Vejam o pouco amor que tinham os pais aos filhos no tempo de Lampião.
Aceitavam que os filhos se vestissem de perseguidores e fossem procurar os bandos de cangaceiros de Lampião nas caatingas nordestina.
Que experiência tinham esses jovens sobre manejos de armas? Todos trajados como se fossem soldados.
São protagonistas desse tipo de Cangaço:
Bando de cangaceiros de Sila e Zé Sereno
Cangaceiro:
Normalmente agrupados em bandos procuravam manter boas relações com chefes políticos e fazendeiros. Nestas relações eram frequentes a troca de favores e proteção em busca da sobrevivência do grupo.
Coronel Izaías Arruda
Coronel:
Chefe político local; dono de grandes extensões de terra; autoridade político- econômica; tinha poder de vida e morte sobre a sociedade local; suas relações com os cangaceiros eram circunstanciais; seu apoio dependia do interesse do momento.
Coiteiro:
Coiteiro Mané Féliz
Coiteiro
Além dos coronéis, compunha o cenário do cangaço o coiteiro, indivíduo que fornecia proteção aos cangaceiros. Arrumava alimentos, fornecia abrigo e informações. O nome coiteiro vem de coito, que significa abrigo.
Quanto menor o poder político e financeiro do coiteiro, mais ele era perseguido pelas forças policiais, pois era uma valiosa fonte que poderia revelar o paradeiro de grupos de cangaceiros. Existiram coiteiros influentes: religiosos, políticos e até interventores.
Volante do tenente João Bezerra
Volantes:
Forças policiais oficiais, embora houvesse também civis que eram contratados pelo governo para perseguir os cangaceiros.
Cachimbos:
Perseguiam cangaceiros por vingança e não tinham vínculo com o governo.
Depois de tantas perseguições de policiais, pagas pelos governos do nordeste brasileiro, finalmente o cangaço chegou ao seu fim, no dia 25 de maio de 1940, qunado foi morto o último cangaceiro:
Corisco, pelo tenente Zé Rufino, em Brotas de Macaúba.
Tendências lançadas ou adotadas por Lampião e seu bando
Chapéu:
Inspirado no modelo francês adotado pelo imperador Napoleão Bonaparte, de quem Lampião lei a sua biografia.
Lenços:
De tafetá francês ou seda pura inglesa; geralmente estampados e coloridos, quebravam a monotonia do tom ocre da roupa.
Brincos:
Ao contrário de outros sertanejos, os cangaceiros usavam brincos e outras jóias.
Casaco:
Desenhado e costurado em algodão ou couro por Lampião, que carregava uma máquina de costura Singer para todos os seus acampamentos; tem também inspirações medievais.
Perfume:
Os cangaceiros costumavam ser reconhecidos pelo cheiro excessivo de perfume, inclusive pelas volantes; Lampião preferia o "Fleur d'Amour", considerado um dos melhores perfumes franceses entre os anos 20 e 40.
Calça:
O modelo mais usado era com culote e cintura bem alta; usavam até três no inverno devido ao frio à noite.
Cabelo:
Longo. Lampião deixou de cortar os cabelos como promessa, após a morte do irmão, sendo seguido pelos outros cangaceiros; às vezes, eles penduravam anéis no cabelo, depois de lotados todos os dedos das mãos.
Arma:
Como outros adereços, era cravejada de moedas de ouro, influência da marchetaria árabe no sertão nordestino; segundo o historiador Gilberto Freyre, os árabes são uma "eminência parda" na cultura nordestina.
Alpargatas:
Enfeitadas com desenhos costurados; tinham uma lingueta para proteger os dedos.
Saia:
Sempre acima do joelho, desrespeitando a convenção da saia rendada até o tornozelo.
Anéis:
Mulheres e homens usavam até três anéis por dedo.
Alpargatas:
Desenhadas e confeccionadas em couro por Dadá, mulher de Corisco, estilista do grupo.
Colares:
Também usados em abundância.
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