Por Zé Ronaldo
Gaiolas são
Cáceres amargos, são prisões melancólicas, são masmorras mofadas, elas
acontecem quando nos aprisionamos a algo, quando aniquilamos a nossa alma para
doar-se a uma causa, ao outro, a uma ação em que nem sempre temos o direito de
expressarmos o nosso pensamento, a nossa vontade, a nossa loucura que não é
bélica. Somos pássaros no desconhecido mundo da humildade, da simplicidade, já
não conseguimos mais cantar a melodia da vida. Estamos sufocados entre os
arames que nos consume ao desespero mental ! É hora de acordarmos, chegou a
hora de gritarmos a nossa dor, falar aos quatro ventos que não somos um robô
manipulado por tal sistema que oprime e faz sofrer ao menos favorecido, quantas
vezes engolimos a seco certas verdades apenas por medo de perder algo em nossas
vidas, somos seres, fomos criados imagens de um Deus que não faz acepção de
pessoas, de um Deus que é amor e nos ensinou a amar. As gaiolas nos fazem
definhar a cada dia, a cada instante, e quantas vezes não choramos embaixo do
chuveiro, no silêncio do nosso travesseiro, e tudo isto porque a gaiola nos
confina e nos leva a tortura da alma. Que sejamos fortes, que não nos deixamos
ser pisados por quem ou alguém, que possamos pregar o direito, o dever
utilitário e a humildade a cada pássaro, que possamos dar um basta na alienação
do ter para merecer.
Autor. Zé Ronaldo
Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário