Por: João de Sousa Lima
Ao longo do tempo a cachoeira de Paulo Afonso foi explorada por diversas expedições de aventureiros, curiosos, fotógrafos, desenhistas, poetas e autoridades. A verdade é que todos se prostraram extasiados diante de sua beleza e magnitude.
Dentre seus visitantes mais ilustres, destaca-se a visita do Imperador
Dom Pedro II, realizada em 20 de Outubro de 1859. Eis suas palavras diante da magnífica cachoeira:
“...Tentar descrever a Cachoeira em poucas páginas, e cabalmente, seria impossível, e sinto que o tempo só me permitisse tirar esboços imperfeitos...”
(Dom Pedro II)
A cachoeira já teve os nomes de: Sumidouro, Forquilha e Cachoeira Grande e apesar das inúmeras versões do seu atual nome, só depois do ano de 1725 é que se encontram documentos registrados nos arquivos do Brasil e de Portugal: em 03 de Outubro de 1725 o sertanista Paulo de Viveiros Afonso recebe uma sesmaria nas terras da Província de Pernambuco cujo limite é exatamente as quedas d'água. Estendendo seus limites para além da Cachoeira, Paulo de Viveiros Afonso teria criado já em terras baianas, o Arraial que ficou conhecido como Tapera de Paulo Afonso.
O nosso poeta maior, o grande Castro Alves, rendeu-se aos encantos da cachoeira e nos deixou esta pérola poética:
“A cachoeira! Paulo Afonso! O abismo!
A briga colossal dos elementos!
As garras do Centauro em paroxismo
Raspando os flancos dos parceis sangrentos.
Relutantes na dor do cataclismo
Os braços do gigante suarentos
Agüentando a ranger (espanto! assombro!)
O rio inteiro, que lhe cai do ombro...”
A cachoeira despertou também o interesse comercial através da figura ilustre e inesquecível de
Delmiro Gouveia, que acobertado pelo decreto 520, de 12 de Agosto de 1911, conseguiu a concessão para o aproveitamento da cachoeira, na geração de energia, com a finalidade de mover as máquinas da sua fábrica de linhas. Em 1913, foi inaugurada a Usina Angiquinho a qual funcionaria até o ano de 1960.
A cidade de Paulo Afonso, localizada na Região Nordeste da Bahia, pertencia ao município de Glória (antiga Santo Antonio da Glória do Curral dos Bois), com base na Lei Estadual 62, de 30 de janeiro de 1953, até a sua emancipação em 28 de julho de 1958, (exatamente vinte anos após a morte de Lampião que se deu em 28 de julho de 1938). Depois de uma longa batalha política encabeçada por Abel Barbosa e Silva, então Vereador, a Câmara Municipal aprovou a Indicação para emancipação política de Paulo Afonso, em 10 de outubro de 1956, o projeto de Lei 910/57, do Deputado Clemens Sampaio, foi aprovado pelos Deputados baianos e sancionado pelo Governador Antônio Balbino, em 28 de julho de 1958, publicado no Diário Oficial de 02 de agosto de 1958.
Na fotografia acima uma rara fotografia de Santo Antonio da Glória do Curral dos Bois.Ao lado uma linda pintura da cachoeira de 1895.
A cachoeira e suas belezas sempre exploradas e admiradas.
Turistas registram momentos eternos ao lado da cachoeira.
Uma imagem da cachoeira que se encontra no arquivo da Fundação Getulio Vargas
A cachoeira de Paulo Afonso em um postal antigo.
Uma Antiga fotografia da cachoeira
Enviado para este blog pelo escritor e pesquisador do cangaço João de Sousa Lima
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