Por Clerisvaldo B.
Chagas, 7 de março de 2017 - Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano - Crônica 1.642
Toda cidade
possui potencial para crescer ainda que somente possa contar com pedras e
espinhos. Tudo depende da visão dos que amorosamente abraçam à causa, repletos
de boa vontade. Quanto à topografia, desestimula algumas atividades e favorece
a outras. Pelo Brasil inteiro se aposta no turismo ecológico, religioso,
cultural, de lazer, de descanso de trilha, esportivo e mesmo de negócios. Mas
não somente o turismo alavanca a economia. Um gerenciamento inteligente,
honesto e dinâmico pode transformar uma vila, um município, uma cidade. A rede
da preguiça, o marasmo da ignorância, o arroto dos bestas, são os entraves
caríssimos pagos amargamente por uma população dependente e escravizada.
No interior de
Alagoas, assim como em outros estados, existem cidades ladeirosas que procuram
os caminhos para a vocação. Algumas promovem festivais de inverno, outras
pregam o clima ameno, o turismo de esporte radical, às visitas dirigidas aos
seus mirantes naturais.
Na Capital do
Sertão, Santana do Ipanema com o segundo comércio do interior (perdendo apenas
para Arapiraca) não tem mais aonde estacionar tantos veículos durantes as
manhãs. Diariamente chegam à cidade transportes alternativos de todo o Médio e
Alto Sertão e até mesmo de Sergipe. A multidão se espalha pelo centro em busca
dos serviços bancários, comerciais, advocatícios, médicos e de todas as faixas
escolares.
Rodeadas de
mirantes naturais como o serrote do Cruzeiro, Gonçalinho, Pelado, serra Aguda e
a colina do Bairro Floresta, todas são ignoradas oficialmente. Apenas a última
onde se encontra o Hospital Dr. Clodolfo Rodrigues de Melo, com seu magnífico
panorama, é usada pelos que visitam a unidade. Ali defronte a UFAL –
Universidade Federal de Alagoas – está construído o seu prédio e que, somente
pelo cenário espetacular dos arredores inspira vontade de estudar. Assim os
grandes empreendimentos vão trazendo outros à altura e a cidade se agiganta
pelas iniciativas de particulares e abnegados.
Tudo, tudo sob
a linha remendada e míope das maiores autoridades capenga.
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