Ilustração de Joel Reis
Maria da
Glória, última gravidez de dona Maria, que nasceu em 1914 e morreu com dois ou
três anos de idade, segundo informações de João Ferreira e Dona Mocinha, vítima
de um lamentável e fatal acidente. Uma lamparina fora deixada em cima da mesa
para amenizar a escuridão. Todos haviam saído para o terreiro nas primeiras
horas do dia e estavam a cuidar dos seus afazeres. A menina, que ficara
dormindo, acordou, foi até a mesa e puxou a lamparina que virou derramando o
azeite sobre ela. O fogo alastrou-se, transformando-a numa tocha humana.
Ao ouvirem os
gritos que vinham de dentro de casa, correram e acudiram a criança. Usaram os
recursos com que habitualmente cuidavam de queimaduras. Com folhas novas de
bananeiras, que são suaves e frescas, envolviam Maria da Glória, passavam
unguento com pena de galinha nas partes mais afetadas para não machucar mais
ainda. Contudo, todo o esforço de nada adiantou. Oito dias após o acidente,
Maria da glória não resistiu e faleceu.
FERREIRA,
Vera; ARAÚJO, Antônio Amaury Corrêa de. De Virgolino a Lampião. 2ª Ed. Aracaju:
sociedade do cangaço, 2009.
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