Por Analucia Gomes
A importância da palavra no cangaço integrava a
imagem que os bandos queriam transmitir de si mesmos. Novos membros do bando
ganhavam um "vulgo" (apelido) a que deviam honrar. Em caso de morte,
quem o substituía herdava o vulgo, para perpetuar e imortalizar a reputação do
cangaceiro. Os cangaceiros foram donos de uma riqueza vocabular própria, mais
rica que os manjados termos a eles associados como "volante" (equipe
móvel de perseguição policial) e "macaco" (soldado). Muitos
termos usados pelos bandos não eram conhecidos do sertanejo comum e formavam um
jargão militar próprio. Com o fim do movimento, parte dos termos passou a ser
usado de maneira corrente no sertão. Nem sempre de forma duradoura. Algumas
palavras terminaram esquecidas, como "gargulina" (enjoo),
"desaprecatado" (desprevenido), "jabiraca" (lenço de
pescoço). A estética do cangaço tornou o cangaço um mito primordial brasileiro.
De acordo com Pernambucano de Melo os cangaceiros não eram criminosos comuns,
que arriscavam se misturar ao ambiente para não serem notados. Não se
camuflavam, nem se escondiam: faziam do estardalhaço visual, e verbal, seu
cartão de visita. Fernandes e Araújo.
Fonte: facebook
Página: Analucia Gomes
Grupo: O Cangaço
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