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terça-feira, 29 de novembro de 2022

LAMPIÃO E NECO CUNHA

Por Luis Bento

Manoel Cunha Moura - Neco Cunha (Foto)

Lampião de passagem pelo então Distrito Macapá em 02 de março do ano de 1926, é convidado por Manoel Cunha Moura, Neco Cunha para ir até sua residência, tinha um assunto a tratar com o Cangaceiro a sete chaves, no mais absoluto segredo, tratava -se de uma " carta ", enviado pelo ex-chefe Sebastião Pereira da Silva, Senhor Pereira. Uma carta convite, a carta tinha o seguinte teor, convidava Senhor Pereira, lampião a ir se refugiar no Estado de Goiás. 

Manoel Cunha Moura - Luzia Cunha Moura

Lampião leu a carta e disse pro mensageiro, estou indo a Juazeiro atender uma convocação de padre Cícero, a cidade está ameaçada de uma possível invasão pelos revoltosos da coluna Prestes, quando voltar lhe trago a resposta. Lampião não voltou pelo Macapá, tomou rumo diferente, isso fazia parte de sua estratégia não voltar pelo o mesmo caminho. A firmava Neco Cunha que, por mais duas vezes se encontrou com lampião no Distrito as altas horas da noite nos anos de: 1927- Janeiro e março de 1928.

Durante o período lampiônico, Neco Cunha guardou em anonimato a história da carta, temia ele represália por parte das volantes, tempos depois começou a comentar entre amigos do distrito a entregar da carta de Senhor Pereira a Lampião.

Quando os crimes de Senhor prescreveram, 51 depois ele esteve em visita a sua terra natal Serra Talhada antes Vila Bela. Entrevista pelo primo Luiz. Lorena, ele confirma a carta convite e que foi entregue

a Lampião no Distrito Macapá atual Jati-Ce.

LUIS BENTO,

Diretor de Cultura de Jati

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