Por Geziel
Moura
Amigo José Mendes, estive em sua cidade por 2 oportunidades,
conheci alguns lugares que foram palcos da invasão em 13 de junho de 1927,
inclusive, a famosa ponte da linha férrea,
José Mendes Pereira e seu primo Júlio Batista Pereira
que eu chamo, de ponte de Jararaca,
cujo motivo o professor sabe, só que não segui nela, como os amigos da postagem
fizeram, eu a fotografei de longe..., mas pretendo voltar em julho, e juntamente
com o Chagas...resolver esta pendência
e outros mais, como por
exemplo, adentrar à Igreja de São Vicente de Paulo, a antiga cadeia em que
Jararaca ficou, e outros pontos não visitados.
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Geziel Moura
137 anos do prédio da Cadeia Pública de Mossoró – Geraldo Maia - Ana Paula Cardoso 9 de abril de 2017
http://www.omossoroense.com.br/137-anos-do-predio-da-cadeia-publica-de-mossoro-geraldo-maia/
O ano de 1877
ficou marcado na história do Nordeste brasileiro como “o ano da seca dos dois
setes”. Foi uma das piores já registradas e seus efeitos foram
devastadores. Milhares de sertanejos foram obrigados a abandonar suas terras,
fugindo da fome e da seca em busca de salvação. As veredas do sertão se
encheram de farrapos humanos que penosamente se arrastavam em busca de centros
maiores. Muitos não resistiam à jornada e morriam nas estradas. O carrascal
ficou pontilhado de toscas cruzes
Por esse
período Mossoró figurava como a mais próspera cidade do interior do Rio Grande
do Norte, com vasto comércio, que atendia não apenas o Oeste potiguar, mas
também parte da Paraíba e do Ceará. Por tudo isso era a cidade mais procurada
pelos retirantes.
E de repente a
cidade se encheu de uma estranha gente, maltrapilha e esfomeada, implorando
migalhas de comida. Já não existia dignidade para aquela gente, que de tudo era
capaz para conseguir alimento; até roubar.
Para manter a
integridade e a segurança dos cidadãos mossoroenses, e ao mesmo tempo amenizar
a fome daquela pobre gente, foi criada a Comissão de Socorros Públicos, que
tinha como presidente o Juiz Municipal Manuel Hemetério Raposo de Melo. Essa
Comissão tinha por objetivo organizar frentes de trabalho que participariam
da construção de algumas obras públicas, tendo como único pagamento uma mísera
ração de rapadura, farinha e bolacha seca. Mas foi a salvação de muitos.
Uma das obras realizadas por esses trabalhadores foi o prédio da Cadeia Pública, prédio esse que abrigaria também a Câmara Municipal. Esse prédio teve a sua construção iniciada em 1878, sendo inaugurado em 8 de abril de 1880, quando o administrador de obras Astério de Souza Pinto, fez a entrega do prédio ao Coronel Francisco Gurgel de Oliveira, Presidente da Intendência.
O prédio foi
construído em dois andares: no andar térreo tinha porões, celas e alojamentos
para o Corpo de Guarda; no andar superior, foi instalada a Câmara Municipal,
que inaugurou as novas instalações a 14 de abril do mesmo ano, data essa em que
foi realizada a sua primeira sessão.
O professor
Lauro da Escóssia, em seu livro “Cronologias Mossoroenses”, narra um fato
curioso acontecido com o Dr. Manuel Hemetério. O Dr. Hemetério, “tinha por
hábito fiscalizar diariamente o andamento da construção, demorando-se por horas
no interior do prédio. Certa tarde, entrara o magistrado numa dependência
interna, sem que ninguém percebesse a sua presença. E ao encerrar o horário de
trabalho, pedreiros e serventes fecharam o prédio e se recolheram às suas
residências. Já noite, um carreiro (tangedor de carros de boi), vindo do porto
de Santo Antônio, ao passar defronte a construção, ouviu gritos que dali partia
e ao se aproximar percebeu tratar-se de alguma pessoa. Grande foi a sua
surpresa ao reconhecer o Dr. Manuel Hemetério, o Juiz construtor do prédio, que
por esquecimento dos operários ficou ali fazendo às vezes de primeiro detento
da Cadeia Pública de Mossoró. Foram procurar o administrador da obra que outra
alternativa não teve senão deslocar até o prédio em construção para soltar o
Dr. Manuel Hemetério”.
O prédio ficou
famoso por ter sido em suas dependências que se realizou dois dos principais
acontecimentos de Mossoró. O primeiro foi quando em 30 de setembro de 1883, a
Câmara Municipal realizou a sessão magna da Libertadora Mossoroense, declarando
que a partir daquela data o município se achava livre de escravos. O segundo se
deu quando nas eleições de abril de 1928, dona Celina Guimarães Viana votou
pela primeira vez, constituindo-se na primeira mulher na América do sul a
solicitar sua inscrição no Registro Eleitoral, pedido deferido pelo Dr. Israel
Ferreira Nunes, em 25 de novembro de 1927. Foi também nesse prédio que foi
detido o cangaceiro Jararaca, em 1927, quando do ataque de Lampião à Mossoró.
Atualmente o
antigo prédio da Cadeia Pública abriga o Museu Histórico “Lauro da
Escóssia”. O referido Museu abriga o mais rico acervo da região nos
campos da Mineralogia, Paleontologia, História e Arqueologia Indígena, além de
variada coleção de peças avulsas que fizeram a história da cidade desde a sua
fundação.
Para conhecer
mais sobre a História de Mossoró visite o blog: www.blogdogemaia.com.
Geraldo Maia
do Nascimento. Contato: gemaia1@gmail.com
http://www.omossoroense.com.br/137-anos-do-predio-da-cadeia-publica-de-mossoro-geraldo-maia/
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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