Adauto
de Miranda Raposo da Câmara
De 1895 –
Nasceu em Mossoró, Adauto Miranda Raposa da Câmara. Bacharel em direito,
jornalista, professor, diretor de A República, deputado estadual, chefe de
Polícia, fundador do Colégio Metropolitano, no Rio de Janeiro. Historiador dos
mais ilustres do Rio Grande do Norte. Faleceu no Rio de Janeiro no dia 17 de
outubro de 1952.
Advogado,
político, jornalista, educador e historiógrafo, nasceu a 14 de março de 1898,
no Mossoró, Estado do Rio Grande do Norte. Foram seus pais Teódulo Adolfo
Soares da Câmara e Áurea Augusta Miranda da Câmara. Viveu os primeiros anos de
sua vida em Mossoró e São José de Mipibu.
Em 1907, sua
família transferiu-se para Natal, onde seu pai passou a exercer suas funções
como professor público. Dois anos mais tarde, o jovem Adauto Câmara
matriculou-se no Ateneu Norte-Riograndense, ali fazendo seus estudos básicos.
E, era ainda muito jovem quando se tornou funcionário dos Correios, na capital
potiguar.
Aos 22 anos,
seguindo os passos de seu pai, ingressou no magistério público estadual,
passando a lecionar História do Brasil, no Ateneu Norte-Riograndense. Por esse tempo,
já era aluno da tradicional Faculdade de Direito do Recife, onde se diplomou em
Ciências Jurídicas e Sociais, na turma de 1925. Volvendo ao Rio Grande do
Norte, passou a servir ao Governo José Augusto. E, ingressando na política,
elegeu-se deputado estadual para a legislatura de 1924-1926.
Parlamentar
atuante e homem de reconhecida cultura jurídica, reeleito, em 1928, renunciou
seu mandato para ocupar o cargo de Chefe de Polícia, durante o Governo Juvenal
Lamartine, no qual, posteriormente, foi Diretor da Imprensa Oficial (1930). Era
ainda muito jovem, quando iniciou no jornalismo. De colaborador, tornou-se
diretor d‘A Liberdade’ (1915-1916). Em 1917, participou da fundação do jornal ‘A
Nota’, que teve vida efêmera. Três anos mais tarde, participou da redação da
Revista do Centro Polimático. Inteligência fértil fundou ‘A Ordem’ (órgão do
Grêmio Literário Pedro Velho), redigiu ‘A Imprensa’ e foi ainda diretor e
redator de ‘A República’.
Em 1930,
eclodindo a Revolução, afastou-se do Rio Grande do Norte, fixando-se no Rio de
Janeiro, onde adquiriu “um colégio a beira da falência, no Méier,
transformando-o, graças à sua vocação e operosidade, num dos melhores
estabelecimentos de ensino médio da época: O Colégio Metropolitano”.
Intelectual de escrupulosa honestidade escreveu diversos artigos históricos,
realizou várias conferências e durante muito militou na imprensa carioca.
Sócio
correspondente do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte
pertenceu à Academia Norte-Riograndense de Letras, onde ocupou a cadeira número
um, que tem como patrono o Padre Miguelinho, da qual foi seu fundador. Faleceu
no Rio de Janeiro, no dia 17 de outubro de 1952. Publicou o livro ‘História de
Nísia Floresta’, além dos seguintes estudos: ‘História da Revolução de 1817 no
Rio Grande do Norte’, ‘O Culto de baraúna’, ‘O Rio Grande do Norte na Guerra do
Paraguai’, ‘Câmara e Miranda Henriques’, ‘D. Manoel de Assis Mascarenhas’, ‘O
Padre João Manoel’, ‘O Último Senador do Império pelo Rio Grande do Norte’,
‘Amaro Cavalcanti’, ‘Henrique Castriciano’ e ‘Serões Genealógicos’.
De sua pena,
postumamente foram publicados os livros ‘Como Caiu a República Velha no Rio
Grande do Norte’ e ‘Diversos e Dispersos’ (2000). Este último reúne alguns dos
estudos acima citados. Era casado com a senhora Wanda Zaremba, de ascendência
polonesa, de cuja união nasceram dois filhos: Mário e Henrique.
Continua...
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Enviado pelo pesquisador:
José
Edilson de Albuquerque Guimarães Segundo - Mossoró-RN
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