Por João Filho de Paula Pessoa
Apesar da vida errante e violenta que norteava o cangaço, curiosamente seus integrantes eram religiosos, crentes e tementes a Deus. Lampião era nutrido por uma grande religiosidade, muitas crenças, rituais, rezas, superstições de fé, anjos e santos. Os Cangaceiros, excentricamente, respeitavam igrejas, padres, beatos, imagens de santos e tudo que julgassem sagrado, levavam consigo várias orações escritas em papéis dentro de seus bolsos e bornais como amuletos divinos. Rezavam todos os dias, mais de uma vez por dia e muitas vezes assistiram missas em capelas e igrejas pelo sertão nordestino apesar dos riscos de combate, morte ou aprisionamento que corriam. Lampião impunha a todos de seu bando a rezar e reverenciar Deus e Nossa Senhora, de forma tradicional, em posição de humildade, obediência e compromisso, ou seja, de joelhos, o que gerava um estranho e exótico espetáculo de fé nas entranhas da caatinga, quando homens valentes, violentos, sanguinários, rudes e armados, se ajoelhavam no quente e árido solo do sertão e rezavam, numa concentração de fé em Deus, orando por graças e proteção divina. João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza. 01/03/2021.
Assista ao filme deste Conto: Clique na foto abaixo.
https://www.youtube.com/watch?fbclid=IwAR3dkIGbGr44DFIP_qmPkZR305hUMFQFsanrQvAJU23ozu71YrJF6HOGSNI&v=jVTRoka2oqk&feature=youtu.be&ab_channel=ContosdoCanga%C3%A7o
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