Ministrado
pelo Geólogo e Historiador Rubens Antonio Filho - 12 e 13 de Novembro, de 8h às 17h.
Local – FTC –
Faculdade de Tecnologia e Ciências, Feira de Santana, Rua Artêmia Pires
Freitas, SIM, Feira de Santana – Bahia.
APRESENTAÇÃO
O Cangaço foi
um movimento que agitou o Nordeste, com reflexos que se estenderam desde então.
Muito daquilo que é verdadeiro, que é fato, está, atualmente, deturpado,
obscurecido por camadas e camadas de recontares, lendas, especulações,
facciosidades.
O conhecimento
dos principais eventos a ele relacionados, porém, é ainda muito limitado. Por
isso, neste curso será trabalhado o sabido e documentado de eventos como
combates, abrangências, disposições várias que constituem, muitas vezes,
pontos-de-partida para o verdadeiro entendimento enquanto fenômeno histórico.
Lampião, Maria
Bonita e seus cangaceiros.
Atualmente, a
Bahia …dispõe de um acervo muito significativo, referente ao Cangaço, fenômeno
histórico mais atuante em nossos terrenos entre 1928 e 1940. São desde
matérias, livros, até elementos físicos utilizados pelas personagens deste
evento. Distribui-se tal patrimônio por unidades distintas, geralmente
públicas, como bibliotecas e arquivos. Não é, porém, irrelevante o material
disperso em acervos privados.
Uma porção
expressiva é representada por fotografias. Todas estas, sendo em tons de cinza,
apresentam níveis variados de qualidade e preservação. Este problema pode ser
minorado, quando não ultrapassado, através de trabalho que integre técnica
informática e artística.
O fenômeno do
Cangaço é produto de um longo traço histórico dos nossos sertões. Uma vez
desenvolvido, guarda extrema relação como consequência de um encadeamento
alongado de eventos. Está, portanto, plenamente vinculado ao processo
histórico.
A volante do
tenente Zé de Rufino.
Mais ainda.
Não se encerra em si o processo. Segue adiante, resultando em efeitos na
atualidade. Neste contexto, se não se entende o Cangaço, perde-se ótica tanto
do seu pré quanto do seu pós. Além, sua significação envereda por espaços
artístico-culturais, nos quais não se resume a repetições ou arremedos. Varia e
deriva em ramas em profusão incontável, passando por artesanato, vestes, adornos,
decorações, ornamentos, música, poesia, literatura de cordel, aspectos
linguísticos diversos, mitos, etc.
Vale salientar
que durante o evento será apresentada, em um telão, além de cópias impressas, a
exposição Pepitas de Fogo: O Cangaço e seu tempo colorizados. A partir de um
acervo fotográfico abundante, a proposta de resgate de cores originais tomou
por base dois modos referenciais. Um de cunho histórico, associando o rico
material fotográfico disponível a peças preservadas da época, acompanhados de
uma densa pesquisa que abarcou perto de 5 mil matérias de jornal da época,
relatórios, testemunhos. Outro de cunho técnico informático, com atuação
centrada nos programas Adobe Photoshop e Adobe Creative Suite. Com tais
recursos, chegou-se ao tratamento de mais de 60 imagens. O material a ser
exposto consta de 40 a 50 imagens colorizadas e retificadas relacionadas ao
momento do cangaço. Refletem seu tempo de maneira ampla, sendo fruto de uma
longa pesquisa de resgate das configurações e cores prováveis. Aparecem tanto
aquela de cangaceiros, no seu dia-a-dia, quanto de aspectos de Salvador à época
de evento.
PROGRAMAÇÃO - 12 de Novembro
Manhã
– Lucas da Feira / Bando do Tará / Bando do Brejo do Burgo / Cauassus /
Fronteiras com Piauí e Goiás / Convênios.
Tarde
– 1924 a 1929: Cangaço em ascensão / Alvorada lampiônica / As primeiras
notícias / O crescendo do temor / Reações pomposas e inúteis / A chegada
efetiva / As primeiras sagas e tragédias / Perplexidades
13 de Novembro
Manhã
– 1929 a 1932: Cangaço tonitruante / O apogeu do Cangaço na Bahia / A
melhor percepção / Menos perdas / Subgrupos e domínios / Início do
contra-ataque / Violência de lado a lado
Tarde
– 1933 a 1940: Derrocada do Cangaço / Grandes perdas / Marcando passo / Às
portas do fim / Lá, apaga-se o Lampeão – Cá, apaga-se o Corisco / Olhando para
frente / Mitificação / Olhando para trás
PALESTRANTE:
Rubens Antonio da Silva Filho
Possui
graduação em Geologia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
(1978-1982), em Licenciatura e Bacharelado em História pela Universidade
Federal da Bahia (1995-1999), tendo cursado também Artes Plásticas pela
Universidade Federal da Bahia (1989-1993). Mestre em Geologia pela Universidade
Federal da Bahia. E Servidor público, desde 1984, atuando como Geólogo do Museu
Geológico do Estado da Bahia, vinculado à Secretaria de Desenvolvimento
Econômico, respondendo por questões relacionadas à Minerologia, à Geologia, à
Paleontologia e às Histórias Geológica e da Mineração. Autor de livros e mapas,
Ministra cursos relacionados a Geologia, História Geológica, Artes, História,
com ênfase para o Cangaço, e urbanização de Salvador, no Instituto Geográfico e
Histórico da Bahia.
APOIO: FTC,
Prefeitura Municipal de Feira de Santana, Instituto Geográfico e Histórico da
Bahia, Instituto Histórico Geográfico de Feira de Santana e Quântica Eventos.
Extraído do blog Tok de História do historiógrafo e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros:
https://tokdehistoria.com.br/2016/10/11/uma-otima-pedida-curso-de-cangaco-na-bahia/
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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