Por José Mendes Pereira
Tem muita
gente que se faz de doido para melhor passar, no intuito de ser beneficiado com
alguma coisa, como por exemplo: entrar em filas na marra, apresentar o atestado
que comprova a sua loucura,dizer como vingança o que deseja a alguém, querer
desrespeitar a lei, e se agredir fisicamente uma pessoa, diz que não tem medo
da justiça, porque tem atestado de loucura. Mas na verdade, o que ela quer, é
só tirar proveito.
Mas o Júlio
César da Rocha um doente mental que viveu muitos anos perambulando pelas ruas de
Mossoró, principalmente pelo centro da cidade, este era doente mental de
verdade. Filho Luiz Neres da Rocha, casado com Maria do Carmo Rocha.
Nunca foi
fácil segurar o César em casa, mesmo ele tendo problemas mentais, não existia
impedimento em suas saídas, tinha todo direito de ir e vir a hora que bem
quisesse. Ele saía a hora que queria, mas voltava sempre na hora certa. Era
assim a vida do César sem eis e proibições nenhuma.
Pessoa
bastante conhecida na cidade de Mossoró por sua simpatia pelos fuscas, O Júlio
César da Rocha era visto sempre vagando pelo centro da cidade, e em suas mãos, uma miniatura de fusca, geralmente de plástico mais comum ou já nos sofisticados
modelos de boas marcas de brinquedo.
César era um
adulto com mente de criança, talvez. Mas o César não ficava só perambulando
pelas ruas, ele às vezes ajudava a comerciantes no Mercado Central e ainda
levava alguns trocados para casa, e aquele trocadinho era simplesmente para
sustentar o seu vício, porque ele era um fumante viciado.
O Júlio César
da Rocha tinha uma espécie de "tara" por fusca ou fusquinha. Não
podia ver um encostado já ocupava a parte do capô, e lá, ficava satisfazendo as
suas vontades sexuais sobre ele, e não importava com quem estivesse presente.
Mas ninguém
dizia nada contra o retardado, ele não mexia com ninguém, não procurava
desrespeitar mulher nenhuma, porque o seu desejo sexual era feito sobre o capô
de fusca.
Até mesmo as
mulheres que passavam e o viam tendo relações sexuais com um fusca apenas riam
da sua maneira de satisfazer o seu desejo sexual e iam embora. Nada de criticar
do pobre retardado.
Alguns temiam
que ele um dia fosse agredido por pessoas ignorantes, mas isso nunca aconteceu,
porque quem era mossoroense mesmo sabia que o César não se fazia retardado, era
um homem que não havia nascido perfeito. E quem não era mossoroense jamais iria
tentar algo contra ele, porque poderia o Júlio César da Rocha ter alguém por
perto que iria defendê-o. Como sempre nas suas mãos levava fusca de brinquedos
que fazia parte da sua coleção, tomaram dele alguns.
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