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quarta-feira, 21 de junho de 2017

A GRUTA DA IMPRENSA: ILUSTRANDO UM TRECHO DE UMA CANÇÃO DE LUIZ GONZAGA.

 Por Edson Alencar

"Se apanho um casal, pros lados do Leblon, sei que vou parar na Gruta da Imprensa, viro o espelho, não falo,não vejo, vou dá meu bordejo, espero a recompensa."


O trecho acima é da canção Chofer de Praça, gravada por Gonzaga em 1950, e retrata um costume daquela década na Gruta da Imprensa: encontravam-se os namorados, havia passeios,piqueniques.


Esse cartão postal do Rio de Janeiro, situado numa curva da av. Niemeyer (esse Niemeyer não é o que construiu Brasília), deve o nome, Gruta da Imprensa, não aos arcos que sustentam o viaduto, construído em 1920 e batizado com o nome de Rei Aberto da Bélgica, visitante ilustre do Rio daquele ano, mas à mureta de concreto que delimitava a pista. E atrás da qual (ver fotos) os jornalistas esportivos cobriam as corridas automobilísticas.


Depois caiu no esquecimento. E tão esquecida estava que a 21 de abril do ano passado, quando o mar derrubou parte da ciclovia Tim Maia, justamente defronte do viaduto e da gruta, nenhum telejornal mencionou nem o nome do nobre, nem o do antigo observatório da imprensa.


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

http://blogdomendesemendes.blogspot.com 

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