Por José Cícero
A constância é
uma circunstância supostamente contrária à ordem natural de todas as coisas
reais e/ou até mesmo supra físicas, como em geral, a própria natureza da vida.
Razão porque tudo no mundo flui de maneira dinâmica e relativamente ascendente
e positiva do ponto de vista existencial. Tudo evolui e muda naturalmente, de
forma constante e indefinida.
E assim, o
modo estanque a que muitos supõem e até desejam, não existe; nem produz, nem
favorece a evolução de que todas as coisas vivas ou inanimadas necessitam.
Configurando uma ideia contraproducente e anticientífica. Portanto, só o que
não mais existe, sequer na esfera da lembrança não muda. A transmutação é uma
constante quântica, tão inflexível e precisa em todos os níveis da existência a
tal ponto que, até mesmo o que já está morto, também muda de maneira holística.
Em última instância, a mudança é uma lei biogeoquímica universal profundamente
benéfica. A literal força bruta da natureza de Deus agindo o tempo todo sobre
as substâncias. A lei cósmica atuando de modo direto sobre a transformação da
matéria mundana. Nada do que de fato existe, seja no Cosmo ou na Terra está
imune a esta lei infalível e universal. Toda mudança faz parte desta roda viva
natural.
Creio que, por
pura e absoluta incompreensão pensamental, científica cultural e filosófica
desta força colossal e cosmogonica é que se deu, de maneira equivocada, o nome
de sorte, sina, destino...
Tudo em
absoluto na vida está condicionado a este processo de mudança natural no
planeta. Não importando o tempo necessário para que este fenômeno ocorra
completamente visual. Posto que, a mudança se dá a cada novo instante em todos
os estados da vida humana, como igualmente da matéria orgânica ou inorgânica.
Assim, quando acaso imaginamos que algo está demorando para se transformar, no
fundo, ele já mudou no nível imperceptível, sensorial e sutil das coisas. Por
isso é sempre preciso saber da disciplina do olhar. Pois, nada permanece como
antes. Nem o rio que correr, nem as partículas do ar. O amanhã pertence ao novo
na mais lídima acepção da palavra como das ideias e dos sentidos de tudo que
existe ao redor de nós. A vida, portanto, só acontece como tal e o tempo todo é
no agora. No tempo presente, a cada momento vivido. A cada instante novo, a
cada sensação que temos e experimentamos como novidade. Viver é mudar. Quem tem
medo da mudança não vive no tempo como se deve. A inércia não existe para à
natureza. Viver é outra coisa, assim como a própria morte também é continuar.
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