam, assassinavam e torturavam. Se fossem atendidos, organizavam bailes e davam esmolas. Por isso, quando ouvia Mulher Rendeira, que aliás é de autoria de Lampião, (inspirado em sua avó, que tricotava como ninguém), a gente sertaneja oscilava entre o pavor e a curiosidade. Ou fugia ou ia espiar pelas frestas, para ver aquele cuja fama já fascinava o país.
Apesar de terem sido cenários de barbaridades praticadas por Lampião, duas cidades nordestinas querem erguer estátuas em sua homenagem. E a população aprova. A imagem de herói supera a de facínora.
Aparentemente, Lampião foi o primeiro a arranjar uma companheira. Maria Déia, que ficou conhecida posteriormente como Maria Bonita, foi a companheira de Virgulino até a morte de ambos. Maria Bonita chamava-se Dona Maria Neném, e era casada com José Neném. Foi criada na pequena fazenda, de propriedade de seu pai, em Jeremoabo/Bahia e vivia em companhia do marido na cidadezinha de Santa Brígida. Maria não tinha bom relacionamento com o marido.
Lampião costumava passar várias vezes pela fazenda dos pais de Maria, porque a mesma ficava na fronteira entre Bahia e Sergipe. Os pais de Maria Bonita, sentiam pelo Capitão uma mistura de respeito e admiração. A mãe contou a Lampião que sua filha era sua admiradora. Um dia, ao passar pela fazenda, Virgulino encontrou Maria e apaixonou-se à primeira vista. Dias depois quando o bando retirou-se, já contava com a presença dela ao lado de Lampião, com o consentimento de sua mãe.
Maria Bonita representava o típo físico da mulher sertaneja: baixa, cheinha, olhos e cabelos escuros, dentes bonitos, pele morena clara. Era uma mulher atraente.
Quando Maria
bonita conheceu Lampião, deu uma olhada de cima em baixo e disse: É com esse.
Fonte: facebook
Página: Claudinho
Morais
Grupo: O Cangaço
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