Por Conrado Matos
Foto do ex-cangaceiro Azulão e sua filha.
Existiram outros cangaceiros de apelido Azulão. Este do meu poema é um Azulão que foi cangaceiro de Lampião, um bandoleiro que fugiu do cangaço e que veio a falecer com 115 anos. Nasceu em Pedro Alexandre, Bahia. Segundo sua filha, o cangaceiro antes de morrer estava vivendo lucidamente e dava até entrevista. Seu nome verdadeiro, Ângelo Maurício da Silva. Deixo aqui meu poema.
O EX-CANGACEIRO AZULÃO
Poema de Conrado Matos
Ângelo Maurício da Silva
Um cangaceiro querido
Do bando de Lampião
Seu apelido Azulão.
Noite de onze mortes em Angico
Morrendo nove cabras de Lampião
Maria Bonita e o soldado Adrião
Para contar história ficou Azulão.
Azulão veio a se regenerar
Mais tarde vem a se entregar
Desejava deixar a valentia
Largando o cangaço um dia.
Quando largou o bando
Reviveu tanta história a contar
Na velhice sempre recordando
O que teve que suportar.
No cangaço não quis ficar
Queria um lugar pra trabalhar
Era respeitado onde vivia
Pelos amigos e sua família.
O destino do cangaceiro Azulão
Foi de ser vítima da rejeição
Não justifica o crime pelo crime
Nem justifica a justiça na omissão.
Conrado Matos - Psicanalista,
Poeta, Escritor sergipano,
residente em Salvador há 41 anos.
Autor dos livros, A RECEITA da FELICIDADE
vem de VOCÊ, O SERtão em Versos, Salvador ao Vivo e a Cores - Anos 80.
https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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