Outras
trincheiras menores foram instaladas nesta praça para defesa ao assalto de
Lampião, (1900-1938), à cidade de Mossoró, em 13/06/1927. Nas proximidades da
praça, também, outros pontos de defesa foram colocados, que aproveito para
citá-los nesta postagem.
Na imagem 01,
que mostra esta praça nos anos de 1930, no número 1, a trincheira do Ginásio
Diocesano Santa Luzia, com cerca de 4 pessoas armadas. O número 2, a Igreja
do Coração de Jesus, em sua torre, 4 pessoas armadas. O número 3, neste prédio,
que posteriormente foi a sede da sociedade União de Artistas,
estava instalado o jornal O Nordeste. Nesta trincheira, estavam
presentes e armados, Amâncio Leite, João Damasceno, Manoel Luz e outros não
identificados.
Outras
trincheiras, também, importantes, situadas nos arredores da área da praça,
foram a Trincheira da Usina Força e Luz, a então empresa de fornecimento
de energia elétrica, cujo proprietário era o grande empresário Francisco
Tertuliano de Albuquerque, localizada na atual Avenida Almir
de Almeida Castro, contando com dois vigias, e a segunda, a
Trincheira de Afonso Freire,
(1894-1986), residente à rua Padre Urbano, atual Dix-sept Rosado, que pela
imagem 01 é possivel identificá-la, na parte do fundo, pararela e atrás da
rua principal, que corre no sentido direita/esquerda.
Afonso Freire
reuniu em casa, o irmão Leônidas Freire de Andrade, o vizinho Pedro Ferreira
Leite, Lauro Leite, Francisco Negócio da Silva e Abel Chagas Filho. Alguns
ocuparam o telhado. Esta trincheira dispunha de seis rifles calibre 44 e
trezentas balas. Sobre o responsável por esta trincheira, Raul
Fernandes, em sua maneira concisa e criteriosa de apresentar os fatos, na obra
abaixo referenciada, apresenta mais detalhes. Afonso Freire, modesto
comerciante, não acreditava no ataque dos cangaceiros e não tinha recursos para
comprar armamento. No dia 12 de junho daquele ano, jogava pôquer, no Grande Hotel (que também
serviu como uma trincheira), com Saboinha e os comerciantes Raimundo Leão e
José Carvalho, quando chegou Pedro Maia, funcionário da Estrada de Ferro.
Informou a Vicente Sabóia que
Lampião se aproximava do povoado de São Sebastião. Sabóia, vendo a disposição
de Freire, cedeu-lhe armas necessárias para organizar uma trincheira em casa.
A imagem 02,
retrata a Mesa de Rendas do Estado, o edíficio localizado na esquina, à
esquerda, em cujo local foi organizada uma trincheira de defesa com três a
quatro soldados. Em 1927, neste edifício funcionava a sede do Telégrafo
Nacional (Correios).
Citarmos as
fontes é respeitar quem pesquisou e dar credibilidade ao que escrevemos.
Télescope. Fontes: FERNANDES, Raul. ( 09/09/1908-14/08/1998). A
Marcha de Lampião, Assalto a Mossoró. 7a. edição, Coleção Mossoroense,
Volume 1550, Fundação Vingt-un Rosado,
outubro de 2009; Provável autor das fotografia 01 e 02: Fotos de
Manuelito Pereira, (1910-1980). Índice
das Matérias Publicadas em Memória Fotográfica.
Escrito
por Copyright@Télescope
Esta é a última trincheira postada neste blog, contra o ataque de Lampião a Mossoró. Mas vale lembrar ao leitor que existiram mais outras trincheiras, as quais o proprietário do blog: http://telescope.zip.net/historia/, ainda não as publicou.
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