Arte do professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio
Abertura
acontece nesta quinta (11 de agosto), às 14h, na Galeria Mansarda. Com
informações da Ascom PA
Pepitas de
Fogo: O Cangaço e seu tempo colorizados” é o tema da exposição que será aberta
nesta quinta (11 de agosto), às 14h, na Galeria Mansarda do Palacete das Artes,
com visitação até 11 de setembro. Do artista, historiador e geólogo Rubens
Antonio, a mostra apresenta 30 imagens colorizadas, retificadas e
complementadas relacionadas ao momento do cangaço.
De acordo com
o artista, o trabalho, inédito no Brasil, foi criado a partir de material
fotográfico disponível e de peças preservadas da época, acompanhados de
pesquisa em cerca de 5 mil matérias de jornais, relatórios, e testemunhos. Além
disto, utilizou-se a técnica informática, com atuação centrada nos programas
Adobe Photoshop e Adobe Creative Suite. “As imagens refletem seu tempo de
maneira ampla, sendo fruto de uma longa pesquisa de resgate das configurações e
cores prováveis. Nelas, será possível conhecer o dia a dia dos cangaceiros,
além de outras feições”, explica Rubens.
Durante a
exposição, o público irá conhecer alguns aspectos de Salvador na época do
Cangaço. “Era uma Bahia diferente. Desde o evento de Lucas da Feira, até o
final do Cangaço, trazido por Lampião e Corisco, Salvador atravessou este tempo
como capital quase ilhada, à qual o contato com outras capitais se fazia quase
exclusivamente por navios de carreira. Ver suas imagens é visitar uma outra
noção de espaço e dinâmica humana”, explica o geólogo Rubens Antonio.
Para o diretor
do Palacete das Artes, Murilo Ribeiro, receber uma exposição sobre o Cangaço
traduz a diversidade cultural proposta pelo museu. “O trabalho de Rubens
Antonio é resultado de uma importante pesquisa artístico-cultural e histórica.
Com certeza o público ficará interessado pelo tema, que envolve compromisso e
dedicação à arte”.
Saiba mais: O
Cangaço foi um movimento que emergiu no século XIX, ganhando apogeu entre as
décadas de 1920 e 1930, com destaque para muitos eventos ocorridos na Bahia.
Assumiu a dimensão de um dos fenômenos mais estudados, em trabalhos de foco
local até contemplações internacionais. É explorado desde o artesanato
regional, as feiras livres, paradas de ônibus, circos, bibliotecas, gabinetes,
galerias, institutos histórico-culturais e universidades, até as tradicionais
manifestações juninas.
Na literatura,
seja trágica, épica, dramática ou cômica, transitou pelo romance regionalista
do século XIX, como no “O Cabeleira”, do autor cearense Franklin Távora,
passando por “Viventes de Alagoas”, de Graciliano Ramos, “Grande Sertão:
Veredas”, de João Guimarães Rosa, até a “Pedra do Reino” e o “Auto da
Compadecida”, de Ariano Suassuna. O livro “Lampião na Bahia”, de Oleone Coelho
Fontes, está em sua oitava edição. Surge nos cordéis populares e nos quadros de
pintores renomados como Carybé.
Sobre o
artista: Rubens Antonio da Silva Filho, nascido em 1960, filho de baianos, neto
de baianos e sergipano, é carioca do bairro de Realengo, e reside na Bahia
desde 1984. Cursou Geologia, pela UFRRJ, Artes Plásticas, licenciatura e
bacharelado em História pela UFBA. É mestre em Geologia. Trabalha no Museu
Geológico da Bahia e lecionou na Uneb. Já percorreu os 417 municípios baianos.
É co-autor de mapas e textos do Mapa Metamórfico da Bahia. É autor da peça de
teatro “Felipa”, em torno da Inquisição na Bahia. Ministra cursos e profere
palestras, em diversas instituições, sobre o Cangaço na Bahia, Epistemologia,
Antropologia e as Histórias da Arte, da Ciência, de Salvador e Geológica da
Bahia. É sócio efetivo do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia.
O Palacete das
Artes é um equipamento vinculado ao Instituto do Patrimônio Artístico e
Cultural/Secretaria de Cultura do Estado da Bahia.
http://www.bahiaja.com.br/cultura/noticia/2016/08/08/cangaco-e-tema-de-exposicao-no-palacete-das-artes-dia-11,93950,0.html
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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