Por Caio César Muniz
Não vivemos
mais sem um treco acoplado ao nosso corpo. O aparelho celular se tornou
extensão de nós mesmos. Substituiu o relógio, a calculadora, o computador, o
rádio, a TV, o jornal, a revista, a máquina fotográfica... o diabo a quatro.
Profissões
estão em xeque por conta desta invenção pós-moderna que junto consigo traz
outros elementos indispensáveis para seu uso: não saímos mais de casa sem um
carregador (às vezes dois, às vezes mais). E agora chegaram os portáteis, que
se ajuntam como mais um treco indispensável à nossa sobrevivência, homens
“treco(non)lógicos”, fones de ouvido, hard-fones...
Não paramos
mais para ver o pôr-do-sol nem seu nascer, o pescoço está pendendo pra baixo e
estamos parecendo escovas de dentes, todos corcundas. As crianças também já
sofrem do mal do século. Estudiosos já se debruçam sobre o problema.
Dizem que
Albert Einstein seria o autor de um pensamento que diz: “Eu temo o dia em que a
tecnologia ultrapassar a interatividade humana. O mundo terá uma geração de
idiotas”.
Seja lá quem
for o autor, a assertiva chegou com força. Estamos perdendo espaço nas rodas de
conversa, nas mesas de bar e até nas paqueras para as tecnologias que se
instalaram como uma doença em nossas vidas.
E agora, sem
reversão, o que fazer com tudo isto? Acordaremos algum dia para viver a beleza
que deixamos no passado?
OUTROS LEROS
A poetisa Camila Paula lançará na próxima sexta-feira, dia 07 o seu livro “Espelho” no RustCafé do Memorial da Resistência a partir das 19horas. Camila é da novíssima safra de grandes poetisas de Mossoró. Poesia crítica, social, mas, acima de tudo, boa poesia.
Mal termina o
Mossoró Cidade Junina e já começam as reclamações acerca de falta de pagamento
de cachês aos artistas locais etc. Isto não deveria mais acontecer, todo
artista mossoroense sabe como funcionam as coisas da Prefeitura, independente
do gestor. Sobe ao palco sabendo que vai ter aborrecimento. Deste mal eu não
morro.
Em 16 de
agosto próximo se comemora, ou deveria se comemorar, os 110 anos do
memorialista martinense Raimundo Nonato da Silva. O retirante da seca de 1919
que se tornou uma das principais fontes de resgate da história potiguar. Que
não passe em brancas nuvens.
Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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