Por Medeiros Braga
SONETO: “A
REDE”
Essa rede em que eu, alegremente,
Me balanço e me sinto tão feliz,
Parece ter na cor um bom verniz,
E ser seu algodão tão excelente.
Ao me deitar
eu sinto vir à mente
Tudo de bom que nesse mundo quis:
O odor das flores, os cantos tão febris
Dos passarinhos revoando em frente.
Mas nessa
rede, com sua macieza,
Eu também sinto grande desprazer,
Raiva, indignação, maior tristeza.
É ao saber que
dormem pelo chão
Muitos que têm a arte de fazer
Uma rede como essa de algodão!
Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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