Por Edson
Alencar
"Se
apanho um casal, pros lados do Leblon, sei que vou parar na Gruta da
Imprensa, viro o espelho, não falo,não vejo, vou dá meu bordejo, espero a
recompensa."
O trecho acima
é da canção Chofer de Praça, gravada por Gonzaga em 1950, e retrata um costume
daquela década na Gruta da Imprensa: encontravam-se os namorados, havia
passeios,piqueniques.
Esse cartão
postal do Rio de Janeiro, situado numa curva da av. Niemeyer (esse Niemeyer não é
o que construiu Brasília), deve o nome, Gruta da Imprensa, não aos arcos que
sustentam o viaduto, construído em 1920 e batizado com o nome de Rei Aberto da
Bélgica, visitante ilustre do Rio daquele ano, mas à mureta de concreto que
delimitava a pista. E atrás da qual (ver fotos) os jornalistas esportivos cobriam
as corridas automobilísticas.
Depois caiu no
esquecimento. E tão esquecida estava que a 21 de abril do ano passado, quando o
mar derrubou parte da ciclovia Tim Maia, justamente defronte do viaduto e da
gruta, nenhum telejornal mencionou nem o nome do nobre, nem o do antigo
observatório da imprensa.
Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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