Clerisvaldo B. Chagas, 6 de julho de 2022
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.921
Censo de 2022,
para uns sem surpresas em Alagoas, para outros, um susto. Mas nada de grandes
novidades em se tratando da população de cada uma das cidades, para mais ou
para menos. Para nós o que chamou atenção mesmo foi Maceió, Delmiro e Gouveia e
Satuba. Explicaremos mais abaixo. Pindoba foi a cidade pesquisada pelo IBGE
como a de menor população: 2.731 habitantes. Pindoba já foi chamada Pindoba
Grande e estar situada em lugar alto imediações de Viçosa, Cajueiro... E se vê muito
bem o seu acesso ao trafegarmos pela BR-316, entre Atalaia e Maribondo. Foi
originária de uma igrejinha motivo de promessa e seu nome provém de uma espécie
de palmeira chamada Pindoba, cujos frutos, em cachos, parecem coquinhos e são
comestíveis. Seu óleo se presta a combustível para iluminação.
Maceió que
havíamos colocado por fontes seguras em nosso livro “Repensando a Geografia de
Alagoas” e que teria passado de um milhão de habitantes (cidade milionária) não
chegou nem a um milhão, segundo o IBGE, apenas 957.916 habitantes. Temos que
corrigir o erro. Delmiro Gouveia, conseguiu sair com mais de 3.000 habitantes à
frente de Santana do Ipanema e, Satuba, a cidade alagoana que mais cresceu no
estado. Aliás, desde que foi construída a usina hidrelétrica de Xingó, que
Delmiro começou a crescer como cidade-dormitório que abrigou milhares de
construtores da magnífica obra. Após, ganhou asfalto pela face até Piranhas
para ligação com a capital, enquanto, na época, a BR-316 que passa em Santana
estava péssima.
E voltando a
Pindoba, surgiu em Santana um fiscal de renda vindo daquela cidade, gente boa e
que logo se entrosou com a sociedade local. Zé Mendes, se não nos trai a
memória, chegou a lecionar no “Ginásio Santana”. Não cansava de falar sobre sua
terra. Certo dia convidou uns camaradas para uma visita à sua propriedade, em
Pindoba. No meio estava o saudoso Juca Alfaiate que nos contou que foram
surpreendidos na porteira da fazenda por um capanga armado, cara feia e
exigindo a senha de entrada. Mas era tudo encenação, a senha era tomar um gole
de cachaça para a passagem livre. Descoberta a brincadeira, muitas gargalhadas
dos santanenses visitantes.
Era uma fase de ouro da nossa “Rainha do Sertão”.
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