Por Osvaldo Abreu (Abreu)
Alto da Compadecida, 15 de agosto de 2020
Foi um tempo
de agonia,
De mocinhas a correr,
Dormiam ao clarão da lua fria,
A qualquer momento, podiam morrer.
No rosto a beleza se via,
Grande era o padecer.
Maria, Maria
de Lampião,
Lídia de Zé Baiano,
Moças bonitas do sertão,
Dadá do solo pernambucano,
De Corisco era seu coração.
A traição era morte, trair não é ganho.
Lídia ouviu o
canta de Bem-te-vi,
Traiu Zé Baiano,
Deixou de existir.
A paixão enlouquecer o crânio.
O cangaço tinha o código de não trair.
Amor de morte é trágico e de engano.
Durvinha ficou
viúva de Moderno,
Este cunhado de Lampião,
Tão jovem viajou ao eterno.
Só ela não ficou, não.
Moreno gritou: “Mulher, eu te quero.”
O casal agarradinho, no verão e inverno.
Dizer que
Lídia era a mais bonita?
Ninguém viu uma fotografia.
Há muita coisa que se grita
Dentro do reino da fantasia.
Maria de Déa também se cita,
A mulher do capitão, Maria Bonita.
Eram tantas e
tantas mulheres lindas,
O poeta tem a sua escolhida,
Você pode escolher a sua ainda.
A mulher encanta a vida,
A beleza nunca se finda,
Bom é estar ao lado da mulher querida.
Durvinha era a
mais bela,
Tinha uma beleza angelical,
Vivendo entre homens valentes e feras.
Lili é sua filha, mineira, legal.
Moreno e Durvinha viveram eras.
O casal era de bom astral.
Quem viveu um
amor aventureiro?
Quem teve uma paixão de loucura?
Imagine: se tivesse um amor cangaceiro,
A qualquer momento, podia cair na sepultura
Ou ser ferido e da volante ser prisioneiro.
A paixão adoece, o amor cura.
LAMPIÃO e
MARIA DE DÉA - MARIA BONITA;
MODERNO E DURVINHA.
Fotos de
Benjamin Abraão
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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