Clerisvaldo B. Chagas, 1 de junho de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.913
ILUSTRAÇÃO (DIVULGAÇÃO). |
O Corpo de Cristo é um evento celebrado 60 dias depois da Páscoa, sempre na quinta-feira seguinte ao Domingo da Santíssima Trindade (domingo seguinte ao Domingo de Pentecostes), normalmente com procissões em vias públicas. É considerado uma das festas mais importantes para a Igreja Católica, pois celebra o mistério da eucaristia, ou seja, o sacramento do sangue e corpo de Jesus o Cristo. A partir de 1.269, a Igreja Católica viu a necessidade das pessoas sentirem a presença real de Cristo, tendo iniciada essa tradição.
De acordo com a história, um sacerdote chamado Pedro de Praga vivia angustiado pelas dúvidas sobre a presença de Cristo na Eucaristia. Decidiu então ir em peregrinação ao túmulo dos apóstolos Pedro e Paulo em Roma, para pedir o dom da fé. Ao passar por Bolsena, na Itália, enquanto celebrava a Santa Missa, foi novamente acometido pela dúvida. Na hora da consagração veio-lhe a resposta em forma de milagre. A hóstia branca transformou-se em carne viva.
O Papa Urbano IV pediu para que os objetos fossem levados para Oviedo em uma grande procissão, e foi nesse momento que a festa de Corpus Christi foi decretada.
Assim o Corpo de Cristo abre o mês de junho de tantas tradições, principalmente para a nação nordestina. Além da chave sagrada do mês, junho também começa, pelo menos em Alagoas, com as chuvas benfeitoras e tão aguardadas pelo homem do campo. Portanto, as comemorações religiosas de ontem, prolonga-se na fé sertaneja por um inverno abençoado onde a fartura possa ultrapassar todos os limites da imaginação.
Tanto as ferramentas de trabalho sulcam a terra, quanto às organizações sociais movem-se em torno dos festejos, clamando e louvando Santo Antônio, São João e São Pedro, pela milharada que virá. Quadrilhas, coco de roda e arrasta-pé já estão no gatilho desde o finado mês de maio, aguardando a hora do fazer bonito. Para o nordestino, chegou junho, chegou tudo.
Não vemos a hora de um pratarraz de canjica. Ah, égua!
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