Autor José Ribamar Alves
É com as palavras meigas
Que o Deus, vivo derrama;
Que a gente homenageia
Mesmo sem riqueza e fama
Uma pessoa que a gente
Ama como Deus, nos ama.
1
Então, Mariana França,
Através dos versos meus
Se referindo a seu pai
Dar mil graças pelos seus
Setenta anos de vida
Na luz dos olhos de Deus.
2
É Marcos Antônio França
De Oliveira, seu pai.
Um Diácono devotado,
Que quando de casa sai
Leva com ele o amor
Pra todo canto que vai.
3
No dia quinze de maio
De quarenta e oito, o ano,
Nasceu este servidor
Da casa do soberano,
Um homem temente a Deus
E seguidor do seu plano.
4
Batizou-se na antiga
Matiz de Nossa Senhora,
Mansão onde paz descansa,
Templo onde o amor mora,
Lugar que de seu mente
Não saiu até agora.
5
No Bairro do Igapó,
Repleto de alegria;
Ele fez feliz da vida
A primeira eucaristia
Olhando dentro dos olhos
Da virgem Santa Luzia;
6
No vigor da juventude
Do Igapó abriu mão;
Pra morar no Alecrim
Onde São Sebastião;
Tem uma igreja em seu nome,
Onde se faz oração.
7
No ano sessenta e seis
Alvejado pela fé,
Entra para o seminário
De São Pedro, nesta Sé,
Com os seus contemporâneos;
Dom Jaime e Dom Canindé.
8
Ao lado de padre Campos
E do padre Cassiano;
No seminário viveu,
Mas depois mudou de plano
E foi morar em Recife
Em setenta e sete, o ano.
9
Na Veneza brasileira
Estudou teologia...
Na época D. Hélder Câmara
Com grande sabedoria
Profundos conhecimentos
Com os jovens dividia.
10
Na UFRN
Filosofia cursou.
Também fez Pedagogia,
Depois que muito estudou;
No ano setenta e nove
O seminário deixou.
11
Na rede pública do Estado,
Depois exerceu função
Como membro da equipe
De técnicos na formação
De docentes que queriam
Estudar religião.
12
Da rede municipal
Também foi educador
E conhecimentos bíblicos
Repassou com muito amor;
Como enviado de Deus,
Nunca negou um favor.
13
E em mil e novecentos
E oitenta, Marcos, lança;
Um livro com seus poemas
E no mesmo ano alcança
O bem da jovem Maria,
Com quem fez linda aliança.
14
Ele queria ser padre,
Ela queria ser freira;
Ela não foi pro convento,
Ele não seguiu carreira,
Mas se uniu um ao outro
E foi para vida inteira.
15
No ano de oitenta e cinco
Casou-se com sua amada,
No Convento Santo Antônio,
Numa missa celebrada
Pelo Dom Nivaldo Monte,
Que lhes deu benção sagrada.
16
Marcos ganhou de Maria
Duas filhas amorosas;
Que são Mariana e Clara
Duas jóias preciosas;
Que visitando um jardim
Deixam com ciúme as rosas.
17
Depois que se torna pai
Com o seu coração grato,
Entra na Diaconal,
Escola onde firma trato;
Pra na Arquidiocese
Criar um diaconato.
18
Porém em dois mil e um
Esse homem genial,
Por Dom Heitor de Araújo
Arcebispo de Natal,
É ordenado diácono,
Do povo da capital.
19
Exercendo o ministério
Diaconal, que queria;
Na Zona Norte, na bela
Paróquia Santa Maria;
Ele fez fortalecer-se
Seu mundo de harmonia.
20
Depois vai pra Candelária,
Residir e trabalhar,
No setor missionário
Da Paróquia do lugar;
Pra Santa de Guadalupe
Sempre lhe abençoar.
21
Em Candelária fez muito
Ao lado de Dom Matias;
Cuidando bem do rebanho
Do Senhor todos os dias;
Enchendo de esperanças
Todas, ás almas vazias.
22
Seu Marcos Antônio França
Nada dos outros cobiça;
Adora sua família
E não demonstra preguiça,
Pra semear o amor,
O respeito e justiça.
23
Mariana sua filha
Por lhe querer muito bem;
Grita de braços abertos
Sem inveja de ninguém;
Um pai amigo e bondoso
Como papai, ninguém tem.
24
Ainda diz que pela vida
Do pai que tem, agradece;
E jura que seu herói
De Deus, nenhum um dia esquece
E é feliz porque tem
A família que merece!
09-04-2018
Enviado
pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de
Araújo Cardoso
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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