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domingo, 16 de agosto de 2020

LAMPIÃO E AS MULHERES BONITAS


Por Osvaldo Abreu (Abreu)
Alto da Compadecida, 15 de agosto de 2020


Foi um tempo de agonia,
De mocinhas a correr,
Dormiam ao clarão da lua fria,
A qualquer momento, podiam morrer.
No rosto a beleza se via,
Grande era o padecer.


Maria, Maria de Lampião,
Lídia de Zé Baiano,
Moças bonitas do sertão,
Dadá do solo pernambucano,
De Corisco era seu coração.
A traição era morte, trair não é ganho.


Lídia ouviu o canta de Bem-te-vi,
Traiu Zé Baiano,
Deixou de existir.
A paixão enlouquecer o crânio.
O cangaço tinha o código de não trair.
Amor de morte é trágico e de engano.


Durvinha ficou viúva de Moderno,
Este cunhado de Lampião,
Tão jovem viajou ao eterno.
Só ela não ficou, não.
Moreno gritou: “Mulher, eu te quero.”
O casal agarradinho, no verão e inverno.


Dizer que Lídia era a mais bonita?
Ninguém viu uma fotografia.
Há muita coisa que se grita
Dentro do reino da fantasia.
Maria de Déa também se cita,
A mulher do capitão, Maria Bonita.


Eram tantas e tantas mulheres lindas,
O poeta tem a sua escolhida,
Você pode escolher a sua ainda.
A mulher encanta a vida,
A beleza nunca se finda,
Bom é estar ao lado da mulher querida.


Durvinha era a mais bela,
Tinha uma beleza angelical,
Vivendo entre homens valentes e feras.
Lili é sua filha, mineira, legal.
Moreno e Durvinha viveram eras.
O casal era de bom astral.


Quem viveu um amor aventureiro?
Quem teve uma paixão de loucura?
Imagine: se tivesse um amor cangaceiro,
A qualquer momento, podia cair na sepultura
Ou ser ferido e da volante ser prisioneiro.

A paixão adoece, o amor cura.


LAMPIÃO e MARIA DE DÉA - MARIA BONITA;
MODERNO E DURVINHA.

Fotos de Benjamin Abraão


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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