Por Aderbal Nogueira
Ter tido a
oportunidade de conhecer, conversar, criar amizade e gravar com remanescentes
da época do cangaço é uma coisa que me marcou profundamente.
Foram muitas
histórias ouvidas, confidenciadas e muitas delas nunca contadas nem aos
próprios familiares. Até hoje não sei como e porque isso aconteceu comigo. A
única coisa que faço é agradecer por ter tido esse privilégio. Eu não ouvi de
quem ouviu para contar, eu ouvi de quem viveu para contar.
Alguns deles
choraram ao narrar seus sofrimentos e as lágrimas desciam. Outros choravam
por dentro, sem lágrimas, mas esses tenho certeza eram memórias muito mais
sofridas, guardadas por uma vida.
Uma coisa eu sei, a vida e os significados
dela me mudaram profundamente e as banalidades da vida eu posso dizer que não
tenho, pois de imediato lembro das histórias de dor e sofrimento que ouvi.
Um
dia, quem sabe, colocarei isso tudo em livro, não a história do cangaço, que já
foi muito comentada, mas a experiência dessa vivência com essas pessoas.
Esses
velhos amigos já se foram, os cangaceiros, os policiais volantes, os coiteiros
e as testemunhas oculares, mas suas recordações estão marcadas em mim a ferro e
fogo.
https://www.youtube.com/watch?v=_pfrMpCcIO4&index=172
Publicado
em 25 de mar de 2014
Os
poucos que conheci arrependeram-se amargamente da vida que tiveram. Alem disso
sabiam perfeitamente o mau que fizeram a tantas pessoas.
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