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quarta-feira, 27 de abril de 2022

ESTUDIOSOS DO CANGAÇO QUESTIONARAM USO DE DINHEIRO PÚBLICO PARA HOMENAGEM

A praça que receberia o nome do casal Corisco e Dadá, no município de Barra do Mendes, a 535 km de Salvador, não vai mais homenagear dois dos principais expoentes do Cangaço. Após protesto de estudiosos e reportagens feitas sobre o assunto, a Câmara de Vereadores da cidade voltou atrás e propôs homenagear o agricultor e comerciante local Joaquim Pacheco — sem qualquer tipo de relação com o banditismo da época.

A substituição aconteceu após uma série de vozes levantar questionamentos sobre o Cangaço e o investimento de R$ 555 mil do governo do estado na construção do espaço. Incialmente, os nomes haviam sido escolhidos por ter sido em Barra do Mendes que Corisco e Dadá morreram após tiroteio contra a Força Pública do Estado da Bahia, comandada pelo tenente José Rufino.

Famoso por sua crueldade e valentia, o alagoano Cristino Gomes da Silva Cleto, o Corisco (1907-1940), foi um dos mais notórios cangaceiros do bando de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião (1898-1938). Corisco raptou Sérgia Ribeiro da Silva, mais conhecida como Dadá (1915-1994), quando ela tinha apenas 12 anos. Posteriormente, Dadá se tornou mulher de Corisco e também ingressou no bando.

Fonte: André Uzêda / Grupo Metrópole.

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