Por Geraldo Júnior
Ao amanhecer do dia 27 de novembro (1930), os cangaceiros entraram em Jatobá de Tacaratu/PE, que se encontrava guarnecida por apenas dois soldados. Extorquiram dinheiro e roubaram casas comerciais, além de inutilizar os aparelhos de telégrafo.
Luiz Pedro prendeu o delegado, Silvino Delgado, e o chefe político local, Aureliano Menezes, conhecido como coronel Lero.
No meio da confusão, os cangaceiros toparam com um sujeito arrogante numa bodega dizendo que não tinha medo de Lampião e se quisessem podia mandar chama-lo. Foram dizer a Lampião. O chefe partiu pra lá como uma flecha, ia ensinar aquele loroteiro a respeitá-lo. Os cangaceiros foram atrás para ver o espetáculo. Quando Lampião entrou na bodega, tomou um susto:
- Você pur aqui, Eliseu? Eu nunca isperava incontrá tu por estas bandas, home!
Os dois abraçaram-se efusivamente. Os cangaceiros ficaram de queixo caído. Aquele era Eliseu Norberto, de Pedra (Alagoas), vendedor de redes, noivo de Anália Ferreira, irmã de Virgulino.
Ás 4 horas da tarde, os cangaceiros saíram de Jatobá em direção à Alagoas, levando preso o coronel Lero. Quando Lero disse que era amigo do coronel Ângelo da Jia, Lampião mandou soltá-lo.
Fonte: Livro Lampião – A raposa das caatingas de José Bezerra Lima Irmão.
Geraldo Antônio de Souza Júnior
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