Por Israel Lopes
O Teixeirinha,
assim como compunha músicas para aquele gaúcho que permanecia no interior, no
campo, como exemplo, no xote O COLONO, que é um dos seus grandes clássicos,
compôs também para o motorista. É claro que, colono, também tem em outras
localidades do Brasil e do mundo. Por isso, ele foi até universal. Mas ele
também compôs músicas para os motoristas de todo o Brasil. Pois era um cantor
gaúcho e brasileiro. Mas é claro que, também, incluindo aqueles gaúchos, que,
devido a situação econômica perderam o cavalo e a terra, vieram para a
periferia da cidade e tiveram que pegar no volante do caminhão, para defender o
ganha-pão, para o seu sustento e o sustento de sua família. Em outras palavras,
é o gaúcho-a-pé, eternizado no romance de Cyro Martins. O Teixeirinha, muitas
vezes foi criticado, por isso, mas ele não estava deturpando o gaúcho
autêntico. Ele estava sendo realista, dentro de um novo contexto social,
mostrando o gaúcho atual, que teve que se embretar na cidade. Assim como,
outros brasileiros e outros do mundo inteiro, também tiveram que abraçar a
função de motorista. Mais uma vez, ele foi universal.
Enviado pelo professor, escritor e pesquisador do cangaço e gonzagueano José Romero de Araújo Cardoso
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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